Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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domingo, 8 de outubro de 2017

PERSISTÊNCIA NO CAMINHO

A pior coisa a fazer é parar, por desânimo, perante as adversidades. Já se disse que as adversidades - para quem tem olhos de ver -, constituem estímulos para avançar, e não entraves. Quanto maior a oposição, maior a oportunidade. «Esqueça a oposição, lembre-se da intuição.» Vernon Howard
A última batalha é a mais custosa.
Os desafios que parecem intransponíveis exigem reflexão profunda e retempero de forças físicas, psíquicas e morais.
«O verdadeiro misticismo exige do homem um exercício espiritual tão difícil quanto ele é capaz de empreender.» J. C. Cooper.
«Não se pode percorrer o caminho até que você se torne o próprio caminho.»
«Poucos entre os homens são aqueles que atravessam para a outra margem. O resto, a maior parte, apenas corre para cima e para baixo na margem de cá.» Buda
Quando o homem se separa das ajudas, é ajudado por sua própria criatividade.
As perguntas que fazemos devem ser respondidas por nós. Isto quer dizer, que precisamos de refletir sobre nós mesmos se têm razão de ser as nossas perguntas. Não force as coisas, permaneça sem respostas, já que, forçar, é próprio do espírito inquieto e obstinado.
Enquanto os desejos inferiores permanecerem no individuo, a criação espontânea não floresce, e, por isso, permanece a inquietação e a sujeição à opressão dos outros. Livre-se dos instintos inferiores, seja fiel a si próprio. Recuse-se a fazer aquilo que acha que está errado. Não precisa de se explicar, justificar ou desculpar-se. Seja senhor das suas atitudes originais. Siga seu coração, e não a opinião alheia.
Seja persistente até à vitória final. Não olhe para os lados. Responsabilize-se. Determine-se.
«Quando despreza os pensamentos vulgares e os lugares comuns e se ergue ao alto nas asas da inspiração divina, então canta por fim algo grande com uma boca mortal. Enquanto uma pessoa estiver em si, não pode atingir algo de verdadeiramente sublime; é mister que se afaste do lugar comum e se eleve aliviando o travão e, dando rédea solta, há-de chegar a alturas onde não se atreveria a chegar.» Séneca

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

FIRMEZA DE ESPÍRITO

Enquanto houver instabilidade emocional, espírito indeciso, como podem fazer as coisas certas?
Enquanto nos recusarmos a obedecer e a ceder ao que está acima de nós, moral e psicologicamente, como é possível ficar tranquilo?
Se não quer ser dominado pelos outros, domine-se, fique tranquilo. Se não se controlar, será controlado! Não há opção.
Se obedece ao Céu, porque de coração merece o seu respeito, devoção e obediência, embora por vezes lhe custe, por falta de compreensão, também merece que, quem tem nível inferior ao seu também lhe obedeça. A verdade vale por si mesma. Quanto mais próximos estivermos dela, mais valemos por nós mesmos. Nem a violência física ou psicológica o pode obrigar a ceder, se verificar,  nitidamente, que tem razão.
Quanto mais avançados no caminho, menos precisamos de nos incomodar com a nossa pessoa, isto é, com a nossa defesa, visto que a própria verdade a assume de forma cósmica.
Quanto mais vivemos, por entrega à vida, mais conscientes somos e mais sucesso temos. E o que mais nos alegra é sabermos que, neste momento, a justiça a nosso  favor está a ser feita sem que precisemos de esperar pelo fim da existência.
Não tenhamos dúvida, sejamos corretos nesta existência, vivendo com amor, verdade e justiça, e as coisas viram-se a nosso favor, mas não façamos vingança nem retaliação. Deixemos que tudo que é bom chegue até nós sem que busquemos nada. «Adiar as coisas é o pior desperdício da vida: rouba cada dia que chega e nega-nos o presente, prometendo o futuro. O maior obstáculo à vida é a expectativa que depende do futuro e perde o dia de hoje.»  Séneca

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

DESPRENDIMENTO

Se o leitor se apegar muito a uma coisa, mais difícil é libertar-se dela. Mas se a gozar pelo seu valor real e não pela aparência, e sem a interferência nociva do desejo, é como o Sábio que desfruta de tudo sem ficar preso a nada. As coisas boas e naturais da vida são frugais, se deixarmos que sejam o que são, sem querermos acrescentar nada nem retirar. Elas nos acariciam e mitigam o coração, o que jamais o artificialismo enganoso consegue fazer. «Em nenhuma situação da vida, encontrarás deleites e prazeres se não estiveres preparado para tornar leves os teus problemas e não permitires que eles te perturbem.»
«Aplica a tua razão às dificuldades: poderás suavizar as situações duras e ampliar as estreitas e suportar as pesadas.» (Séneca)
Viver livre, desprendido, é ter a noção sempre presente de que devemos ser senhores de nossa mente e de nossos sentidos, firmados na razão da verdade, embora envolvidos nas coisas deste mundo. Estas, mesmo as boas, são apenas para nos assegurarem a sobrevivência física, dando conforto, e não para nos escravizarem. Usamos as coisas pela utilidade e conveniência, e não pela sedução das mesmas. Compete-nos não nos esquecermos disto: Manter a integridade e a liberdade, apesar de embrenhados nas lides diárias da vida.
Quando encontramos o Eu divino por antes começarmos a descrer do ego, este passa para segundo plano. O Eu divino passa a exercer a supremacia de comando, submetendo ao seu poder o ego, sob o nosso desejo e concordância absoluta, pois não queremos mais gato por lebre e estamos suficientemente avisados do que nos convém, e que é de nossa natureza divina.

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

PORQUE TEMEMOS SABER A VERDADE?

A verdade é amor, quer nos custe aceitá-la assim ou não.
- E porque nos custa?
- Porque estamos mais habituados a viver de falsidades que tomamos por reais, e nos são mais convenientes, pouco nos interessando filosofar acerca da vida. Mas se já estivermos adiantados no caminho místico, naturalmente aceitamos as coisas como elas são, e deixamos que aconteçam como devem. Consideramos, por experiência,  que realmente vale a pena analisar a vida à luz da verdade e conformar-nos com ela, do que andar à deriva. Andar à deriva é estar  em sono psíquico, isto é, submetidos à dualidade. 
A espiritualidade autêntica gradualmente nos salva de sermos levados de cá para lá ao sabor de ventos contrários, pois tomamos a vida com mais equanimidade, ou seja, não recebemos com apego o que é doce, nem rejeitamos o que é amargo. Esta atitude faz com que fluamos com a vida, porque a vida em si é a fusão dos opostos na Unidade. O sucesso é não perseguir uma coisa  e fugir da outra. Devemos aceitar o bem e o mal, que são relativos, e apenas fruto de pontos de vista diferentes que se complementam. Se preferirmos  um lado, ficamos à mercê do oposto, acabando por ser pior do que se tivessemos aceite, espontaneamente, as coisas sem identificação com elas. Assim, não ficamos excitados  com o prazer do que parece o bem, nem aborrecidos com a suposta emoção amarga do que parece o mal. 

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

CONSCIÊNCIA INTEGRAL

A consciência individual é muito limitada. É a condição da maioria das pessoas, aquelas que ainda não estão despertadas, e, por conseguinte, seu poder de compreensão é muito baixo.
Para que haja o florescimento de um aumento de consciência, é necessário que a pessoa se atreva a seguir o caminho da verdadeira espiritualidade, quer começando a pensar pela própria cabeça, inquirindo sobre os problemas, até agora, incompreensíveis da vida, ou ingressando numa escola mística onde estas questões são debatidas e ensinadas.
Progressivamente, vai com ou sem ajuda, procurando a Verdade, distinguindo o que é verdadeiro do falso. À medida que se esclarece, a compreensão se expande, o que resulta em aumento proporcional da consciência.
Se quisermos aumentar não só a consciência, mas também expandi-la universalmente, aproveitemos os reveses da vida - e são muitos -  para nos elevarmos, em vez de fugirmos aos problemas refugiando-nos em falsos prazeres. Os problemas à medida que se apresentam, devem ser considerados momentos únicos de elevação, e ser encarados de frente e resolvidos, o que quer dizer, dissolvidos.
Não tenhamos dúvidas, quanto mais espinhoso for o revés, maior a oportunidade de soerguimento, e mais luz teremos, aumentando a consciência integral.
Um problema não resolvido é um problema adiado, que voltará a incomodar-nos, quando as condições lhe forem propícias.
Se formos conscientes em todos os instantes - e isso é possível - não teremos situações inesperadas nem momentos de aflição física ou psíquica, pois a consciência integral mobilizará todo o homem para anular a situação anómala.
Outra maneira de aumentar a consciência, é observar, vezes a miúdo, como se move o espírito ao enfrentarmos as várias atividades diárias. Devemos fazê-lo numa atitude de observador imparcial, e não como sofredor.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

ASSUMIR SEU DIVINO PODER



Se não assumirmos nosso poder divino corremos o risco de outros, o assumirem por nós e  contra nós. Não deem essa permissão a ninguém, mantenham-se alerta. Tomem conta de suas vidas. Quanto mais estivermos conscientes desta assunção, o que quer dizer uso, aqui e agora, maior ele se torna. Com esta atitude repetidas vezes assumida ao dia, vocês se sentem como uma fortaleza impenetrável. Mas isso deve ser feito com convicção, sabedoria e humildade, e nunca com ares de importância e arrogância, pois o poder divino é para uso próprio em primeiro lugar e, por extensão, para bem dos outros. Se não for assim, se não tivermos o discernimento correto, dando mau uso ao poder sagrado, atraímos sofrimento espiritual, psíquico e físico pelo uso aberrante e desvirtuado. Nunca devemos deixar que o poder que nos é confiado nos suba à cabeça. Cumpramos nosso dever na vida, honestamente, com toda a pureza e simplicidade.
Desejar de todo o coração o poder, e usá-lo, é o mesmo que tomar consciência de nossa natureza divina que se expressa em decência, honestidade, doçura e simplicidade magnânima.
Já dissemos antes que não devemos cair na desgraça de atribuir poder aos outros, mas usá-lo através de nosso Eu Verdadeiro, que é divino e eterno e sempre sabe o que faz.
Não espere que os outros lhe digam o que fazer. Faça-o responsabilizando-se, pois o poder pessoal é fruto da responsabilidade pessoal.


domingo, 24 de setembro de 2017

O VERDADEIRO MÍSTICO

Místico é aquele que é natural, simples, amável, forte e gentil. Ele ama a vida, e a vive em cada momento que passa. Não espera até ao dia seguinte, nem se agarra ao ontem, que são momentos que não existem. Só o Agora e Aqui é realmente vivo, vital e gracioso.
«O segredo da saúde mental e corporal está em não se lamentar pelo passado, não se preocupar com o futuro, nem se adiantar aos problemas, mas viver sabia e seriamente o presente.»
«A causa da derrota, não está nos obstáculos, ou no rigor das circunstâncias, está na falta de determinação e desistência da própria pessoa.»
«Existem três classes de pessoas que são infelizes: a que não sabe e não pergunta, a que sabe e não ensina e a que ensina e não faz.» Buda
Cada um de nós trás em si este desejo maravilhoso de ser completo, perfeito. E isso se consegue se deitarmos atenção ao nosso interior, puro, inocente e cheio de amor, dando asas ao místico que cada um é e anseia por se realizar. 
Todos temos o direito de ser felizes, não só  pessoalmente, mas também uns com os outros.
Respeitemo-nos e amemo-nos sem egoísmo e extravazemos esta alegria para o exterior, para as pessoas e a Natureza.
Realizemos o místico que há em nós, nosso coração, nossa alma. Realizar, significa usar, pôr em prática, viver, expandir, desenvolver.
O amor cresce em nós se nos dermos de verdade aos outros, com sabedoria e prudência natural.
O isolamento estéril, isto é, sem meditação e introspeção, leva ao falso viver e causa dor. Não é mau por vezes estarmos sós, se estivermos em estado de vigilância e plenitude íntima.
O medo resulta de nos agarrarmos ao que é fenomenal, dualista, transitório. Só pondo nosso olhar no que é puro e eterno, adquirimos o poder de nos unirmos a esta fonte maravilhosa do Bem.
O místico não tem rótulos. Vivendo no céu interior, leva  uma vida de ação verdadeira, movimentando-se no mundo produtivamente.
A felicidade é um estado puro de ser, de plenitude. Aquela sensação maravilhosa de que vivemos com espontaneidade e graça, respondendo aos desafios de vida diária sem rigidez, aceitando tudo com equanimidade (igualdade de ânimo).
Elevemo-nos às alturas sublimes, purificando nosso corpo e intenções da mente e da alma.
A Vida Verdadeira existe e sempre existiu. Só temos que nos unir a ela com doçura e sabedoria.
Respeitemo-nos uns aos outros, sabendo que todos, sem exceção, têm o direito de ser felizes, e o desejo inato desta realização.
A Vida Eterna existe em cada um de nós e anseia por brilhar através de nós, para que tenhamos a capacidade de amar verdadeiramente.