Para amarmos as pessoas precisamos estar de bem com nós próprios, de colocar a integridade pessoal em primeiro lugar. Não basta sermos generosos ao mesmo tempo que nos rejeitamos.
O amor é uma energia íntima e não o apego ou paixão a uma pessoa.
Quando um homem ama realmente a esposa e os filhos não são precisas muitas palavras para expressar esta devoção, que inclui também a responsabilidade, acompanhamento, respeito e desejo de vê-los crescer em realização e alegria, a seu próprio jeito.
Amar sem dominar e controlar é difícil, mas necessário. Por vezes é preciso ter a coragem de amar, negando, « fechar por amor a mão aberta ». Mais difícil ainda é amar quem não nos ama, quem recebe o que de bom coração damos, sem reconhecimento, quem vê sempre um cisco nos nossos olhos e não quer enxergar uma trave nos seus.
É o amor que alivía nossas dores, nos reequilibra, e nos dá o senso de União com todos e com tudo, aqui e agora.
Para amarmos precisamos ultrapassar o medo, o ódio, a separação, a hostilidade e o ressentimento. Ir ao fundo de nosso íntimo mais íntimo onde vemos extinguido o negativismo e a prevalência da Ventura. Melhor se ama quando nem temos consciência disso, quando decorre espontaneamente de nossa natureza, não esperando paga e não nos queixando pela não correspondência.
Quando amamos somos amados superiormente e sentimos liberdade íntima, desanuviamento, fulgor e alegria.
Os que mais exigem amor e atenção dos outros, são os que mais precisam aprender a amar, a saírem de si para fora, a doarem-se. É possível amar sem perder a identidade e o equilíbrio.
O que é uma pessoa deprimida senão a que se encerrou , se recusa a lutar, a entrar no jogo da vida e que não conseguiu contornar um revés?!
O que é uma pessoa tímida senão a que projeta e transfere para os outros aquilo que gostaria de dizer, fazer ou ser, mas, por preguiça, ignorância e falta de meios (entrar em ação), é mais fácil e cómodo para ela negar suas potencialidades, vendo-as nos outros, e achar-se incapaz de ser o que é ?!
O amor é a maior força e mobilização, e sua expressão é candura, deleite, gentileza, intrepidez, decência moral, vitalidade, alegria e sensibilidade.
« O amor deve ser aprendido na Terra. É algo muito mais alto ».
Aprendemos a amar quando não nos defendemos, não nos vingamos e perdoamos, suportando com paciência gestos e palavras de desamor dos outros. Assim, aperfeiçoamos nosso eu íntimo. A não defesa referida é a defesa perfeita.
Não nos devemos medir pelas outras pessoas nem contabilizar o mal que nos fazem, mas o mal que fazemos a nós mesmos e aos outros.
O amor é o melhor estado de ser e fortaleza, o qual cresce com a doação.
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