Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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segunda-feira, 29 de abril de 2013

TRANSCENDA A MENTE CONDICIONADA

Qualquer sistema ou ensinamento que não coloque como tema central a transformação íntima é inútil e contraproducente. Prometer um céu nublado e proferir somente conversas sobre a paz em vez da paz verdadeira, é um artifício funesto.
Algumas pessoas temem um método de libertação que seja muito pessoal porque acham que exigiria demais delas. Pensam que é mais fácil seguir qualquer charlatão simpático e sofisticado que se autodenomine autoridade, em vez de procurarem a verdade por si próprias, pois, mais cedo ou mais tarde, se as coisas falharem, como acabarão por falhar, podem sempre deitar as culpas no líder. Se rejeitam os verdadeiros, por se rejeitarem a si próprias, são obrigadas, inconscientemente, a aceitar os falsos, o que descobrirão tarde demais.
Aquilo que um homem faz outro também pode fazer, caso o queira com absoluta honestidade e persistência.
Um dos receios ocultos de qualquer iniciante espiritual é o pensamento errado de que a transformação íntima constitui uma perda ou prejuízo. A autotransformação, como o próprio nome indica, é apenas isso: autotransformação. Velhas coisas inúteis são deixadas e dissolvidas, e novas de inestimável valor são reveladas e concedidas, nada mais que isso.
Outro dos medos infundados é preocupar-se por não saber o que fazer quando o pensamento condicionado desaparecer mais as consequentes atividades inúteis. Estamos tão habituados às preocupações e a termos problemas que pensamos ser impossível haver outra forma de viver. Garanto-lhes que ela existe. Assim, finalmente, não pense, permita ser pensado; não viva, permita ser vivido. Entregue-se e deixe-se levar, fluentemente e sem esforço, pela maravilhosa e majestosa força universal que tudo sustém.
Ainda outro dos receios é o de se sentir perturbado com o impacto que os novos ensinamentos têm no seu íntimo. Esclarecemos que quem tem esse receio é o ego que começa a sentir-se ameaçado. Além disso, quem está em sono resiste ao incómodo de quem ou do que quer que o acorde.
Não resistimos a exemplificar mais um dos receios típicos: é pensar que se se arriscar a transformar-se talvez se vá sentir sozinho e abandonado. Acalme-se e confie, pois, quando falham as falsas amizades ou os falsos suportes, uma nova força vem e lhe dá apoio total.
É a mente borbulhante, instável, que transforma os acontecimentos em bons ou maus, em prazer ou dor, mediante a falsa reação a eles. Mas como o bem e o mal condicionados se reforçam mutuamente e se sucedem, ora com prazer, ora com dor, não se pode confiar neles. Há um novo Bem que está além da imaginação e dos condicionamentos. Chegamos a ele quando vemos a relatividade do bem e do mal concebidos pela mente humana, e os superamos. Não pregue rótulos nos sentimentos, observe-os imparcialmente.
A mente tranquila assemelha-se à placidez de um lago refletindo a luz da lua. Com ela realizamos facilmente e com alegria o que para homem comum parece difícil ou impossível. Quando nos aproximamos da iluminação dizemos e fazemos coisas ousadas que, se o fizéssemos há uns anos atrás, ficaríamos assustados.

                                           Sumário de ideias para reflexão:

1. Aprenda a controlar a mente. Seja imediato;
2. Controle seus impulsos;
3. Não estrague os problemas dos outros com seus problemas. Desfaça os seus problemas em si mesmo.
«Temos obrigação de evitar que nossos defeitos transpareçam, por respeito a Deus e ao próximo.» (Santo Isidoro)
4. Não julgue o difícil como impossível;
5. Você não tem que se preocupar ou que resolver os problemas dos outros. Tem é que se defender deles e, para isso, tem que se defender de seus próprios, o que ficará imune aos dos outros;
6. Por mais mal nos tratem as pessoas não lhes devemos dar o mínimo de valor ou atenção. Reajamos com perfeita serenidade e segurança, qualquer que seja o tratamento.
«Ao ruído de fora responde com teu silêncio de dentro, e, o ruído, comovido e reverente, em breve se convencerá de que deverá calar-se.» (Hermógenes)
7. Dê a cada um de acordo com o trabalho que fizerem. Não lhes dê o que, astuciosamente, lhe exigem;
8. O mal que os outros me fazem não é um problema meu. Lamento, mas é deles. O que me preocupa é o mal que, eventualmente, faço aos outros.
«O mal dos outros não me faz mau, faz-me bom.» (Huberto Rohden)
9. Mantenhamos equanimidade, sem oscilações, perante elogios e críticas, extraindo daí lições. «Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.» (Khalil Gibran)
«Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, porque me corrompem.» (Santo Agostinho)
10.Quando deixamos de ser falsamente simpáticos e resolvemos viver a nossa própria vida, os outros ficam ressentidos, pois não nos podem explorar mais.

   

domingo, 21 de abril de 2013

DA NECESSIDADE DE RENOVAÇÃO

Coloque-se cada vez mais a seu lado e não se deixe estagnar ou tomar desvios. As pessoas, grande número delas, não se assumem conscientemente e, sem saberem, fazem parte da adversidade de que em geral se queixam. Sejamos verdadeiros, se temos aspiração pela paz verdadeira.
Se deseja uma vida melhor e «quer vir connosco  tem que remar contra o vento e a maré», não  se deixando acomodar à mesmice dominante, à preguiça, à descrença e à autocomplacência sem medida. Precisamos de ser sérios em  relação à vida, sem que sejamos demasiado sérios.
Se o leitor verificar bem há sempre qualquer coisa a fazer, em vez de ficar na lamúria ou a olhar para ontem, como, por exemplo: cuidar do seu próprio jardim com delicadeza e gosto. Um jardim asseia muito uma casa no seu todo, é a natureza  junto de nós, além de contribuir para a purificação do ar; fazer rotinas de manutenção e pequenas reparações na casa e no carro; melhorar o visual; sentar-se tranquilamente no sofá, sem nada fazer e sem agitação, testando assim a sua capacidade psicológica de estar a sós sem aborrecimento. «Jamais fique completamente ocioso. Leia, ou escreva, ou reze, ou pense, ou dedique-se a algo para bem de todos.» (Tomás de Kempis)
Uma mente demasiado ociosa é terreno propício ao negativismo e ao consumo inútil de energia. Isto nada tem de semelhante com o usá-la bem como, por exemplo, apreciar gostosamente as flores  e relva de seu jardim, as nuvens, as estrelas ou o pôr do Sol e, ainda, ver o canal de televisão myZen.tv nature, diário, onde se pode alegrar, suavemente, com paisagens vivas e  maravilhosas de praias, rios, cascatas, montanhas e vales de vários locais escolhidos do mundo.
O que é despertar? É a coragem intrépida de denunciar o auto-engodo e enxergar muito além desta vida mundana sem caridade, decência, piedade, decoro e misericórdia para com o próximo. É renovar-se passo a passo e interpelar-se de momento a momento. É ter a perspicácia de ver com "olhos de ver" o que é realmente verdadeiro, belo e bom, pensando, agindo, falando e respondendo de forma oposta aos demais, ainda que isso traga a consequência temporária de ser mal compreendido. Se estamos certos, que importa  se nos compreendem e aplaudem ou não?! «Ser grande é ser incompreendido.» (Ralph Waldo Emerson)