Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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terça-feira, 31 de maio de 2011

FELICIDADE

Só encontrando nossa natureza verdadeira, que é de essência divina, podemos usufruir de felicidade autêntica. Assim, amamos verdadeiramente, fluindo com as coisas que se nos apresentam sem reagirmos a elas com oposição e atrito, tal como um barco suavemente comandado que desliza num rio em direção à foz.
Nossos pensamentos e aspirações estão devotados ao Senhor, e não há desperdícios ou desvios de energia natural. O que quer que façamos tem o amor incondicional como orientação e proteção que permeia, enaltece, suaviza e sublima tudo.
Neste estado de inocência e espontaneidade o mal não existe. Era apenas um sonho que, ao derpertarmos e tendo morrido para nós mesmos e o mundo, se dissipou e esgotou. Passamos agora a servir a Deus nas pessoas que ainda vivem na ignorância de sua verdadeira natureza, e que, para elas, o mal é mais real e poderoso que o verdadeiro e único Bem.
As pessoas que sentem uma insatisfação mais ou menos persistente e que vão tendo a desconfiança de que não conseguem apaziguar o seu tormento, saberão o que se está a dizer.
Quando obtêm o primeiro e grande vislumbre ficam a saber, indelevelmente, que a solução verdadeira para a vida tem origem na Força Divina, e não nas forças  humanas.
Todos os dias são aceites com reverência e cálido afago. Tudo que é verdadeiramente bom, salutar, decente e suave vem até nós: a paciência, a tolerância, a compaixão, a empatia e com elas o senso da vida desinibida, livre e fluente.


                               Meu Deus, vinde a meu coração. Nele permanecei, Senhor!    

terça-feira, 24 de maio de 2011

PERCEÇÃO E PENSAMENTO CONDICIONADO

Veja as coisas como elas realmente são, é o lema do misticismo.
Quando vemos uma verdade com clareza surge o alívio e a certeza. Esta visão é chamada de perceção que é a apreensão imediata do que é.
O que parece ser se  origina do pensamento condicionado em que a mente sofre a influência da memória e do intelecto com a elaboração de pensamentos contraditórios e de dúvidas que dão como resultado classificações erróneas de situações e sentimentos.
O misticismo que poderíamos chamar de pensamento elevado e abrangente, correta e honestamente praticado, nos livra de condicionamentos e falsas classificações de sentimentos. É um sistema de libertação humana individual e social que cria harmonia.
A perceção liberta, e o pensamento condicionado baseado em comparações balizadas, aprisiona e pressiona. Assim, as pessoas dolorosamente pressionadas vivem num caos pessoal e extravazam-no socialmente.
O místico não faz assim. Desfaz os problemas em si mesmo e evita o germinar dos mesmos.
Elevemos a perceção cósmica para que surja a harmonia. Ao fazê-lo elevamo-nos sem esforço acima do dualismo, fruto de condicionamentos. Ele se desfaz naturalmente como a neve ao calor do sol .
Uma boa referência de perceção é aquela em que uma pessoa é confrontada com um perigo iminente (um acidente, por exemplo), e, num rasgo de ação imediata consegue salvar-se e salvar outros. Se pensasse de forma comum a rapidez do desastre apanhá-los-ia.
O pensar claro dá origem à ação imediata e perfeita. Isto é viver produtivamente. Aplicar as energias para seu bem e  o bem comum.
Com a perceção a mente fica livre, fluente, e, a memória bem como o intelecto , solidários com ela.
A dor está entre o que se pensa que é uma situação e o que ela realmente é. Abolido o entre , a situação confrangedora desaparece. E como se consegue isto? Procurando a Verdade que liberta. E como se consegue isto? Procurando o Reino dos Céus íntimo. Caminhando do pessoal para o universal.
Não deveríamos considerar isto que se diz como coisa pesada, fastidiosa e impraticável, mas uma ótima oportunidade de aventura heróica. Uma paixão que dá frutos e mais frutos.
Quando abandonamos o pensamento condicionado, a Harmonia Cósmica age por nosso intermédio.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

OBSERVAÇÃO SILENCIOSA IMPARCIAL

A observação silenciosa do que se passa no nosso íntimo, com coragem e imparcialidade, revela a falta de unidade em que nos encontramos.
Num momento queremos uma coisa, a seguir preferimos outra oposta. Agora desejamos ser simpáticos, depois somos azedos. Desejamos comer menos para manter a linha, mas a seguir somos atraídos por um gostoso e abundante manjar com sobremesa de doces.
A acompanhar estes opostos temos os pensamentos de desolação de arrependimento por não sermos capazes de tomar decisões precisas e com determinação, e aí estão mais dois sentimentos de alternância.
Como é que a observação silenciosa nos ajuda?
Verificando, como observadores impessoais, a dispersão do espírito. Esta visão lança raios de luz e ele recupera a agudeza e unidade primordial.
Não devemos culpar-nos pelo que vemos, mas apenas limitar-nos a ver como pesquisadores neutros. Deste modo, o eu é retirado do contexto e somos unificados. Sentimos a sensação subtil e maravilhosa da habilidade de termos controlo calmo sobre nossa felicidade, saúde e alegria, pois quando estamos em unidade tudo está bem. Libertamo-nos ainda de perder tempo, energia e dinheiro com falsificadores, por estarmos senhores de nossa integridade e no comando de nossas vidas.
Diariamente praticada a observação psicológica, sem aderência emocional, do que se passa no nosso íntimo, temos como consequência um acréscimo de energia, fulgor e mais autoconfiança. Deixamos de desperdiçar força em pensamentos e atos sem sentido.