Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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domingo, 23 de junho de 2013

A CAUSA E A CURA DA IRA

Grande número de pessoas vive de quadros mentais que formaram ao longo dos anos que são bastante lisonjeiros para o ego, mas destituídos de realidade. Os ideais assim concebidos constituem o que chamam filosofia de vida com origem na infância por sua interação no meio familiar, escolar, profissional e social.
Quando eram criancinhas recém-nascidas irradiavam ternura e inocência que enternecia e encantava os mais velhos. Estes, bem intencionados mas mal esclarecidos, incutiram aos pequeninos os seus conselhos, e a espontaneidade foi sendo abafada cedendo o lugar à formação do ego, personalidade ou máscara. Felizmente nem todos os conselhos são maus, os pais e familiares procuram amar seus filhos, porém, padecem do mesmo problema!
Depois, as pessoas passam gradualmente a inserir-se na sociedade competitiva e alienada dos valores morais autênticos e pouco interessada na realização das potencialidades latentes dessas pessoas. E o drama milenar prossegue. Só à medida que um certo descontentamento interior se tornar insuportável, por motivo dessa inserção, lhes fará lembrar a criança que eram e que anseia por se expressar plenamente.

                           A natureza espontânea pode ser silenciada, mas nunca destruída.

Qualquer ser humano que queira muito  recuperar a naturalidade e sanidade, em meio à neurose dominante e compelida a encontrar alvos, pode sempre fazê-lo. Deve tornar-se autoesclarecido, questionar os valores morais  de substituição inventados pela sociedade em preterimento dos universais, salvo aqueles que são coincidentes e benéficos.
Não há incompatibilidade entre ser bom, isto é, ser esclarecido e sensível e, simultâneamente, ter sucesso em sociedade, desde que prezemos o Invisível acima de tudo. Pessoa assim é aquela que irradia carisma cativante.
Há grande diferença entre a aparente espiritualidade e a genuína: a primeira, envelhece; a segunda, é vida. Com a verdadeira, sentimo-nos muito mais jovens do que a idade que temos.

A ira é uma reação negativa sobre o que não queremos enfrentar. Sempre que é posto em causa o quadro idealizado e sem alicerce referido no início, a pessoa defende-o como se estivesse em causa a sua sobrevivência, pois não tem nem conhece outro suporte real de vida. O que provoca a indignação é a defesa de uma falsa posição. Se aceitasse o choque de ver ruir o quadro sem se defender, o próprio choque de ver isso se transformaria numa grande revelação: ensinava-o a recuperar a liberdade perdida e dava-lhe meios de o fazer.
Sempre que construímos um mundo meramente baseado no interesse pessoal, a realidade vem e derruba-o, porque isolamento leva à destruição, mas o entregar-se à vida abertamente e confiante, faz com que ela nos revele um Novo Mundo de harmonia em que não há choques  e descontentamento entre as pessoas.