Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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domingo, 20 de novembro de 2011

COMO VENCER AS EMOÇÕES DESTRUTIVAS

Para saírmos do círculo das emoções danificantes e negativas, precisamos de ser chocados pelas mesmas até ao ponto de deixarmos de ter atração por elas, não as alimentando consciente ou inconscientemente.
Precisamos de ver que os falsos sentimentos:
1. Esgotam a energia;
2. Deixam a pessoa exausta e confusa;
3. Dão-nos uma sensação ilusória de vida;
4. Perturbam o relacionamento humano cordial;
5. Danificam a saúde do corpo;
6. Provocam misérias pessoais e sociais;
7. Alteram o juízo de avaliação suave;
8. Distraem-nos da procura da unidade; 
9. Dão-nos a sensação de que não existe saída.

É impossivel sermos prejudicados por aquilo que não nos interessa realmente. Se preferirmos a vida calma e suave, do fundo do coração, é isso que teremos. Neste caso, as falsas e persistentes emoções fortes e negativas detroem-se por si mesmas, por não terem suporte gerador.
Para termos uma vida sã e equilibrada é fundamental descobrirmos por nós mesmos o que realmente nos convém, distinguindo o falso do verdadeiro. O que é ilusório produz inquietação, mas o que é verdadeiro dá-nos um senso de estabilidade emocional, certeza, amor e paz.
É importante ter tranquilidade em todas as situações, quer agindo ou descansando.
As pessoas adoram emoções fortes porque estas as distraem do vazio interior que temem enfrentar. Porém, além desse vazio há a vida radiosa. O que tememos realmente é nossa própria salvação, e que está apenas a um passo atrás da coragem de darmos esse passo.

«Quando você está se debatendo na água, não é tão consciente da água  quanto o é da sua luta contra ela. Mas quando se abandona e se descontrai, você flutua. E sente, então, todo o lago à volta do seu corpo  acalentando-o de maneira reconfortante. É assim que Deus é. Quando você estiver tranquilo, sentirá todo um universo de felicidade balançando suavemente sob sua consciência. Essa felicidade é Deus.»
                                                Paramahansa Yogananda, em Paz Interior

Sumário de ideias:
1.Perdoe silenciosamente. Perdoar, é separar-se, desprender-se, ficar mais leve, purificar-se...
2. Esqueça coisas, ousadamente. Não passe filmes mentais sobre o passado que já se foi e agarre a sua mente para onde está o corpo. Para cortarmos o auto-hipnotismo psíquico, despertemos.
3.«Um dos nossos maiores inimigos é secreto ressentimento» (Vernon Howard). É erradicado pela tomada de consciência dele e praticando a auto-observação imparcial.
4. Desejemos apenas o bem a todas as pessoas e a nós mesmos.
5.Considere, incidentalmente, ficar agradecido a quem o ofendeu no passado, visto que o incentivou à autotransformação redentora.

                          Silencie-se pela introspeção e sinta o silêncio sagrado do coração.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ABANDONAR AS PAIXÕES

Extinga as paixões, pois elas são ideias fixas que o prendem e escravizam ao corpo e à mente, impedindo a expansão da consciência e a felicidade natural.
«Toda a sensualidade é enervante. O homem sensual é escravo de suas paixões, e degrada-se vilmente ao buscar o prazer. Porém, não é mau satisfazer as necessidades da vida. Ao contrário, é dever nosso conservar a saúde do corpo, porque de outra maneira não poderíamos manter acesa a lâmpada da sabedoria, nem dar fortaleza e lucidez à mente.» O Evangelho de Buda, de Kharishnanda.
O eu falso persegue o prazer e teme a dor. A equanimidade é a capacidade de nos mantermos acima destes dois opostos, o que resulta em serenidade.
Chamamos a atenção para este pormenor: o abandono do eu falso tem que ser feito gradualmente e por passos curtos, caso contrário torna-se demasiado amedrontador. Se este eu é tomado como sendo a própria vida, com ignorância e exclusão da vida autêntica, e tão enraizado desde então, como pode o caminhante desejoso de felicidade, paz e harmonia, dedicar-se a aceitar tal "tortura" ?!
É verdade, temos receio de abandonar o que é falso de tão familiar que nos é. E isto por não sabermos o que está além dele. Porém, o abandono vem em primeiro lugar e com gradualidade.
Precisamos praticar a introspeção com frequência sobre os princípios místicos, pois períodos de silêncio interiorizados revelam a serenidade e o amor de Deus que nos capacita a pôr de lado, gradualmente, e com esquecimento, a natureza adquirida que é desperdício de força vital.
Chamamos também a atenção para a necessidade de, de vez enquando, o leitor precisar  de dar uma oportunidade a  ser. Para isso, deixe tudo de lado, não force o espírito com reflexões, pouse os livros na estante ou deixe a Internet, beba chá e coma bolo, e vá dar uma volta pela Natureza. Permita que a leitura dos príncípios místicos que fez sejam absorvidos pela mente profunda, de forma natural e sem esforço, e que um dia aflorem à superfície em momentos oportunos da vida.
Não se deixem perturbar por aparentes contradições entre verdades apresentadas.
A comunicação através da palavra, embora valiosa, tem suas limitações: não consegue chegar à Verdade. Contudo, é um bom meio e já transmite um certo sabor  do que se deseja alcançar. Depois das palavras é preciso dar o salto  para a grandeza, com fé, humildade, fervor, coragem, recetividade e disponibilidade. O que é perfeito e realmente belo e bom está além das palavras!

«Que felicidade o homem poder libertar-se de sua sensualidade! Isto não pode ser bem compreendido, a meu ver, senão por quem o experimentou. Só então verá claramente como era miserável a escravidão em que se estava.» (S. João da Cruz) 

terça-feira, 18 de outubro de 2011

ATITUDE PERFEITA E ORIENTADA

“Mude atitudes negativas, não circunstâncias negativas.” Não diga agora uma coisa e amanhã outra. Seja firme nos seus pensamentos e desejos. Honre a si mesmo pela palavra dada. Aprenda a viver perigosamente com segurança não planeada. Abandone todas as pseudo-seguranças. São as falsas seguranças que o fazem ter medo do futuro, da situação; que o fazem prender-se a pequeninas coisas que o arrastam para baixo.
Para que os outros não abusem de si, seja em primeiro lugar firme, sincero, franco, sábio, sem truques.
Não tenha fé na sociedade, nas promessas. A autoconfiança “move montanhas”.
Vamos aprender a viver como deve ser, como é possível viver e se deve viver! Não há outra forma! A outra forma é falsa, leva ao medo, ao fracasso e neurose. Morra para a falsidade pessoal e, em seguida, para a dos outros, e viva real e gloriosamente.
Os outros não têm hipótese senão serem reais para com você ou terão de dar meia volta, se você for real!
“Não permita que os débeis lhe roubem a energia psíquica. Construa um muro psíquico à sua volta, embora lidando com eles” Regresse a si mesmo quando for longe demais, e observe-se. Pare e ande. Repouse e aja. “Aja rápido.” Não há tempo a perder. Aja sem nervosismo ou ansiedade. Aja tranquila e rapidamente, embora parecendo parado! Você pode agir rápida e produtivamente se estiver sempre auto-unido, centrado em si, no seu eu. Uma pessoa dividida segue em várias direções, desgastando-se, lamuriando-se viciosamente. Isso não é auto-unidade.
São horas de não se identificar com a situação política, económica e financeira, parcial ou global. Viva como se não tivesse em que se apoiar. São os apoios, as “muletas”, que o tornam fraco, amedrontado. A força vem de dentro. É a partir do interior que se constrói o sucesso exterior. Só assim você poderá viver da situação sem se misturar com ela. E aí não está sendo falso, mas sim superior e, curiosamente, desinteressadamente, a situação melhora, tornando-se mais sadia, olhando-o e seguindo-o.
Não tente melhorar a situação estando dividido. Tem é de melhorar-se, unificando-se.
Milhões tentam melhorar, reformar o mundo exterior, e nada muda. Sabe por quê? Porque as pessoas procuram é servir-se da situação, criando mais caos. A maioria procura ajudar, ajudando-se primeiro, mas essa é uma falsa ajuda, que só os enfraquece.
Pratique o silêncio, fique atento. Você está se realizando corretamente.
Ao sermos realistas e produtivos com nós mesmos, automaticamente o somos com todo o mundo, e ele sê-lo-á connosco.
Todos os problemas têm solução se, apaixonadamente, assim o desejar.

AOS EMPRESÁRIOS E COLABORADORES

Em geral, os dirigentes das empresas andam com os nervos em farrapos por uma questão muito simples, mas difícil de eliminar na prática: é o facto de se ligarem ao seu trabalho na intenção de serem pessoas de sucesso, em vez de o desempenharem para ganhar o “pão-nosso de cada dia”.
A profissão deveria ser executada como um apostolado ao serviço dos outros, humanizando e humanizando-se. Não só realizariam o serviço com mais perfeição através do intelecto, e não das emoções, como teriam mais alegria, gentileza, perspicácia e produtividade. Passariam a ter sucesso psíquico, ficando para segundo plano, cumulativamente, o sucesso referido acima.
Naturalmente que os funcionários, sem tensão e ansiedade, produziriam mais e com eficácia.
Os dirigentes com esta atitude não teriam que se preocupar com as oscilações da bolsa, da economia e das finanças, pois estariam no comando de si mesmos, e isso é o que conta neste vasto mundo.
Explicamos ainda, para facilitar o objetivo, que a não identificação com o trabalho significa realizá-lo sem ficar preso aos frutos da ação, bons ou maus, não se prender emocionalmente com o que se faz. Resulta isto em liberdade, sossego da mente e do coração e o acúmulo de energia que origina felicidade.
Há escassez de trabalho em virtude das pessoas, dirigentes e funcionários, quererem ser alguém na vida através de sentimentos rasteiros.
O trabalho deixaria de causar preocupação, passando a satisfação, se agissem com consciência de momento a momento, aplicando o intelecto em vez das emoções. Ter autoridade sobre si mesmos em relação ao que se faz, e não permitir que as emoções de sucesso e fracasso se interponham. Isto se chama não-ação ou desempenhar a profissão com amor, tornando-a num apostolado.
Pertencer ao mundo fenomenal ou dualístico, vivendo ao sabor alternado de sucesso e fracasso, significa não estar acordado, desperto e, portanto, estar em sono psíquico.
Clarificando: se buscarmos o sucesso humano temeremos o fracasso humano, e isso é o que realmente enerva: temer o oposto.
A solução é viver acima destes dois falsos amigos emocionais que arrasam a estrutura psicossomática.

CONHECER – SER – AMAR – VIVER

Nem pessoa nem coisa têm poder de nos prejudicar. As pessoas apresentam-nos desafios, mas não devemos reagir negativamente a eles. Se estivermos serenamente atentos podemos até tirar benefício desses desafios, e isso traz também a consequência salutar de termos controlo sereno sobre as pessoas ou circunstâncias.
Uma pessoa se queixa de seus problemas pessoais e da sociedade: isso é porque ela ignora a força interna que brota de sua essência. Esta força, por falta de autoconhecimento e autocontrolo, assume esses sentimentos, visto que a pessoa, inconscientemente, lhe dá essa direção. E, como a energia universal deve ser gasta em seu próprio benefício e uso de todos, animais e plantas, a pessoa fica abatida e mais negativa.
Outra consequência é a dependência em relação aos negativismos pessoais e à sociedade. Para deixar de ser dependente a pessoa precisa ser a partir de dentro e não de fora. Precisa deixar de ser um componente ativo inconsciente desses sentimentos e da sociedade.
Com a independência e liberdade, através do autoconhecimento, surge a capacidade de vivermos a nosso favor e da sociedade corretamente.
Temos sido demasiado preguiçosos para deixar de desejar que os outros nos façam ou deem coisas; para pensarmos por nossa própria cabeça.
O pensar perfeito com base na compreensão (consciência) é luz, beleza e serenidade, criatividade, renovação e elevação. Este pensar não é agitação, preocupação e desgaste. É a perceção direta e instantânea do que é, das coisas como elas realmente são, e isso é alegria, felicidade e harmonia.
“Quando um homem vive com Deus, a sua voz deve ser tão suave como o murmúrio do regato e o sussurro do trigo.” (Ralph Waldo Emerson)

sábado, 8 de outubro de 2011

MANTER INDEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA EM RELAÇÃO AOS DEMAIS

Não é sua obrigação salvar o mundo, mas salvar a si de si mesmo, do ego. Só assim estará isento do sofrimento causado pelo ego dos outros.
As pessoas em geral, especialmente as negativas, estão sempre prontas a drenar energia psíquica de quem se encontra em nível mais alto. É contra a lei permitir isso. É preciso estar alerta constantemente. Usam todos os artifícios dos mais detetáveis aos mais subtis, desde truques do cumprimento diário até aos olhares.
Quase ninguém está interessado na transformação íntima, o que implicaria esforço e responsabilidade pessoais, enquanto puder de alguma forma usar outros para descarregar neles suas taras neuróticas. Excetuam-se os homens e as mulheres que atingiram níveis psíquicos e espirituais elevados, mesmo vivendo em sociedade, mas com distância íntima, e esses existem na razão de um para um milhão.
Mas você se estiver realmente interessado na introspeção diária não pode impedir-se de se transformar. A salvação é sempre um ato individual e não o movimento das massas, como afirmaram dois grandes Sábios distantes no tempo e no espaço: «As grandes verdades não se enraízam no coração das massas.» (Chuang tse), mestre chinês taoísta, e «As almas não se salvam aos magotes.» (Ralph Waldo Emerson), filósofo, ensaísta e humanista norte-americano.
Não há duas pessoas fisicamente iguais, assim como não há duas pessoas que estejam no mesmo nível de compreensão, perceção ou entendimento. Elas nascem para este mundo diferentes física e percecionalmente, o que implicará, chegado o momento, de se autorresponsabilizarem como indivíduos. Cada ser humano é único. É por isso que as organizações religiosas não podem e não conseguem salvar ninguém totalmente. Excetuam-se a beleza e a imponência estrutural e mística dos locais sagrados de peregrinação e os conventos e mosteiros que praticam trabalho de apostulado sério,  que levam o nome dos santos que lhes deram origem e que têm apoio delas, os quais também mantêm as organizações de pé. As organizações podem, quando muito, transmitir os ensinamentos de Seres Especiais e conferir às  massas consolo aparente. Ajudam até certo ponto, mas, a partir deste ponto, o indivíduo, dentro ou fora das organizações, terá de se responsabilizar e prosseguir por si na procura da Verdade, se não quiser sucumbir.
Conhecemos pessoas que fazem propaganda de suas doenças  com o objetivo de impingir aos outros que são as mais sofredoras. Elas no fundo desejam é descarregar o que delas mesmas não podem e não querem suportar.
Mas há também aqueles que numa conversa se centram à volta de si mesmos,  vangloriando-se ou descarregando um sentimento de culpa, falando sem parar com discursos fúteis.
A pessoa consciente sabe que a sociedade chamada moralizada carece de autenticidade: as simpatias, os elogios, as gentilezas, as amizades..., estão sempre baseadas no interesse. Frustrado este, a autenticidade cai por terra.
Nem mesmo a medicina  é solução total para os problemas do homem se este se negligenciar, delegando em outrem a condução e estabilização de sua vida. É claro que a medicina está avançada e coordenada, pode salvar vidas e efetuar trabalho sério. Porém, se a pessoa perder a autoconfiança e a dignidade acabará dependente de farmácias, técnicos de saúde e hospitais  onde sucumbirá, falhando esta lei inexorável: «Perdemos a força cósmica de cada vez que nos tornamos dependentes da força humana». A medicina ajuda se você se ajudar, se colaborar na cura, se contribuir para a mobilização de suas forças curativas interiores e não ficar à espera como um mendigo para que lhe façam tudo, sem esforço sério de sua parte. Do mesmo modo as organizações religiosas não podem, como já dissemos, resolver o problema tão intrincado como a salvação, mas a Deus nada é impossível se você, mesmo assim, for colaborante nela.
Tanto a cura como a salvação se revestem de um enorme cunho pessoal, o que poderíamos conceituar,  neste particular, como de autocura e autossalvação.
Assim sendo, você, sem se tornar antissocial, pense por si, viva por si e procure perceber o valor e o alcance desta frase:
«A Auto-observação imparcial leva ao Autodespertar o que conduz à Autoliberdade», apresentada por Vernon Howard, num dos seus livros.
Quando alguém seu familiar ou não, for azedo e ríspido com você  não responda com azedume e ríspidez para não cair nas malhas da irritação. Ela não olhará a meios ou amizades, o que quer é descarregar. E uma vez feito isto, desculpa-se e justifica-se. Não vá nesse jogo perigoso. Não adianta discutir com ela ou tentar emendá-la. Para evitar isso, seja feliz por si, contenha-se, ame, refugie-se em Deus.
Só o homem iluminado vê a fraqueza humana, mas não tira partido dela.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

TRANSFORMAÇÃO INTERIOR

Tudo o que importa nesta vida é encontrar aquele Centro donde flui a luz que a ilumina. Todas as mudanças exteriores sociais não contribuem para esta possibilidade. Só uma renovação global interna, que não seja uma reforma do eu pessoal, mas uma redução gradual e progressiva deste, dá acesso ao Centro de luz e de paz.
O homem ou a mulher isolados que estão descontentes com a vida e que chegaram ao fim de sua corda mental, procuram uma saída ( pensemos na parábola do Filho Pródigo ), e iniciam a viagem de regresso a qual, milagrosamente, jamais será uma repetição. É certo que este regresso está cheio de obstáculos, aparentemente intransponíveis, pois é preciso remar contra a maré não só deles mesmos como do meio em que vivem.
O peregrino da Verdade pode vacilar, sentir-se temporariamente só e querer voltar à vida monótona anterior. Contudo, como já teve, eventualmente,  um vislumbre da existência de uma Vida Maior, justa, equilibrada e saudável, constantemente irradiante e que permeia silenciosamente tudo tem, nos momentos críticos a luz pequenina que nunca se apaga, estimulando-o a prosseguir. Uma vez por outra, parece que esta luz, com tendência a aumentar, se extingue mas, caindo em si, volta a vê-la, e avança não obstante os perigos.
As pessoas que se identificam com o mundo e que estão no caminho de ida e sem saída, tentam persuadir o caminhante de que ele é que está errado, mas a luz que não engana e que confere no íntimo um senso real de verdade, amor e justiça, o protege dos enganos.
As pessoas fartas de serem enganadas é que começaram a pensar por sua cabeça e a investigar mais além de si próprias e da opinião comum. Há muitas que saíram vencedoras e que declararam por palavras clarificantes e por uma vida virtuosa exemplar, seus triunfos.
Há um momento crítico na vida do aspirante à Verdade que é este: todo o processo para passar de um nível mais baixo de ser para um mais alto, é precedido pela anulação de tudo anterior, exceto a sabedoria excelsa, a qual serve à eternidade.
O místico passa por muitos dos estados íntimos narrados no Novo Testamento, trabalhando para a glória de Deus e não para a sua, deixando à Vida seus cuidados e ou merecimentos. Tudo o que ele quer é resistir até ao fim em que todos os dias sejam de clareza e certeza. « ... aquele que perseverar até ao fim será salvo. » ( S. Mateus, 24:13). Ele tem uma qualidade de amigos de nobreza superior que são mil vezes maiores que aqueles que desertaram e que teve de deixar para trás.
São as pessoas que foram além de si próprias e da sociedade falsa, desequilibrada e enganosa, e que tiveram um vislumbre  da Luz Maior, que dão esperança à sociedade e ao Mundo.
A autorrenovação impõe-se inexoravelmente, sem a qual a renovação externa nada ou pouco resulta. Mas devemos fazer isto por nós. Fazendo-o, executamos nossa tarefa e verificamos que os outros precisam de fazer o mesmo.