A observação silenciosa do que se passa no nosso íntimo, com coragem e imparcialidade, revela a falta de unidade em que nos encontramos.
Num momento queremos uma coisa, a seguir preferimos outra oposta. Agora desejamos ser simpáticos, depois somos azedos. Desejamos comer menos para manter a linha, mas a seguir somos atraídos por um gostoso e abundante manjar com sobremesa de doces.
A acompanhar estes opostos temos os pensamentos de desolação de arrependimento por não sermos capazes de tomar decisões precisas e com determinação, e aí estão mais dois sentimentos de alternância.
Como é que a observação silenciosa nos ajuda?
Verificando, como observadores impessoais, a dispersão do espírito. Esta visão lança raios de luz e ele recupera a agudeza e unidade primordial.
Não devemos culpar-nos pelo que vemos, mas apenas limitar-nos a ver como pesquisadores neutros. Deste modo, o eu é retirado do contexto e somos unificados. Sentimos a sensação subtil e maravilhosa da habilidade de termos controlo calmo sobre nossa felicidade, saúde e alegria, pois quando estamos em unidade tudo está bem. Libertamo-nos ainda de perder tempo, energia e dinheiro com falsificadores, por estarmos senhores de nossa integridade e no comando de nossas vidas.
Diariamente praticada a observação psicológica, sem aderência emocional, do que se passa no nosso íntimo, temos como consequência um acréscimo de energia, fulgor e mais autoconfiança. Deixamos de desperdiçar força em pensamentos e atos sem sentido.
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