Evite forçar ou influenciar as pessoas para se voltarem na sua direção. Deixe que cada um viva e aja à sua maneira. O que lhe compete, mesmo que sejam as pessoas certas em sua vida, não exige esforço ou preocupação de sua parte. Tudo acontece naturalmente. O que precisa é ser verdadeiro, simples, de acordo com sua natureza espontânea.
Deixe-se guiar por sua voz interna inconfundível, infalível, baixinha e meiguinha. Pode ouvi-la, distinguindo-a de quaisquer ruídos externos, mesmo que seja no meio de um grande tráfego, quando começa a desejá-la, conhecê-la e a preferi-la acima de tudo o mais.
A aceitação incondicional de todo o tipo de coisas e pessoas é chamada por Jean C. Cooper - eminente mística taoista - de inteligência abrangente.
A certa altura da trilha mística fazemos a descoberta agradável e tranquilizadora de que o nosso relacionamento com as pessoas depende mais do desejo delas que de nós, o que significa liberdade a nosso favor. As crianças inocentes em suas correrias e brincadeiras são um bom exemplo disso: elas não se intrometem com os adultos. Estes é que se sentem atraídos para o seu meio usufruindo da agradável atmosfera.
Uma sensação boa e digna de nota é a de poder conversar e permanecer, em certa medida, com quaisquer pessoas, seja uma ou várias, estando à vontade e relaxado, e isto acontece porque você não faz reivindicações e tem algo a dar-lhes independentemente de sua intenção influenciadora. Você controla a situação porque não a controla de modo nenhum. O que pretende é uma relação realmente humana e agradável, produtiva e enriquecedora. Todos saem a ganhar.
Já notou certamente que num grupo, mesmo naquele em que se inclua, o mais palrador começa a evidenciar-se contando a "sua". Logo chega outro que entra em cena. O leitor, porém, permanece tranquilo e confiante, devido ao domínio da mente. Sua serenidade e silêncio de escutar, bem como suas palavras, são como um bálsamo e sublimação para todos. «A maior parte das pessoas ouve os outros e chega mesmo a dar conselhos sem estar realmente a ouvir.» (Erich Fromm)
«Fale pouco. Fale docemente. Fale somente quando houver necessidade premente. Fale somente àqueles a quem deva falar. Não grite ou levante a voz irada ou excitadamente. Tal controle melhorará a sua saúde física e a paz mental, promovendo melhoria das relações públicas e minimizando os conflitos.» (Sathya Sai Baba)
Deixemo-nos levar pela benfazeja corrente imponderável e intemporal, cooperando sem interferir. Este é um dos grandes segredos de todas as épocas: descobrir a agradabilíssima fluência da vida, eterna e omnipresente, e nela se integrar docemente.
A convivência entre homem e mulher (casal) perde valor quando cada um exige do outro o que ele não pode dar, e o amor gira apenas à volta do corpo físico. É preciso ir mais além e mais alto: amar integralmente nos planos espiritual, emocional e físico, perdoando e tolerando as diferenças naturais que, paradoxalmente, são enriquecedoras e motivo de admiração mútua. Que sejam também de desvelo e respeito!
«O amor só é possível se as duas pessoas comunicarem a partir do centro das suas existências, ou seja, se cada um viver centrado na sua existência. A realidade humana não existe senão nesta «experiência central»; é nela que está a vida, é nela que está a base do amor. O amor, vivido desta forma, é um desafio constante: não é um refúgio mas antes um movimento, um crescimento, um trabalho em conjunto.» (Erich Fromm), psicólogo, filósofo e sociólogo.
«O amor só é possível se as duas pessoas comunicarem a partir do centro das suas existências, ou seja, se cada um viver centrado na sua existência. A realidade humana não existe senão nesta «experiência central»; é nela que está a vida, é nela que está a base do amor. O amor, vivido desta forma, é um desafio constante: não é um refúgio mas antes um movimento, um crescimento, um trabalho em conjunto.» (Erich Fromm), psicólogo, filósofo e sociólogo.
«Convivência sem vivência, o que mais se vê, é agitação. Convivência com vivência, tão pouco frequente, é ação.» (Hermógenes)