Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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quinta-feira, 28 de julho de 2011

COMO VENCER A DEPENDÊNCIA

Toda e qualquer dependência está relacionada com algo exterior à essência. Esta sujeição origina hostilidade em relação ao objeto do desejo. Sempre somos hostis ao que nos aprisiona e ilude. A causa está no íntimo do indivíduo, e este tem uma atitude dupla: por um lado, precisa do prazer ou satisfação proporcionado pelo objeto ou pessoa; por outro, tem o sentimento de repulsa sobre os mesmos.
A dependência resulta da incapacidade que a pessoa tem em conhecer a sua essência, a qual é a verdadeira e natural satisfação, livre de quaisquer apegos internos ou externos. Quando somos nós mesmos estamos em harmonia e contentamento.
Quase todas as pessoas pensam que o alívio está em algo exterior a elas, e só raríssimos indivíduos descobriram que a paz duradoura vem do íntimo redimido. Quando o objeto de desejo-dependência não se faz presente ou é negado, a pessoa padece de ansiedade, exigência, irritação, e exterioriza violência, ira e aviltamento.
Cada indivíduo pertence à sua essência , que é o próprio Deus verdadeiro, e o sofrimento é consequência da tentativa inútil de pertencer a outro lugar.
Uma forma de dependência é o querermos que as pessoas nos respeitem e se comportem da forma que nos agrade. Quando não o fazem ficamos irritados e dececionados. Elas não querem e não o podem fazer, e tão pouco é necessário para nossa integridade ou bem estar. O que causa o desgosto não é o comportamento delas pelo que dizem ou fazem, mas a frustração da expetativa em relação ao que exigíamos que acontecesse. Se  permitirmos que as pessoas se comportem de acordo com o que são, não continuamos a ser escravos  de nosso desejo-exigência.
Seja autossuficiente e não permita que o controlem. Você não consegue isso quando busca fora o que há em si.
O prazer verdadeiro isento de arrependimento e repulsa emana do espírito renovado. É certo que há satisfações complementares externas, mas não podem causar dor e atrito quando o amor toma as rédeas do desfrutar e não se permite que o desejo controle a situação.
Santo Agostinho disse: « Ama e faz o que quiseres».
«É um duro e saboroso martírio morrer para todos os prazeres do mundo e disfrutar só os de Deus.» (Santa Teresa de Jesus de Ávila)
Evite reivindicar algo exterior a si. Vire-se para dentro e reivindique, amorosamente, seu próprio e natural poder, da essência. Prazer próprio, ameno e salutar, é prazer próprio, e não é a dependência ao proporcionado por objetos ou pessoas os quais possuem a característica de incerteza e incompletude.
Precisamos descobrir que a causa dos maus hábitos é interna, como já referimos , por não se saber a verdade acerca  da vida, das coisas como elas são. São exigências-pensamentos falsos que é preciso substituir pela verdade clara e libertadora. Por não vivermos em estado de amor procuramos substitutos para apaziguar o tormento interno.
Apresentamos agora uma questão fácil e simples, digna de constatação: se comerem com consciência, observando como comem, verificarão que (a) comem menos, (b) saboreiam mais a comida, (c) os alimentos demoram mais tempo na boca para a mastigação-salivação, (d) sentem-se mais aliviados  e satisfeitos, e (e) têm uma atitude serena e salutar ao almoçar ou jantar.
Relativamente à dependência à comida, bebida, drogas, ansiolíticos, mau génio, luxúria, cobiça e avareza, a solução é a conscientização observadora com redução e extinção gradual dos falsos desejos. Uma coisa são as necessidades naturais e outra são os falsos desejos que se mascaram como necessidades reais e que devem ser erradicados pela compreensão dos mesmos.
«Você transforma a vida ao compreender seus desejos e não ao tentar satisfazê-los».(Vernon Howard )
 

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