Não force a perfeição imediata. Contente-se com o que é neste momento. Se tentar ir muito mais longe do que deve poderá ter de enfrentar um certo desapontamento.
Mostramo-nos sensatos quando damos pequenos passos ao nosso alcance como, por exemplo, uma criança pequenina que está a aprender a andar: ora cai, ora se levanta, insiste, insiste, mas sempre na direção do objetivo - andar por si.
Não se comporte como este ou aquele tipo de pessoa. «Na educação de qualquer homem chega um momento em que ele adquire a convicção de que a inveja é ignorância e a imitação suicídio;» (Emerson). Comporte-se segundo seu eu verdadeiro e siga sua intuição.
De vez em quando é preciso desviar a vista de si mesmo para que possa ver longe, tal como uma pessoa ao conduzir um automóvel: ela lança um olhar panorâmico e abrangente para que possa guiar com segurança e estabilidade. Se tiver vista curta, quer dizer, se olhar para a frente próxima do carro pode perder o controlo.
Em vez de falarmos de amor para com o próximo, pratiquemo-lo nas situações triviais que se nos apresentam diária e espontaneamente. A ação é perfeita quando transcendemos o pensamento e agimos simplesmente e, nesta ação, com entrega total, tudo decorre na perfeição. Sempre que nos recusamos a agir, quando devemos agir, estamos sob o comando do pensamento condicionado.
Entreguem-se à vida, esvaziados, sem falsas esperanças, simples como crianças fortes e destemidas. Só na rápida, inefável e suavíssima ação há liberdade e total felicidade. É a ação fora do tempo e do espaço. Programar uma ação ou um ato de caridade é um pesado fardo que o prende à preocupação e à pós-ocupação, e também à vaidade!
Deixem-se ir na onda super maravilhosa!
Você ama o outro com amor desinteressado quando não vê o outro como outro, mas como Deus em si, nele e na ação, e não faz nem precisa fazer estas referências divisórias.
«A medida do amor é amar sem medida.» (Santo Agostinho)
«A graça do Espírito Santo desconhece os trabalhos lentos,(...)» ( Santo António)