Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

FORMA POSSÍVEL E CORRETA DE VIVER NO MUNDO

Não se pode viver neste mundo se não for pela graça de Deus. E isto a temer nos obriga a cada momento, pois ela pode faltar ao menor desaire. Se verificarem bem, um desaire menor é sintoma de um maior subjacente. As tentações são muitas e, à medida que aquela aumenta pela concessão gratuita, se não formos cautelosos o ego e o mundo procuram dissuadir-nos através de sugestões e enganos que parecem bons e reais, mas subjacente a eles há uma manha astuciosa cuja intenção é derrotar-nos.
«As tentações são permitidas por Deus. Nós só temos que recusar-nos a ceder-lhes.» (Madre Teresa de Calcutá).
«Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e de sairdes dela.» (São Paulo, I Coríntios, 10:13)
A virtude nasce da resistência à tentação.
Está escrito que «O justo vive da fé.»
A cada momento é posta à prova a sinceridade e pureza de coração do caminhante espiritual. Para se ser fiel e obediente ao que superiormente nos ajuda e conduz, é necessária consciência plena e permanente, porque não é possível fazer o que é certo se tentarmos regatear, ripostar e impor as nossas maneiras, em vez de ficarmos recetivos aos sussurros do coração e deixar-nos levar com brandura pelo que a Vida quer de nós.
Não podemos perder tempo e energia repassando filmes mentais de vinganças e de prazeres passados ou esperados e bisbilhotar sobre a vida alheia, mas corrigir-nos a nós próprios, de forma que possamos ser um instrumento fiel, maleável e atento.
Como toda a gente sabe, o mundo é carente de justiça, verdade e amor, que geram harmonia.

«(...) a servidão é útil a alguns - e que servir a Deus é útil a todos. A alma que se submete a Deus domina correctamente o corpo - e, nesta alma, a razão submissa a Deus como Senhor, domina correctamente a paixão e demais vícios.» ( Santo Agostinho, em  A Cidade de Deus)

 Para termos uma fé real é necessário que ela seja produtiva.

 ***

«Palavras sem obras são tiro sem bala: atroam, mas não ferem.»
«Para falar ao vento, bastam palavras; para falar ao coração, são necessárias obras.»
«O melhor retrato de cada um é aquilo que escreve. O corpo retrata-se com pincel, a alma com a pena.»
«(...) importa pouco que as nossas palavras sejam divinas, se forem desacompanhadas de obras. A razão disto é que as palavras ouvem-se, as obras vêem-se; as palavras entram pelos ouvidos, as obras entram pelos olhos, e a nossa alma rende-se muito mais pelos olhos que pelos ouvidos. No Céu ninguém há que não ame a Deus, nem que possa deixar de o amar. Na terra há tão poucos que o amam, todos o ofendem. Deus não é o mesmo, e tão digno de ser amado no Céu e na terra? Pois como como no Céu obriga e necessita a todos o amarem, e na terra não? A razão é porque Deus no Céu é Deus visto; Deus na terra é Deus ouvido. No Céu entra o conhecimento de Deus à alma pelos olhos: Videbimus eum sicut est; na terra entra-lhe o conhecimento de Deus pelos ouvidos: Fides ex auditu; e o que entra pelos ouvidos crê-se, e o que entra pelos olhos necessita-se.»

«Sabem, Padres pregadores, por que fazem pouco abalo os nossos sermões? - Porque não pregamos aos olhos, pregamos só aos ouvidos. Por que convertia o Baptista tantos pecadores? - Porque assim como as suas palavras pregavam aos ouvidos, o seu exemplo pregava aos olhos.»
«A pregação que frutifica, a pregação que aproveita, não é aquela que dá gosto ao ouvinte, é aquela que lhe dá pena.
Quando o ouvinte a cada palavra do pregador treme; quando cada palavra do pregador é um torcedor para o coração do ouvinte, quando o ouvinte vai do sermão para casa confuso, e atónito, sem saber parte de si, então é a pregação qual convém, então se pode esperar que faça fruto.»
                                    ( Padre António Vieira, eminente e piedoso pregador português)

***

Vivamos no mundo como estrangeiros e peregrinos:
Estrangeiros, da Pátria distante onde reina a Glória, e que será o prémio do que vive aqui pela Graça;
Peregrinos, com devoção diária, vivendo o supremo conselho: 
                                                Caminha na Minha presença e sê perfeito.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

LIBERTAR-SE DE HÁBITOS QUE CRIAM DEPENDÊNCIA

As pessoas são dependentes de maus hábitos que têm a função frustrante de preencher um vazio interior mais ou menos insuportável. Este vazio não pode ser extinto através da satisfação de maus desejos, mas solucionado pela realização gradual, progressiva e global do homem, o que o levará do plano humano ao divino e definitivo.
Não se pode querer ficar com maus desejos que nos fazem perder paz e liberdade íntima e nos inibem de sermos criativos do que é bom, necessário, decente e salutar, e, ao mesmo tempo, desejar ser perfeito, visto que a perfeição é constitutiva de desejos puros e eternos enraizados no mais íntimo de nossos corações. As aspirações da alma e os intentos do ego são dois mundos intocáveis, e, por conseguinte, que não se podem misturar. Primeiro é preciso sofrer voluntariamente o abandono do velho e sem valia para dar espaço à revelação do novo. E isso não é possível sem enfrentar o vazio  previamente, custe o que custar. A própria dor que o permeia é a largada do que é desprezível e prejudicial.  Permaneça com o vazio que tem algo de maravilhoso a revelar-lhe.

                                                       Sofra com dignidade

Não se ponha com semblante de sofrido tentando atrair a comiseração dos outros. Assuma silenciosamente a estatura de herói verdadeiro. Muitas vezes o verdadeiro artista tem de permanecer só, e isso não significa desgraça. Significa sim, nobreza digna de admiração. 
De cada vez que avançamos para novos patamares espirituais ficamos livres das dores desprezíveis dos patamares anteriores e inferiores, que não nos agarrarão jamais, a não ser que sejamos invigilantes.
Lembrem-se de que liberdade pessoal é "sinónimo" de responsabilidade pessoal.

                            



     

segunda-feira, 12 de maio de 2014

A EXCELÊNCIA DE UMA VIDA SANTA


Nesta vida perfeita não há necessidade de resistir a pessoas fracas que não sabem viver senão à custa alheia. Em estado de renúncia, pureza e simplicidade, você é elevado pela própria Vida acima delas.

«Demonstra o que professas em teu porte e andar. Haja em tua apresentação a simplicidade; em teu movimento, a pureza; em teu gesto a gravidade; em teu passo, a honestidade. Que não demonstres o vergonhoso, o lascivo, o petulante, o insolente, o superficial. O gesto do corpo é o sinal da mente.»
«Supera a agressão com a suavidade, e a malícia com a bondade.»
                                                                                          (Santo Isidoro)

Falar com verdade e viver na verdade.
«Fala palavras de Deus quem imputa não a si mas a Deus a ciência de falar que possui. Quem fala palavras de Deus, tema ensinar além da vontade de Deus ou além da autoridade das santas escrituras, ou além da utilidade dos irmãos; ou então tema calar o que deve ser ensinado.»
«(...) quem piedosamente chora pecados alheios perfeitamente apaga os próprios.»
                                                                                                           (Santo António)

Pureza de nossa vida, interna e externa.
«Quem sabe que tipo de vida resultaria se atingíssemos a pureza?»
«A energia geradora, que se dissipa e nos torna impuros quando somos devassos, revigora-nos e inspira-nos se adoptarmos a continência.
A castidade é o florescer do homem; e aquilo a que se chama Génio, Heroísmo, Santidade e coisas semelhantes são simplesmente os vários frutos que lhe sucedem.
O homem flui imediatamente para Deus quando se abre o canal da pureza.»
                                                                                                 (Henry David Thoreau)

«Pedis e não recebeis, porque pedis mal, com o fim de satisfazerdes as vossas paixões.»
                                                                                                                (S. Tiago, 4:3)
                                   




domingo, 20 de abril de 2014

NÃO SE DEVE ELIMINAR UM VÍCIO TROCANDO-O POR OUTRO

Há pessoas que desejam ardorosamente vencer um vício por já estarem saturadas dele e por constituir uma obsessão doentia.
De repente resolvem deixar de fumar, por exemplo. Fazem-no bruscamente não tocando de imediato em mais nenhum cigarro. Por estranho que pareça, passados alguns dias começam a sentir-se aceleradas, inquietas e nervosas mais que o habitual. A causa disso é que o mau hábito, apesar de mau, dava-lhes uma certa calma aparente não obstante serem, de quando em vez, acicatadas por um sussurro interior de que não estavam a viver a vida de forma natural e livre, mas como escravas. Porém, como veem muitas pessoas a fazerem o mesmo, e sabendo que o vício em questão é mais ou menos aceite socialmente, sentem-se mais à vontade e prosseguem. À medida que o tempo passa, começam a pensar pela própria cabeça e a desejar não fazer como os outros,  mas a solucionar o seu problema, já que foi através da influência dos outros que apanharam o vício.
O que é um hábito negativo repetitivo senão um ponto fraco na pessoa onde o eu-ego se evidencia?!
Qualquer que seja o problema, a melhor forma de o resolver é usar a inteligência tática de não o atacar de frente, porém de forma gradual e progressiva, por passos curtos, reduzindo diariamente o número de cigarros; depois, espaçando o tempo entre o uso deles até à vitória final. Não convém fazer afirmações demasiado fortes como: «Nunca mais fumarei», mas ser paciente, tolerante consigo mesmo, no entanto firme e determinado! Só o facto de conseguir reduzir o número e aumentar o espaço de tempo já lhe dá confiança na vitória.
Paralelamente a esta atitude, e para não saltar de um vício incómodo para outro, um acréscimo de inteligência consiste em se purificar interiormente, física e psiquicamente, por forma a elevar-se a um nível superior. Mudar de um mau hábito para outro é como saltar de um barco sem leme para outro furado e a meter água. 
O melhor caminho é avistar e dirigir-se à maravilhosa praia de seu eu natural e não sujeito a qualquer desvio, fraqueza ou vício. Ele próprio dá sentido à vida e é vida. Seu eu natural não é uma coisa e você outra. Real e definitivamente falando, você é seu Eu Verdadeiro. Sintam isso com todo o coração e toda a certeza. Realizem essa proeza de forma palpável, experimental, passando das palavras prometedoras à vivência real. Este é o caminho maravilhoso de libertação íntima. E mais, ele extravasa-se externamente. A pessoa que tem força e beleza interior projeta toda a luz para o exterior, quer tenha consciência disso ou não. E terá certamente, não de forma egoísta, pessoal, mas sim impessoalmente.
A vida trágica dos seres humanos em geral é que nunca resolvem totalmente os problemas: trocam-nos por outros. Só raros indivíduos o fazem, aqueles que são iluminados pela intuição, mas o acesso está aberto a todos. Porém, nem todos o desejam! O mal não está na ausência de solução, que existe, mas em não a querer com todo o coração e trabalhar por ela.
O que impede as pessoas de serem criativas é viverem prisioneiras de coisas mesquinhas e corriqueiras. Têm medo de dar um passo gigante além de si mesmas. Uma prova evidente da força criativa é a que se verifica numa pessoa que resolve energicamente largar um vício: a energia que a amarrava ao problema é agora a mesma que a dita pessoa procura usar para ser perfeita em tudo, embora contente, porém cansando-se e enervando-se. Foi por isso que dissemos acima que é preciso ter calma, paciência e gradualidade.

                                             Pense na sua cura definitiva, perfeita.

É de vital necessidade amar a Deus e trabalhar para merecer saber e sentir que também se é amado.
«Se amas a Deus, busca também ser amado por ele. Mas ao passo que um homem procura esse amor, sempre velho e sempre novo, outro deseja dois óbolos de prata do tesouro do mundo; procura uma gota d'água quando poderia ter o oceano.» ( Attar), Místico sufi, em A Conferência dos Pássaros. 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

A POBREZA QUE CONSTITUI RIQUEZA

«Bem-aventurados vós que sois pobres, porque vosso é o Reino de Deus!» (S. Lucas, 6:20)

Se queremos ser ricos verdadeiramente, façamo-nos pobres primeiramente. A verdadeira pobreza é contentamento, ou seja, ausência de apego não só a bens materiais, mas também a ilusões e preconceitos. A segurança,  aquela que não se teme perder, está naquilo que se é, e não no que se tem. Só assim se pode gozar o que se tem, e não nos faltará o necessário porque pomos nossa fé no essencial.
Enquanto não estivermos sem nada, sem as riquezas que atravancam nossos armários mentais, e que nos fazem opulentos de orgulho, vaidade e arrogância, a simplicidade equivalente à doçura inocente de uma criança não pode emergir;
Enquanto não nos contentarmos com o estritamente necessário, e gastarmos no supérfluo na tentativa de nos sentirmos seguros quanto ao imprevisível e desconhecido, estamos amealhando moedas psicológicas que mais não são que deitar barro à parede confundindo-o com a forte argamassa;
Enquanto pensarmos que medalhas, louvores e honrarias conferem algo de valor ao eu eterno, estamos a confundir fachadas aparentes com a rocha da realidade; 
                                                 «É preciso reprimir o amor
                                                   do louvor humano porque toda a glória
                                                   dos justos está em Deus.»
                                                   (Santo Agostinho), em A Cidade de Deus.

Enquanto supusermos que falar bonito por adoração à própria palavra proferida e endeusamento a si próprio, esquecendo e passando por cima do que deveria ser dito com decência, piedade e temor a Deus, para proveito próprio e do próximo, estamos a transpirar mais falsidade. O falso pensamento tem asas e cria raízes!
Enquanto fizermos caridade aparente como aqueles que supostamente ajudam os pobres arvorando-se como defensores dos desfavorecidos, e que mais não fazem do que lhes baterem a carteira, querendo ficar na fotografia para que possam parecer bons aos olhos do público, esquecendo aquela máxima,  «Que a tua mão esquerda não saiba o que faz a direita», estamos a praticar um mau serviço que nos torna incapazes de receber o Reino de Deus. Precisamos de aprender a ajudar sem machucar, elevando, como já se disse numa das páginas, como se estivéssemos servindo ao próprio Senhor, com amor, devoção e anonimato.
 «Os ricos fazem tudo pelos pobres, menos descer de suas costas.» ( Leão Tolstói ), Místico e escritor russo;
Enquanto pensarmos que a acumulação de conhecimentos  livrescos nos torna sábios aos olhos dos outros e nos dá segurança, embora o conhecimento técnico seja indispensável, estamos a esquecer que a verdadeira cultura é a perceção da sabedoria não humana que nos aproxima do divino. Esta deve preceder e acompanhar aquela como luz e guia. Se não for assim, o avanço tecnológico pode transformar os homens em máquinas conduzindo-os à alienação de si mesmos e de Deus, por não se governarem pela ética.

                                                    «Vem criador Espírito de Deus,
                                                     Visita o coração dos teus fiéis
                                                      E com a graça do Alto os purifica.

                                                      Paráclito do Pai, Consolador.
                                                      Sê para nós a fonte de água viva,
                                                      O fogo do amor e a unção celeste.

                                                      Nos sete dons que descem sobre o mundo
                                                      Nas línguas que proclamam o Evangelho,
                                                      Realiza a promessa de Deus Pai.

                                                      Ilumina, Senhor, a nossa mente,
                                                      Acende em nós a caridade,
                                                      Infunde em nosso peito a fortaleza.»




























quinta-feira, 3 de abril de 2014

Poema Se... de Rudyard Kipling

Tradução portuguesa de António Botto

«Se tu podes impor a calma, quando aqueles
Que estão ao pé de ti a perdem, censurando
A tua teimosia nobre de a manter,

Se sabes aguardar sem ruga e sem cansaço,
Privar com Reis continuando simples,
E na calúnia não recorres à infâmia
Para com arma igual e em fúria responder, 
- Mas não aparentar bondade em demasia
Nem presumir de sábio ou pretender
Manifestar excesso de ousadia,

Se o sonho não fizer de ti um escravo
E a luz do pensamento não andar
Contigo num domínio exagerado,

Se encaras o triunfo ou a derrota
Serenamente, firme e reforçado
Na coragem que é necessário ter
Para ver a verdade atraiçoada,
Caluniada, espezinhada, e ainda
Os nossos ideais por terra. - Mas erguê-los
De novo em mais profundos alicerces
E proclamar com alma essa Verdade!,


Se perdes tudo quanto amealhaste
E voltas ao princípio sem um ai,
Um lamento, uma lágrima, e sorrindo
Te debruças sobre o coração
Unindo outras reservas à Vontade
Que quer continuar, e prosseguindo
Chegar ao infinito da razão,

Se a multidão te ouvir entusiasmada
E a virtude ficar em seu lugar, 

Se amigos e inimigos não conseguem
Ofender-te, e se quantos te procuram
Para contar com o teu esforço, não contarem
Uns mais do que outros, - olha-os por igual!,

Se podes preencher esse minuto
Com sessenta segundos de existência
No caminho da vida percorrido,
Embora essa existência seja dura 
À força das tormentas que a consomem,
Bendita a tua essência, a tua origem
- O mundo será teu,
E tu serás um Homem!»

VIVA EM PAZ COM SEUS NERVOS

Descontraia-se antes de ficar fatigado. Relaxe os músculos da face, dos ombros e das mãos cerradas. Dê um sorriso de si para si.
Por determinação firme relaxe os nervos e os músculos tensos, periodicamente, ao longo do dia.
Abandone pensamentos inúteis consumidores de energia.
Ninguém pode dominá-lo se você se dominar. Seja senhor de sua mente. Mantenha-a a seu serviço.
O leitor não é obrigado a fazer parte da correnteza neurótica em que, infelizmente, a maioria das pessoas está mergulhada porque pensa que deve proceder de forma igual, uns aos outros, sem fazer primeiro um juízo sobre o que é moral e superiormente correto.
Surpreenda-se de vez em quando com os dentes cerrados e a face séria em demasia. Descontraia, deixe rolar.
Quando conduzir na autoestrada à velocidade que considera legal e conveniente, e na pista que lhe pertence, vá descontraído. Se uma vez ou outra um motorista de camião aparecer atrás de si a buzinar, embora tenha lugar mais à esquerda e possibilidade de o ultrapassar, mantenha-se senhor de si, não dê importância, pois o que ele quer é mandar e descarregar. Quando ele vir que não lhe cede, desaparece, ultrapassando-o. Muitos andam a correr telecomandados por seus nervos sem conseguirem chegar a lado nenhum. A estes responda-lhes com seu autocomando, sua vontade e segurança interna.
Sua mente pode transformar para bem as situações anómalas mediante a reação correta às mesmas. Este é o milagre da observação silenciosa imparcial, já referenciada noutras páginas. 
Se não fizermos descontração preventiva, quando vier o cansaço e a fadiga é muito mais difícil a recuperação.
Não se irrite se uma vez ou outra alguma pessoa impaciente passar à sua frente na fila do supermercado. Aproveite a oportunidade para estudar suas reações e praticar paciência.
Se alguém lhe falar de modo negativo esperando a sua concordância, não condescenda, seja positivo e verdadeiro. Dê uma oportunidade à paz, ao equilíbrio, ao bom senso e à serenidade.
O cansaço crónico não passa de um hábito que deve ser substituído por autoconsciência, boas maneiras, gentileza e generosidade.
Muito temos a aprender com a Natureza. Ela é simples, harmoniosa e tranquila. Nunca cansa, nunca aborrece. É perfeita por ser o que é.

A maior serenidade e beleza manifestam-se de forma admirável e gloriosa quando nos sentimos envolvidos pelo Espírito Santo. Toda a tensão, cansaço, dúvida e demais misérias humanas esvaziam-se no nada. Neste estado sublime fazemos a vontade de Deus e comportamo-nos como Seus Filhos.
Sejamos solícitos de Sua presença.