Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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sábado, 8 de fevereiro de 2014

AOS JOVENS DA TERCEIRA IDADE

Não sintam a idade como um peso ou tristeza. «Vocês têm a idade que pensam ter.»
Sejam criativos e compensem o avanço dos anos com a renovação espiritual, tendo em conta que, «a mente e o espírito são sempre jovens».  Esta atitude contribui para o rejuvenescimento proporcional do corpo físico, dando-lhe vitalidade e frescor.
É lamentável vermos um enorme cortejo de pessoas que se consideram velhas - e em consequência são assim considerados pelos outros - pois se elas se subestimarem as outras pessoas confirmam-no! Sentam-se nos bancos dos jardins com ar melancólico, incapazes de o fazerem com a atitude reverente de comunhão com o ambiente maravilhoso circundante.
Quanto mais um pesquisador dos verdadeiros valores da Vida universal se purifica e avança, tanto mais é capaz de ter sensibilidade para gozar verdadeiramente a Natureza, em vez de estar desatento e triste. E por quê? Porque ele enxerga muito além das aparências, até à beleza.
Cultivemos a observação silenciosa e o silêncio eloquentes.
É deprimente as pessoas caminharem com frequência para exames de rotina auto-engendrados e sugestionados exteriormente, fazerem coleção mórbida de sintomas, a maioria dos quais inexistentes, sendo apenas fruto da imaginação defeituosa. Você é tratado da forma como pede, e a culpa não é só dos outros, desculpe que lhe diga!
Estimados alunos e leitores, vocês podem ser responsáveis pela saúde e alegria que gostariam de ter, se tiverem confiança naquilo que são e Fé no que gostariam de ser.
Não façamos a nossa vida depender do calendário e da soma dos anos, pois o tempo é escravizador. Naturalmente, em termos práticos da vida diária, o relógio e o calendário são necessários.
Seja seu próprio amigo, mas um amigo de um humor contagiante e um exemplo de juventude e graça.
Com irradiações maravilhosas atrairá pessoas com as  mesmas qualidades e aumentarão a felicidade conjunta. Mas não se sinta infeliz se estiver sozinho, pontualmente.
Um dos maiores segredos da vida se resume em três letras: Dar. Assim, recuse-se a ter um semblante parecido com aquelas pessoas que só mendigam consolo, companhia, proteção e compreensão, as quais acabam por afastar o que desejam aproximar.
Reformem-se, mas mudem de atividade, agora sem compulsividade. Façam passeios, leiam bons livros de Filosofia mística que nos ajudam a ter esperança verdadeira, fé, jovialidade, amor e paz.
Melhor do que fazer o que aconselho, escute seu coração nos momentos de paz e ouça a Voz inconfundível que lhe diz que tudo pode ser diferente, tudo tem solução, e a idade é apenas uma trapaça.

                      A Vida é eterna e tão bela, que é pecado apor acessórios ou divisões. 



domingo, 12 de janeiro de 2014

ABANDONAR AS PREOCUPAÇÕES


Ocupe sua vida, e não terá espaço para preocupações.
Frisamos, mais uma vez, a necessidade de vivermos o momento presente. Todos os momentos são felizes desde que, de nossa parte, deslizemos com eles sem temor ou imaginações fantásticas, porque são puros, imaculados e naturais. 
De cada vez que nos preocupamos com o que vai acontecer, estamos a criar ansiedade, tornando a paz impossível. Tudo acontece como tem de acontecer. Seu Eu Maior é o observador, não o executor.
É um processo estranho o deixar-se fluir: por um lado, precisamos de agarrar a vida - a nossa vida; por outro, não devemos interferir nela, deixando que seja o que é. Neste "agarrar a vida" se situa o estar consciente de sua presença, do seu fluir, e deixar-se levar. É de nossa responsabilidade fluir com ela sem impor condições ou objeções, mas desfrutando maravilhosa e alegremente da onda, sem querer dirigir o curso natural.
Sempre que estamos esgotados, de mau humor e sem energia, é sinal de que fazemos coisas contra a naturalidade da vida.
Diariamente é necessário tomarmos decisões, e por vezes muito difíceis, mas, se o fizermos com o espírito calmo e em estado de amor, elas tornam-se fáceis.
Quando estamos tensos e em dúvida em relação a alguma decisão que julgamos fundamental seguir, o melhor é pararmos por tempo suficiente até que a ansiedade se aquiete e a mente se aclare. Com alegria, verificamos depois, que o que pretendíamos é inútil, pois «...a ansiedade sempre precede atos tolos ou contraproducentes.» (Soren Kierkegaard).
Lembrem-se de que felicidade não significa ausência de problemas, mas aceitação deles, resolução e superação. 
Quando não há certeza do que se vai fazer, o melhor é não fazer.
O hábito de nos preocuparmos está alicerçado na ignorância de quem somos e do nosso propósito da vida na Terra, e é um feitiço que afeta milhões de pessoas. É tão enraizado que elas julgam impossível viver sem preocupações, chegando ao ponto de pensar quando estas não existem: «Olá! hoje não tenho nenhuma preocupação!, alguma coisa me vai acontecer!» e, assim, criam mais uma preocupação. 

Eis aqui um alerta importante: num estado de ausência de preocupações, não o caracterizem. Permitam que seja o que é, e sentirão o maravilhoso gosto de viver!

Há grande diferença entre estar ocupado e preocupado. Podemos estar ocupados sempre que a vida cósmica nos preenche ou plenifica, e esta plenitude tanto pode incluir fazer algo ou não. Infelizmente, também é verdade que a maioria das pessoas vive num estado febril, quer estejam quietas ou a agir.

A palavra "preocupação" é composta pelo prefixo pre+ocupação, que é a palavra simples. Pre quer dizer, previamente, antes de, ou seja, estar ocupado falsamente, improdutivamente, apenas em imaginação fantástica, o que é muito diferente de ocupar a mente na resolução prática de um problema inadiável, confiando na intuição.



terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O PODER CURATIVO E HARMONIZADOR DO PERDÃO

Não perdoar proporciona uma sensação falsa de vida e condiciona-nos a quem ofende, ao ponto de nos dizerem como nos devemos sentir.
É próprio de uma alma verdadeiramente espiritual perdoar e seguir adiante como se nada tivesse acontecido. Os atritos são apenas acidentes de percurso como pedras salientes numa calçada ao caminharmos.
Quando conseguimos fixar a intenção no atingimento da libertação, tudo o mais perde o poder de nos desviar e perturbar.
Estranha e paradoxalmente o perdão mantém a nossa tranquilidade e converte o outro para melhor. Este fica fascinado pela nossa atitude e beneficamente condicionado a baixar o arco e a flecha e a seguir o exemplo. «Não perdoar transforma credor em devedor.» (Hermógenes)
Quando somos realmente fortes, como convém, somos criativos de boas intenções e de tudo aquilo que fazemos, pois sabemos e sentimos que, de maneira maravilhosa e milagrosa somos conduzidos.
Para que tenhamos a capacidade milagrosa de perdoar exteriormente precisamos de nos perdoar em primeiro lugar, por termos estado a dormir psíquica e espiritualmente durante tanto tempo, que nos tornou frágeis ao ponto de sentirmos o que se convencionou chamar de ofensa e vicissitude.
«Você não precisa necessariamente de ir ter com as pessoas a quem ofendeu no passado e pedir-lhes perdão» (Vernon Howard). Basta deixar hoje de ser a mesma pessoa do passado, não repetir os mesmos erros, e passar a ser nova a cada instante. Isto quer dizer que  o despertar cura e santifica nossos pensamentos e intenções tornando o relacionamento harmonioso e feliz. «O homem pode ter cometido todos os pecados desde Adão, mas se se virar para a luz é como se nunca os tivesse cometido.» (Mestre Eckhart)
Há pessoas que guardam no seu íntimo durante dezenas de anos tristes recordações de zangas sem saberem o mal que isso lhes faz, e não são capazes de ter a coragem de se reconciliarem. «O ódio é o veneno da alma.» O amor tudo esquece, perdoa e renova.
O que faz com que sejamos suscetíveis às ofensas é ainda não termos encontrado a paz perfeita. Por isso, nos agarramos demasiado às pessoas e bens materiais como meios frágeis de substituição. Elas e eles não têm poder para tanto!
É bom darmo-nos com as pessoas - quantas mais melhor - e ter bens materiais que nos dão conforto necessário à vida, pois como poderemos amar a Deus se não amarmos nossos semelhantes?!
Precisamos aprender a dar mais atenção à necessária realização espiritual das pessoas e olhar menos para os seus defeitos.
Hoje mais que nunca a humanidade caminha rapidamente - com uns mais conscientes, outros menos -  para a consciência universal do amor, da verdade, da alegria, dos justos valores e da paz, pois, por toda a parte todos querem ser felizes com uma felicidade que não vacile e que seja digna, pura, íntima e que transborde de uns para os outros sem exclusão da Natureza e de tudo o que nela existe.

              

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

SEU EU VERDADEIRO É A FELICIDADE


Grande parte das dores de cabeça são devidas a raivas e hostilidades reprimidas.
O sistema nervoso é muito sensível à instabilidade emocional resultante da falta de harmonia íntima. Esta existe quando pensamentos e sentimentos tocam a mesma música como numa agradável sinfonia. Dizendo de outra forma, quando a mente é suavemente comandada pelo espírito e o corpo obedece e agradece.
O sistema digestivo é muito sensível às ordens do sistema nervoso automático. Assim, perturbações emocionais originadas por raivas contidas sem escape podem, ao fim de algum tempo pela repetição e armazenamento no íntimo, levar a doenças do tipo psicossomático sem causa aparente e com dor sentida como se fosse real como, por exemplo, mal estar no estômago e outras partes constituintes do referido sistema. Tudo isto por falsas reações a zangas e relacionamentos desarmoniosos.
Se você pensa que para ser feliz tem de depender dos outros, está enganado. Esclareça-se e livre-se dessa ideia pela sua saúde. Repare bem e medite no título independente e livre desta folha.
Muitas pessoas tentam de forma direta ou camuflada dominá-lo através da propaganda sensual de vendas, espetáculos e filmes violentos e agressivos sem história moral plausível, pelo aumento injusto de impostos, pela falsa necessidade impulsiva de beleza fictícia e perigosa, e por aí adiante. Discirna e escolha o melhor, não esquecendo que assim como é necessária a higiene física diária muito mais o é atender à higiene da mente e não tomar excitações por paz casta de espírito.

«Felizmente, felicidade não é coisa que os outros nos possam dar. Felizmente, felicidade não é coisa que os outros nos possam tirar.»
«A ira no santo dura tanto como um risco que se faz na água.» (Hermógenes)

Quando repetir pensamentos obsessivos negativos afaste-os de imediato. Quando der por si a sonhar acordado quebre esse nefasto encantamento tomando consciência, por exemplo, de seu corpo e do local onde está.

Descobre tua natureza divina. Ela pode curar teu corpo e serenar tua mente todos os dias da tua vida.

«Cure-se. Você é o seu próprio remédio.»
«Saiba que Deus não castiga ninguém nem manda doenças porque Deus é o Bem, e, no Bem, não há lugar para doença. É você mesmo que se castiga ao criar negativismos em si. Se foi você que criou a doença e a desarmonia, agora ligue-se em Deus e a sua doença desaparecerá.» (Lauro Trevisan), místico brasileiro

Não se puna ou castigue remoendo e guardando iras e ressentimentos. Elimine-os quanto antes e seja alegre, leve e feliz. Seja autoconsciente em todos os instantes e não pense que os outros podem e devem resolver todos os seus problemas que só a si cabe resolver.
Não seja intempestivo, mas tardo a reagir com plena confiança, verdade e força.
«Defenda-se, mas não se vingue.»
Quando for preciso dar "um chega pra lá" - como dizem os brasileiros -  a alguém que está a abusar injustamente de você, tenha a coragem e a força de terminar com isso. Seja clarividente o suficiente para ver o mal e não ser magoado por ele, venha de onde vier. Mas faça-o exteriormente, mantendo harmonia íntima. Você fez o certo e não tem que se sentir culpado por isso.
Certas pessoas más (as que gostam de ser conhecidas por boas e justas em público, pois não há maior imoralidade do que praticar uma moralidade suspensa) são muito astutas, atiram a pedra e escondem a mão, fazem o mal pela calada da noite só para "encher o saco" de quem é realmente moral e de quem têm uma raiva e cobiça mortais, e cujo objetivo é tirar daí dividendos morais e sociais a favor. 
Precisamos de aprender diariamente a dar escape às tensões do dia a dia não as deixando para amanhã, para que se não armazenem no subconsciente sob a forma de incómodos doentios. Esclareçam a mente através do Eu desanuviado e livre. Meditem, tomem um pouco de sol, sintam a brisa fresca e suave no rosto, ouçam música dream e façam caminhadas.
À medida que vamos evoluindo até chegar ao topo e deixamos de ser lobos, as pessoas más não têm opção senão declinar e oferecerem-se a nós. Não encontrando eco nas nossas reações ficam vazias, deprimidas e sem orientação.

      «Absolvei-vos a vós próprios e recebereis os sufrágios do mundo.» (Ralph Waldo Emerson)

O Eu Verdadeiro floresce na ausência de hostilidade inconsciente. 

      


terça-feira, 23 de julho de 2013

O QUE FAZER CONSIGO QUANDO NÃO SOUBER O QUE FAZER

A causa do sofrimento humano é a ignorância. A solução é a abertura dos olhos para a luz.
Não saber o que fazer consigo não constitui problema. A inquietação apodera-se de você quando procura freneticamente fugir desse estado. O eu pessoal apresenta-lhe várias hipóteses de fuga, todas elas erradas e contraditórias. Se permanecer nesse estado sem buscar solução alguma, ela surgirá com tranquilo e soberano poder pelo Eu Cósmico. É como se você se abstivesse, se aquietasse humilde e confiadamente: assim, ela vem, acompanhada de alívio, proporcionada por uma força muito maior que a força humana, justa, boa, amorosa e belíssima.
Constantemente você se tem perguntado: «Para onde quer que vá, esta dor me persegue!» Isso acontece porque  faz com ela o que não deve, respondendo-lhe de forma habitual, sistematicamente mecânica, baseada em respostas padronizadas, memorizadas.
Não há solução humana para o problema de infelicidade humana, isto porque não é possível ser perfeito neste nível, visto ele ser transitório, uma ponte de passagem. A perfeição que se pode e deve atingir humanamente, ainda é acompanhada de inquietação. A solução terá de vir de um nível incomensuravelmente mais alto e definitivo, que está ao nosso dispor, mas não o podemos exigir, mandar nele, lutar contra...
Precisamos de virar os olhos para a luz que nunca deixa de brilhar. Constantemente somos inspirados pelos seus raios que procuram orientar, tranquilizar e curar. Porém, o nosso egoísmo e consequente separatividade não permite que sua ação benéfica nos atinja e, por isso, surge a infelicidade. Temos o exemplo do Sol, a título de comparação, que envia sua luz e calor para a Terra, mas não pode impedir que, temporariamente, uma nuvem interrompa sua ação.
O homem não está só. A Realidade e ele são Um, desde que se disponha a realizar Isso. 
Não basta falar sobre, é preciso ser.
Abrindo os olhos para a luz, o homem eleva-se e é elevado da infeliz normalidade humana, contempla a Realidade, e fica a saber, intuitivamente, que há muito nobre trabalho a fazer e qual sua parcela de participação na Criação. Só isto o sossega e enobrece. 

domingo, 23 de junho de 2013

A CAUSA E A CURA DA IRA

Grande número de pessoas vive de quadros mentais que formaram ao longo dos anos que são bastante lisonjeiros para o ego, mas destituídos de realidade. Os ideais assim concebidos constituem o que chamam filosofia de vida com origem na infância por sua interação no meio familiar, escolar, profissional e social.
Quando eram criancinhas recém-nascidas irradiavam ternura e inocência que enternecia e encantava os mais velhos. Estes, bem intencionados mas mal esclarecidos, incutiram aos pequeninos os seus conselhos, e a espontaneidade foi sendo abafada cedendo o lugar à formação do ego, personalidade ou máscara. Felizmente nem todos os conselhos são maus, os pais e familiares procuram amar seus filhos, porém, padecem do mesmo problema!
Depois, as pessoas passam gradualmente a inserir-se na sociedade competitiva e alienada dos valores morais autênticos e pouco interessada na realização das potencialidades latentes dessas pessoas. E o drama milenar prossegue. Só à medida que um certo descontentamento interior se tornar insuportável, por motivo dessa inserção, lhes fará lembrar a criança que eram e que anseia por se expressar plenamente.

                           A natureza espontânea pode ser silenciada, mas nunca destruída.

Qualquer ser humano que queira muito  recuperar a naturalidade e sanidade, em meio à neurose dominante e compelida a encontrar alvos, pode sempre fazê-lo. Deve tornar-se autoesclarecido, questionar os valores morais  de substituição inventados pela sociedade em preterimento dos universais, salvo aqueles que são coincidentes e benéficos.
Não há incompatibilidade entre ser bom, isto é, ser esclarecido e sensível e, simultâneamente, ter sucesso em sociedade, desde que prezemos o Invisível acima de tudo. Pessoa assim é aquela que irradia carisma cativante.
Há grande diferença entre a aparente espiritualidade e a genuína: a primeira, envelhece; a segunda, é vida. Com a verdadeira, sentimo-nos muito mais jovens do que a idade que temos.

A ira é uma reação negativa sobre o que não queremos enfrentar. Sempre que é posto em causa o quadro idealizado e sem alicerce referido no início, a pessoa defende-o como se estivesse em causa a sua sobrevivência, pois não tem nem conhece outro suporte real de vida. O que provoca a indignação é a defesa de uma falsa posição. Se aceitasse o choque de ver ruir o quadro sem se defender, o próprio choque de ver isso se transformaria numa grande revelação: ensinava-o a recuperar a liberdade perdida e dava-lhe meios de o fazer.
Sempre que construímos um mundo meramente baseado no interesse pessoal, a realidade vem e derruba-o, porque isolamento leva à destruição, mas o entregar-se à vida abertamente e confiante, faz com que ela nos revele um Novo Mundo de harmonia em que não há choques  e descontentamento entre as pessoas.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

PERFEIÇÃO PROGRESSIVA

Não force a perfeição imediata. Contente-se com o que é neste momento. Se tentar ir muito mais longe do que deve poderá ter de enfrentar um certo desapontamento.
Mostramo-nos sensatos quando damos pequenos passos ao nosso alcance como, por exemplo, uma criança pequenina que está a aprender a andar: ora cai, ora se levanta, insiste, insiste, mas sempre na direção do objetivo - andar por si.
Não se comporte como este ou aquele tipo de pessoa. «Na educação de qualquer homem chega um momento em que ele adquire a convicção de que a inveja é ignorância e a imitação suicídio;» (Emerson). Comporte-se segundo seu eu verdadeiro e siga sua intuição.
De vez em quando é preciso desviar a vista de si mesmo para que possa ver longe, tal como uma pessoa ao conduzir um automóvel: ela lança um olhar panorâmico e abrangente para que possa guiar com segurança e estabilidade. Se tiver vista curta, quer dizer, se olhar para a frente próxima do carro pode perder o controlo. 
Em vez de falarmos de amor para com o próximo, pratiquemo-lo nas situações triviais que se nos apresentam diária e espontaneamente. A ação é perfeita quando transcendemos o pensamento e agimos simplesmente e, nesta ação, com entrega total, tudo decorre na perfeição. Sempre que nos recusamos a agir, quando devemos agir, estamos sob o comando do pensamento condicionado.
Entreguem-se à vida, esvaziados, sem falsas esperanças, simples como crianças fortes e destemidas. Só na rápida, inefável e suavíssima ação há liberdade e total felicidade. É a ação fora do tempo e do espaço. Programar uma ação ou um ato de caridade é um pesado fardo que o prende à preocupação e à pós-ocupação, e também à vaidade!
Deixem-se ir na onda super maravilhosa!
Você ama o outro com amor desinteressado quando não vê o outro como outro, mas como Deus em si, nele e na ação, e não faz nem precisa fazer estas referências divisórias.

«A medida do amor é amar sem medida.» (Santo Agostinho)

«A graça do Espírito Santo desconhece os trabalhos lentos,(...)» ( Santo António)