O artista partilha a experiência e convoca os outros a fazerem o mesmo.
Todo o fracasso na vida se deve ao emperramento da criatividade, assim como a depressão e a neurose são originadas pelo "sufocamento" do Eu Verdadeiro em cada um. O Eu Verdadeiro é fonte de vida e de juventude criativa, devido às experiências profundas e sublimes que brotam de dentro para fora.
A pessoa - toda a pessoa-, quer expansão, liberdade, fluência. E isto não pode ser padronizado, mas exige espontaneidade e libertação de amarras.
«Os dons de todos os grandes artistas de nossa raça deveram-se, em grande parte, ao fato de que eram místicos. A música de Mozart, o desafio de Mahler, a pintura de da Vinc, a visão ardente de Adrienne Rich não realizam exatamente isto: despertam o místico em cada um de nós, encontrando tamanhas expressões de graça e beleza? Não se assemelha a arte à própria existência, fonte de assombro e admiração, portanto mais uma fonte para nosso misticismo? Os grandes artistas invariavelmente são grandes místicos e os grandes místicos são grandes artistas - poetas da alma. Jamais compreenderemos o verdadeiro dom do artista, a menos que possamos compreender que a fonte de seus dons na verdade é a visão mística. Creio que isto ajuda a explicar por que tanto o artista como o místico têm sido reduzidos a um papel periférico na era moderna newtoniana.» (Matthew Fox)