Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

COMO VENCER O MEDO

A magia do viver perfeito está na capacidade de se desprenderem. Viver de momento a momento sem acomodação, habituação, o que exige enorme energia e alerta.
Pecado é pensar e fazer o que é errado, como também é a acumulação de resíduos, o ficar agarrado a experiências emocionais agradáveis e desagradáveis, comprometendo assim a criatividade, a leveza e a liberdade emocional espiritual.
Viver, é viver na medida do possível, no aqui e agora, como se cada dia fosse o primeiro, sem memória ao passado ou perspetiva quanto ao amanhã. Deslizar, fluir, rolar, gozar (o que for gozável ), sem se prender a nada, pois,  no momento em que a pessoa se prende e quer repetir a experiência, agarra-se ao tempo, ao passado, e separa-se do aqui e agora Vivo.
Quando querem repetir estão a valer-se da memória, a comparar com o registado nela, o que nunca criará uma coisa nova.  A beleza está na vivência inédita, a qual é glória, felicidade, novidade pura, energia e sacralidade impassível de comparações.
O medo é uma emoção negativa ligada a algo que aconteceu no passado, e cada vez que o sofredor se lembra dele liga-o ao presente, tornando-o real e temendo-o amanhã. É isto o que se chama uma fobia.
Entendam que, a maioria de nós por desconhecer quem é, vive agarrado a ideias imaginárias sobre o que pensa ser, e isso cria medo, o viver ligado a posições emocionais e mentais fixas.
Só há um medo básico que é o eu falso, e só há a necessidade de uma cura que é o Eu Verdadeiro.
Se o sofredor estivesse capacitado a contornar os reveses da vida não ficaria chocado, preso  ao acontecimento, e tão pouco haveria a criação de medo.
Porém, como as pessoas querem não só explicações, mas também um certo alívio imediato, vamos apresentar alguns conselhos práticos dignos de reflexão:
1. Transforme-se interiormente pela meditação;
2. Tome consciência do medo, pois a consciência é a luz que expulsa as trevas. Quanto menos distância entre si, (observador) e o  pensamento-medo, (coisa observada), mais próximo da vitória;
3. Ao se acercar daquilo que o atemoriza, com coragem e determinação, o medo perde força e você se transforma em verdadeiro herói conquistando liberdade íntima;
4. « A única coisa que o medo não pode suportar é ser olhado de frente, sem resistência e sem medo».
5. O Amor expulsa o medo.
6. A pessoa libertada pode lembrar-se do medo, mas encolherá os ombros pensando: «o que é que isto tem a ver comigo agora?»
7. Quando regressamos à nossa natureza original, que é de essência celestial, o medo e os medos desaparecem, e os pensamentos são de qualidade elevada, portanto, não criadores de emoções nefastas;
8. Não tenha medo de ter medo, visto que ele é apenas um pensamento falso. Mude seus pensamentos;
9. Se quiser saber algo mais, leia o livro O Despertar da Sensibilidade de Krishnamurti - um dos maiores Instrutores espirituais, mas não se esqueça que a libertação final é de Deus, Verdade, Essência, Eu Verdadeiro, ou qualquer outro nome que queira dar à Realidade Última;
10. Compreender um problema é resolvê-lo, solucioná-lo; e
11. A compreensão tem de ser profunda e abrangente, envolvendo todo o nosso ser, e não apenas limitada à compreensão lógica e intelectual. Podemos compará-la à consciência, à perceção, à clareza da mente e, em última instância, como uma aproximação à luz divina. A compreensão intelectual pode iniciar a pesquisa, mas cedo ou tarde temos de mergulhar  na compreensão mística e ir além de nós mesmos, experimentando a liberdade cósmica.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

PARA AMAR

Para amarmos as pessoas precisamos estar de bem com nós próprios, de colocar a integridade pessoal em primeiro lugar. Não basta sermos generosos ao mesmo tempo que nos rejeitamos.
O amor é uma energia íntima e não o apego ou paixão a uma pessoa.
Quando um homem ama realmente a esposa e os filhos não são precisas muitas palavras para expressar esta devoção, que inclui também a responsabilidade, acompanhamento, respeito e desejo de vê-los crescer em realização e alegria, a seu próprio jeito.
Amar sem dominar e controlar é difícil, mas necessário. Por vezes é preciso ter a coragem de amar, negando, « fechar por amor a mão aberta ». Mais difícil ainda é amar quem não nos ama, quem recebe o que de bom coração damos, sem reconhecimento, quem vê sempre um cisco nos nossos olhos e não quer enxergar uma trave nos seus.
É o amor que alivía nossas dores, nos reequilibra, e nos dá o senso de União com todos e com tudo, aqui e agora.
Para amarmos precisamos ultrapassar o medo, o ódio, a separação, a hostilidade e o ressentimento. Ir ao fundo de nosso íntimo mais íntimo onde vemos extinguido o negativismo e a prevalência da Ventura. Melhor se ama quando nem temos consciência disso, quando decorre espontaneamente de nossa natureza, não esperando paga e não nos queixando pela não correspondência.
Quando amamos somos amados superiormente e sentimos liberdade íntima, desanuviamento, fulgor e alegria.
Os que mais exigem amor e atenção dos outros, são os que mais precisam aprender a amar, a saírem de si para fora, a doarem-se. É possível amar sem perder a identidade e o equilíbrio.
O que é uma pessoa deprimida senão a que se encerrou , se recusa a lutar, a entrar no jogo da vida e que não conseguiu contornar um revés?!
O que é uma pessoa tímida senão a que projeta e transfere para os outros aquilo que gostaria de dizer, fazer ou ser, mas, por preguiça, ignorância e falta de meios (entrar em ação), é mais fácil e cómodo para ela negar suas potencialidades, vendo-as nos outros, e achar-se incapaz de ser o que é ?!
O amor é  a maior força e mobilização, e sua expressão é candura, deleite, gentileza, intrepidez, decência moral, vitalidade, alegria e sensibilidade.
« O amor deve ser aprendido na Terra. É  algo muito mais alto ».
Aprendemos a amar quando não nos defendemos, não nos vingamos e perdoamos, suportando com paciência gestos e palavras de desamor dos outros. Assim, aperfeiçoamos nosso eu íntimo. A não defesa referida é a defesa perfeita.
Não nos devemos medir pelas outras pessoas nem contabilizar o mal que nos fazem, mas o mal que fazemos a nós mesmos e aos outros.
O amor é o melhor estado de ser e fortaleza, o qual cresce com a doação.