Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

RECUSE-SE A SER USADO

Determine-se a ser livre aqui e agora com consciência plena. Use sua própria luz divinizando-se e enquadrando-se na Realidade Cósmica.
Como sua beleza interna se reflete externamente através de seu corpo físico, esse é o aferimento do autodomínio verdadeiro ou autossuficiência. Eis aí a imbatível e inabalável força resistente a quaisquer investidas. Só quem é fraco é que precisa de estar ansioso e sempre à defesa.
Estando consciente de seu próprio e natural poder, essa consciência é força e a sensação de que está chegando ao eterno repouso. Mas isso não significa afastamento para um canto: significa envolver-se  alegremente em atividade e recolher-se quando necessário; significa fluência em seu viver.
Embora seja uma pessoa simples, doce, atenciosa e despreocupada, não tem o mínimo de vaidade, e até esquece essa palavra. Já está em paz, não tem quaisquer preocupações ou ansiedades: nada lhe falta e nada está a mais. Contudo, desliza, saboreando tudo o que pode ser saboreado. Como é senhor de si e se enquadra numa grandiosa e nobre família com amigos e amigas do coração, deveras mil vezes maiores do que os que se recusaram a ser seus amigos, pondo sempre reservas, é feliz e irresistivelmente atraente e autoconsciente. Não está mais preocupado com sua integridade e defesa. Todos ajudam a quem se ajuda a si mesmo no que é de mais básico e de sua obrigação. Ninguém o pode ferir, porque sua essência é inexpugnável.

                                              A melhor pregação é sua vida encantada

domingo, 31 de dezembro de 2017

RELIGIÃO E FILOSOFIA MÍSTICA

Um ensinamento autêntico e completo, comporta a devoção ou sentimento religioso e o autoconhecimento ou análise psicológica. Esta complementaridade não pode ser dissociada, mas caminhar par a par no caminho de libertação ou ascensão.
Um místico, a caminho da santidade precisa não só de amar o Ser, assim como de conhecer-se. Sem isto não há verdadeira religiosidade da qual resultam as virtudes e o poder sereno. No místico autêntico, todas as potencialidades brilham em simultâneo.
A autenticidade religiosa e mística liberta o praticante do excesso cerimonial, que é a forma exterior do culto religioso, a expensas do misticismo, que é o essencial.
Sem conhecimento de si mesmo, o santo extravia-se. E sem santidade, o místico torna-se demasiado mental no qual falta a sensibilidade de coração, condição necessária para que crie empatia com os demais. Podemos resumir, dizendo: não basta ser santo, mesmo consagrado, se este não for psicólogo e filósofo. Se não souber defender-se das tentações dos sentidos, dominando sua mente. Mente e coração, sabedoria e devoção precisam de se harmonizar e trabalhar em conjunto de maneira que se forme o homem realmente bom.
O homem cósmico, é o Verdadeiro Homem, no qual santidade e harmonia psíquica se adequam e complementam.
As verdades eternas não podem estagnar e serem tomadas como definitivas, mas ser o que vem a ser. Sem isto, cria-se o dogmatismo religioso, ou o fanatismo místico, que levam ao conflito, criando divisões e impossibilitando um ecumenismo profundo.

sábado, 9 de dezembro de 2017

SEM CRISE ASSUMIDA NÃO HÁ RENOVAÇÃO

Sabemos que tudo está bem, ou tudo está assim, assim?!
A maioria agacha-se atrás de muralhas defensivas, pensando que o problema é do outro.
Não sejas luz forçada para ninguém: sê luz para ti mesmo.
Não celebres, consecutivamente, o nascimento de ninguém: nasce tu.
Tu não precisas de ser grande, mas de ser tu mesmo.
O mundo não precisa de imitações, mas de renovações saídas da morte do que é velho.
O terceiro milénio não pode prosseguir com o velho paradigma: são precisos novos materiais. As crises consecutivas, e cada vez mais aflitivas, são disso prova.
Há algo de realmente belo escondido numa crise, seja ela individual ou coletiva, mas é preciso aceitá-la, suportá-la e amaciá-la até que rebente, ou se dissolva, tornando tudo saudável e pondo à vista a beleza inefável, vivente e reluzente.
Antes que tudo aconteça à escala global o homem, a nível individual, precisa responsabilizar-se por suas crises em vez de as plasmar na globalidade. Alguns já estão a fazer isso, já deitaram mãos ao trabalho. E você? Quer dar a sua contribuição?
Não basta olhar para trás saudosamente. Isso é estagnar. Não basta querer morrer para fugir ao problema, pois a crise vai consigo!
Mulher: " liberta a leoa que há em ti "
Homem: liberta o leão que há em ti.
Mas assumam, pela virtude, o controle. Não deem rédea solta. 
Vivam com fé, brandura, alegria e poder..

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

ENSINAR O CAMINHO DA VERDADE

Estamos habilitados a fazê-lo logo que a palavra que professamos está em sintonia com o que realmente somos, pois, de outro modo, induziríamos em erro quem ensinamos. É preciso ter alto poder de observação e alerta para evitar cair em tal erro.
Só é válido o ensinamento que experienciamos comprovadamente em nós, de forma original e imbuídos do senso de saúde e virtude inerentes. Será lamentável e desastroso professar aquilo de que não se está seguro, firmado no amor da Verdade, a quem se serve, do respeito por si próprio e do amor ao próximo.
 Qualquer tentativa de ajudar as pessoas, sem habilidade, denota fuga de si mesmo e interesse subtíl egoísta de as usar no sentido de fazerem e realizarem o que não conseguimos.
 Um longo período de preparação pessoal é necessário até sentir que já se compreende  e vive bem os ensinamentos a transferir. Ensinar o que não se sabe é motivo de queda vergonhosa e descaminho para ambas as partes.
É verdade que é maravilhoso propagar os princípios que conduzem à Verdade e que o trabalho em grupo, bem orientado, é assaz fulgurante e belo, o que alarga tanto os horizontes psíquicos e espirituais de quem ensina como de quem recebe os ensinamentos.
A melhor recompensa é a leveza, a elevação de espírito e consequente felicidade mútua após a sessão doutrinal.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

POTENCIAL INTERIOR

Todos os seres humanos têm encerrada em si a felicidade ilimitada.
Procurar a si mesmo, encontrar-se, descobrir-se, autoenfrentar-se e autoaceitar-se, conduz à libertação desta força e deste novo poder elevador, engrandecedor e criador. Em silêncio e só. É privilégio e obra de cada um. Uma vez adquirido não pode ser tirado ou detido. Podemos ajudar-nos mutuamente, dar pistas para os recônditos de vossos corações, mas a chave final é intransmissível e ninguém a pode usar ou rodar a não ser o próprio.
A maioria convive através das experiências com conversas centradas no ego, na rotina, na memória e no conhecido. Quase todos, milhões e milhões de pessoas, procuram o seu espaço que, da forma como o conseguem, acaba sempre no vazio intolerável, enfraquecedor  e no recomeço de nova busca viciosa.
Não somos apenas seres humanos. Somos potencialmente seres superiores e a vida nos foi dada, com seus aparentes revezes, para atualizarmos esta potencialidade, tornando-a prática e vivente.
O sofrimento moral e psíquico deve-se à limitação que, inconscientemente, por ignorância, impomos ao Espírito que em nós habita apenas no corpo circunscrito, em vez de permitirmos que se expanda cosmicamente como é de Sua natureza.
Vocês precisam relacionar-se tendo em vista o íntimo a íntimo, coração a coração, mesmo às vezes sem dizerem palavra.
Digam não ao ressentimento, ao não-perdão, ao superficial, ao ódio, à irritação, ao mau humor, ao  espírito e cara fechados, à tristeza, à autocentralização, aos maus pensamentos, ao ontem e ao amanhã. Vivam o presente vital e único, com inocência, ternura, gentileza, poder, amor, despreocupação e verdadeira fé em Deus e em vós.
Digam sim à introspeção, à meditação, ao autoconhecimento, ao relacionamento amoroso e terno, prudente e vigilante. Prudência e vigilância são perceção, consciência, despertar, alerta e auto-observação calma e majestosa.
Acabem com os maus pensamentos pela alerta vigilante. Vocês caem nas suas malhas, nos sofrimentos e prazeres por eles produzidos, ao chamarem-nos de vossos, ao se identificarem com eles. Ao nos tornarmos observadores passivos e conscientes deles, sem os reprimir ou acatar, cada vez menos aparecem, até se extinguirem. Surge, naturalmente, em seu lugar a beleza, a plenitude, a autoconfiança, a auto-unidade, o sentimento de integração universal e o senso de verdadeira paz, felicidade e alegria.
Como veem, tudo se resume ao modo como gerimos e acalentamos os pensamentos. Os pensamentos são a coisa mais importante na vida, já temos dito. Quanto mais elevados e puros forem, mais suaves são e nos aproximam da verdadeira ventura que é Deus. Somente nesse estado estamos mais à vontade no momento em que vivemos, quer estejamos sós ou acompanhados. Somente assim, sabemos que vivemos real e frutiferamente, sem desperdiçar os talentos que Deus nos confiou.
Ao nos elevarmos a níveis superiores de compreensão, deixamos de ser usados e incomodados por pessoas difíceis de níveis inferiores.
Cada tarefa que façamos diariamente, devemos aplicar-nos a ela única e simplesmente sem pensar em outras, pois nisso há felicidade e produtividade, e não desgaste. Saber que a estamos executando. Isso é consciência, luz e paz. Se vocês souberem que no momento a executam - saber mesmo - estão vivendo o Presente Eterno, sem ligação com o passado ou com expetativas quanto ao futuro. Façam isso e sintam que o tempo não existe, bem como a infelicidade. Quer seja na fábrica, em casa ou mesmo no divertimento, saibam isso. Vocês nunca souberam e, por isso, se cansam, se aborrecem e a vida tem sido um fardo.
Estamos falando de uma nova forma de viver revigorante. A vida não tem princípio nem fim e, portanto, considere-se sempre jovem e não limitado a viver a prazo.
O pensamento pode ser elevado a um nível de perceção e harmonia, onde os problemas não são sentidos. Lembrem-se de que o pensamento é criador, também já expressamos. Elevem-no para que aquilo que obtêm seja em conformidade.
O mundo parece um caos porque é o baixo pensamento dos humanos, vindo de dentro, que o põe assim. Deixemos de ser agentes desta enfermidade e ficaremos a salvo.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

REAÇÃO CORRETA PERANTE A MALDADE ALHEIA

Reagir perfeitamente é não fazê-lo de forma habitual, condicionada. Abster-se disto é permitir que a intervenção Cósmica aja por nosso intermédio de forma admirável e maravilhosa. Neste proceder não há desgaste de energia, esforço ou tensão. Verificamos que, embora sejamos conduzidos como participantes na ação de defesa superior, não nos preocupamos minimamente com o fazer, mas deixámo-nos levar suavemente como crianças plenas de confiança. O resultado, como vemos depois, é completo de justiça implacável com benefícios universais para ambos, e a ordem reposta.
O ofensor recebe uma lição moral da qual não tem alternativa a não ser emendar-se, quer seja uma pessoa interventiva ou várias, pois, para o Poder Cósmico, o mau não tem outra opção senão ceder. Assim sendo, a nossa intenção não é a de retaliar, mas viver virtuosamente, deixando os cuidados à intervenção majestosa divina.
Preocuparmo-nos com o mal é perder inutilmente tempo e energia necessários à nossa correção, para sermos canais do bem para o mundo tão carente de ordem e ajuda. E, ao sermos canais, a felicidade nos inunda.
Nenhuma pessoa tem a intenção natural de se mudar interiormente de forma única e verdadeira, a não ser que deixe de encontrar os outros como alvos de suas descargas doentias. Neste caso, a pessoa em causa não tem a hipótese de viver, a não ser o virar-se para dentro de si e mudar-se ou destruir-se.
Todos querem um mundo melhor, mas poucos desejam e contribuem para ele verdadeiramente. Pensam sempre que tudo estaria bem com a mudança das condições sociais.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

OCUPAR A MENTE CONDIGNAMENTE

Todo o indivíduo, para sua saúde psicossomática, precisa ocupar-se em ser produtivo, que é fazer o que não pode deixar de ser feito, beneficiando-se a si e aos outros.
Se não formos inspirados superiormente, não temos a certeza do que estamos a fazer. A mente não tem lugar para o certo e o errado. É preciso esvaziá-la das ervas daninhas para preenchê-la de pedras preciosas.
Cada um de nós tem tarefas a cumprir, esteja onde estiver. E deve atirar-se ao trabalho de todo o coração, pois, o que for realizado com amor nos preenche e eleva. Haverá sempre o que fazer, mesmo que seja estar parado sem fazer nada.
Uma ocupação é improdutiva e inútil quando o indivíduo, ao executá-la, se sente excitado, ansioso, inquieto e apressado por terminá-la  A ação perfeita mobiliza a mente e o coração, e é realizada sem esforço. Ela reforça o equilíbrio e a saúde mental.
Se tivermos autoridade sobre nós mesmos, tudo decorre com naturalidade.
Ocupe-se em qualquer coisa honrosa, mesmo que o leitor seja um operário, um reformado ou uma dona de casa. Valorize-se, criando algo. Há sempre novas formas de fazer as coisas sem cair na rotina, se tivermos criatividade.
O tempo mal usado dificilmente pode ser recuperado, porque foi esbanjado. Concentre-se no que está a fazer, e daí não pode resultar senão uma obra bem feita que lhe dará satisfação e alegria. Todo o artista deixa a sua marca no que faz e os que vão usar dela não deixarão de lhe colocar o seu assentimento, nem que seja através de um olhar sensível estético.
Um trabalho deixará de dar frutos quando o executor não se entrega todo na realização, por se encontrar dividido psicologicamente. Acaba por não ter gosto no que está a fazer e aborrece-se. É preciso pormos amor no que fazemos, repetimos.
Nunca devemos deixar a mente a descoberto, precisamos de preenchê-la com pensamentos e intenções nobres, mesmo quando não estamos a fazer nada. A ação é perfeita quando há pureza nas nossas intenções. Assim, não nos prejudicamos nem às pessoas com quem nos cruzamos ou a quem o nosso trabalho se destina.
Devemos pensar e agir com elevação, tendo em conta o bem comum e universal.