Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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terça-feira, 17 de dezembro de 2013

O PODER CURATIVO E HARMONIZADOR DO PERDÃO

Não perdoar proporciona uma sensação falsa de vida e condiciona-nos a quem ofende, ao ponto de nos dizerem como nos devemos sentir.
É próprio de uma alma verdadeiramente espiritual perdoar e seguir adiante como se nada tivesse acontecido. Os atritos são apenas acidentes de percurso como pedras salientes numa calçada ao caminharmos.
Quando conseguimos fixar a intenção no atingimento da libertação, tudo o mais perde o poder de nos desviar e perturbar.
Estranha e paradoxalmente o perdão mantém a nossa tranquilidade e converte o outro para melhor. Este fica fascinado pela nossa atitude e beneficamente condicionado a baixar o arco e a flecha e a seguir o exemplo. «Não perdoar transforma credor em devedor.» (Hermógenes)
Quando somos realmente fortes, como convém, somos criativos de boas intenções e de tudo aquilo que fazemos, pois sabemos e sentimos que, de maneira maravilhosa e milagrosa somos conduzidos.
Para que tenhamos a capacidade milagrosa de perdoar exteriormente precisamos de nos perdoar em primeiro lugar, por termos estado a dormir psíquica e espiritualmente durante tanto tempo, que nos tornou frágeis ao ponto de sentirmos o que se convencionou chamar de ofensa e vicissitude.
«Você não precisa necessariamente de ir ter com as pessoas a quem ofendeu no passado e pedir-lhes perdão» (Vernon Howard). Basta deixar hoje de ser a mesma pessoa do passado, não repetir os mesmos erros, e passar a ser nova a cada instante. Isto quer dizer que  o despertar cura e santifica nossos pensamentos e intenções tornando o relacionamento harmonioso e feliz. «O homem pode ter cometido todos os pecados desde Adão, mas se se virar para a luz é como se nunca os tivesse cometido.» (Mestre Eckhart)
Há pessoas que guardam no seu íntimo durante dezenas de anos tristes recordações de zangas sem saberem o mal que isso lhes faz, e não são capazes de ter a coragem de se reconciliarem. «O ódio é o veneno da alma.» O amor tudo esquece, perdoa e renova.
O que faz com que sejamos suscetíveis às ofensas é ainda não termos encontrado a paz perfeita. Por isso, nos agarramos demasiado às pessoas e bens materiais como meios frágeis de substituição. Elas e eles não têm poder para tanto!
É bom darmo-nos com as pessoas - quantas mais melhor - e ter bens materiais que nos dão conforto necessário à vida, pois como poderemos amar a Deus se não amarmos nossos semelhantes?!
Precisamos aprender a dar mais atenção à necessária realização espiritual das pessoas e olhar menos para os seus defeitos.
Hoje mais que nunca a humanidade caminha rapidamente - com uns mais conscientes, outros menos -  para a consciência universal do amor, da verdade, da alegria, dos justos valores e da paz, pois, por toda a parte todos querem ser felizes com uma felicidade que não vacile e que seja digna, pura, íntima e que transborde de uns para os outros sem exclusão da Natureza e de tudo o que nela existe.

              

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

SEU EU VERDADEIRO É A FELICIDADE


Grande parte das dores de cabeça são devidas a raivas e hostilidades reprimidas.
O sistema nervoso é muito sensível à instabilidade emocional resultante da falta de harmonia íntima. Esta existe quando pensamentos e sentimentos tocam a mesma música como numa agradável sinfonia. Dizendo de outra forma, quando a mente é suavemente comandada pelo espírito e o corpo obedece e agradece.
O sistema digestivo é muito sensível às ordens do sistema nervoso automático. Assim, perturbações emocionais originadas por raivas contidas sem escape podem, ao fim de algum tempo pela repetição e armazenamento no íntimo, levar a doenças do tipo psicossomático sem causa aparente e com dor sentida como se fosse real como, por exemplo, mal estar no estômago e outras partes constituintes do referido sistema. Tudo isto por falsas reações a zangas e relacionamentos desarmoniosos.
Se você pensa que para ser feliz tem de depender dos outros, está enganado. Esclareça-se e livre-se dessa ideia pela sua saúde. Repare bem e medite no título independente e livre desta folha.
Muitas pessoas tentam de forma direta ou camuflada dominá-lo através da propaganda sensual de vendas, espetáculos e filmes violentos e agressivos sem história moral plausível, pelo aumento injusto de impostos, pela falsa necessidade impulsiva de beleza fictícia e perigosa, e por aí adiante. Discirna e escolha o melhor, não esquecendo que assim como é necessária a higiene física diária muito mais o é atender à higiene da mente e não tomar excitações por paz casta de espírito.

«Felizmente, felicidade não é coisa que os outros nos possam dar. Felizmente, felicidade não é coisa que os outros nos possam tirar.»
«A ira no santo dura tanto como um risco que se faz na água.» (Hermógenes)

Quando repetir pensamentos obsessivos negativos afaste-os de imediato. Quando der por si a sonhar acordado quebre esse nefasto encantamento tomando consciência, por exemplo, de seu corpo e do local onde está.

Descobre tua natureza divina. Ela pode curar teu corpo e serenar tua mente todos os dias da tua vida.

«Cure-se. Você é o seu próprio remédio.»
«Saiba que Deus não castiga ninguém nem manda doenças porque Deus é o Bem, e, no Bem, não há lugar para doença. É você mesmo que se castiga ao criar negativismos em si. Se foi você que criou a doença e a desarmonia, agora ligue-se em Deus e a sua doença desaparecerá.» (Lauro Trevisan), místico brasileiro

Não se puna ou castigue remoendo e guardando iras e ressentimentos. Elimine-os quanto antes e seja alegre, leve e feliz. Seja autoconsciente em todos os instantes e não pense que os outros podem e devem resolver todos os seus problemas que só a si cabe resolver.
Não seja intempestivo, mas tardo a reagir com plena confiança, verdade e força.
«Defenda-se, mas não se vingue.»
Quando for preciso dar "um chega pra lá" - como dizem os brasileiros -  a alguém que está a abusar injustamente de você, tenha a coragem e a força de terminar com isso. Seja clarividente o suficiente para ver o mal e não ser magoado por ele, venha de onde vier. Mas faça-o exteriormente, mantendo harmonia íntima. Você fez o certo e não tem que se sentir culpado por isso.
Certas pessoas más (as que gostam de ser conhecidas por boas e justas em público, pois não há maior imoralidade do que praticar uma moralidade suspensa) são muito astutas, atiram a pedra e escondem a mão, fazem o mal pela calada da noite só para "encher o saco" de quem é realmente moral e de quem têm uma raiva e cobiça mortais, e cujo objetivo é tirar daí dividendos morais e sociais a favor. 
Precisamos de aprender diariamente a dar escape às tensões do dia a dia não as deixando para amanhã, para que se não armazenem no subconsciente sob a forma de incómodos doentios. Esclareçam a mente através do Eu desanuviado e livre. Meditem, tomem um pouco de sol, sintam a brisa fresca e suave no rosto, ouçam música dream e façam caminhadas.
À medida que vamos evoluindo até chegar ao topo e deixamos de ser lobos, as pessoas más não têm opção senão declinar e oferecerem-se a nós. Não encontrando eco nas nossas reações ficam vazias, deprimidas e sem orientação.

      «Absolvei-vos a vós próprios e recebereis os sufrágios do mundo.» (Ralph Waldo Emerson)

O Eu Verdadeiro floresce na ausência de hostilidade inconsciente. 

      


terça-feira, 23 de julho de 2013

O QUE FAZER CONSIGO QUANDO NÃO SOUBER O QUE FAZER

A causa do sofrimento humano é a ignorância. A solução é a abertura dos olhos para a luz.
Não saber o que fazer consigo não constitui problema. A inquietação apodera-se de você quando procura freneticamente fugir desse estado. O eu pessoal apresenta-lhe várias hipóteses de fuga, todas elas erradas e contraditórias. Se permanecer nesse estado sem buscar solução alguma, ela surgirá com tranquilo e soberano poder pelo Eu Cósmico. É como se você se abstivesse, se aquietasse humilde e confiadamente: assim, ela vem, acompanhada de alívio, proporcionada por uma força muito maior que a força humana, justa, boa, amorosa e belíssima.
Constantemente você se tem perguntado: «Para onde quer que vá, esta dor me persegue!» Isso acontece porque  faz com ela o que não deve, respondendo-lhe de forma habitual, sistematicamente mecânica, baseada em respostas padronizadas, memorizadas.
Não há solução humana para o problema de infelicidade humana, isto porque não é possível ser perfeito neste nível, visto ele ser transitório, uma ponte de passagem. A perfeição que se pode e deve atingir humanamente, ainda é acompanhada de inquietação. A solução terá de vir de um nível incomensuravelmente mais alto e definitivo, que está ao nosso dispor, mas não o podemos exigir, mandar nele, lutar contra...
Precisamos de virar os olhos para a luz que nunca deixa de brilhar. Constantemente somos inspirados pelos seus raios que procuram orientar, tranquilizar e curar. Porém, o nosso egoísmo e consequente separatividade não permite que sua ação benéfica nos atinja e, por isso, surge a infelicidade. Temos o exemplo do Sol, a título de comparação, que envia sua luz e calor para a Terra, mas não pode impedir que, temporariamente, uma nuvem interrompa sua ação.
O homem não está só. A Realidade e ele são Um, desde que se disponha a realizar Isso. 
Não basta falar sobre, é preciso ser.
Abrindo os olhos para a luz, o homem eleva-se e é elevado da infeliz normalidade humana, contempla a Realidade, e fica a saber, intuitivamente, que há muito nobre trabalho a fazer e qual sua parcela de participação na Criação. Só isto o sossega e enobrece. 

domingo, 23 de junho de 2013

A CAUSA E A CURA DA IRA

Grande número de pessoas vive de quadros mentais que formaram ao longo dos anos que são bastante lisonjeiros para o ego, mas destituídos de realidade. Os ideais assim concebidos constituem o que chamam filosofia de vida com origem na infância por sua interação no meio familiar, escolar, profissional e social.
Quando eram criancinhas recém-nascidas irradiavam ternura e inocência que enternecia e encantava os mais velhos. Estes, bem intencionados mas mal esclarecidos, incutiram aos pequeninos os seus conselhos, e a espontaneidade foi sendo abafada cedendo o lugar à formação do ego, personalidade ou máscara. Felizmente nem todos os conselhos são maus, os pais e familiares procuram amar seus filhos, porém, padecem do mesmo problema!
Depois, as pessoas passam gradualmente a inserir-se na sociedade competitiva e alienada dos valores morais autênticos e pouco interessada na realização das potencialidades latentes dessas pessoas. E o drama milenar prossegue. Só à medida que um certo descontentamento interior se tornar insuportável, por motivo dessa inserção, lhes fará lembrar a criança que eram e que anseia por se expressar plenamente.

                           A natureza espontânea pode ser silenciada, mas nunca destruída.

Qualquer ser humano que queira muito  recuperar a naturalidade e sanidade, em meio à neurose dominante e compelida a encontrar alvos, pode sempre fazê-lo. Deve tornar-se autoesclarecido, questionar os valores morais  de substituição inventados pela sociedade em preterimento dos universais, salvo aqueles que são coincidentes e benéficos.
Não há incompatibilidade entre ser bom, isto é, ser esclarecido e sensível e, simultâneamente, ter sucesso em sociedade, desde que prezemos o Invisível acima de tudo. Pessoa assim é aquela que irradia carisma cativante.
Há grande diferença entre a aparente espiritualidade e a genuína: a primeira, envelhece; a segunda, é vida. Com a verdadeira, sentimo-nos muito mais jovens do que a idade que temos.

A ira é uma reação negativa sobre o que não queremos enfrentar. Sempre que é posto em causa o quadro idealizado e sem alicerce referido no início, a pessoa defende-o como se estivesse em causa a sua sobrevivência, pois não tem nem conhece outro suporte real de vida. O que provoca a indignação é a defesa de uma falsa posição. Se aceitasse o choque de ver ruir o quadro sem se defender, o próprio choque de ver isso se transformaria numa grande revelação: ensinava-o a recuperar a liberdade perdida e dava-lhe meios de o fazer.
Sempre que construímos um mundo meramente baseado no interesse pessoal, a realidade vem e derruba-o, porque isolamento leva à destruição, mas o entregar-se à vida abertamente e confiante, faz com que ela nos revele um Novo Mundo de harmonia em que não há choques  e descontentamento entre as pessoas.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

PERFEIÇÃO PROGRESSIVA

Não force a perfeição imediata. Contente-se com o que é neste momento. Se tentar ir muito mais longe do que deve poderá ter de enfrentar um certo desapontamento.
Mostramo-nos sensatos quando damos pequenos passos ao nosso alcance como, por exemplo, uma criança pequenina que está a aprender a andar: ora cai, ora se levanta, insiste, insiste, mas sempre na direção do objetivo - andar por si.
Não se comporte como este ou aquele tipo de pessoa. «Na educação de qualquer homem chega um momento em que ele adquire a convicção de que a inveja é ignorância e a imitação suicídio;» (Emerson). Comporte-se segundo seu eu verdadeiro e siga sua intuição.
De vez em quando é preciso desviar a vista de si mesmo para que possa ver longe, tal como uma pessoa ao conduzir um automóvel: ela lança um olhar panorâmico e abrangente para que possa guiar com segurança e estabilidade. Se tiver vista curta, quer dizer, se olhar para a frente próxima do carro pode perder o controlo. 
Em vez de falarmos de amor para com o próximo, pratiquemo-lo nas situações triviais que se nos apresentam diária e espontaneamente. A ação é perfeita quando transcendemos o pensamento e agimos simplesmente e, nesta ação, com entrega total, tudo decorre na perfeição. Sempre que nos recusamos a agir, quando devemos agir, estamos sob o comando do pensamento condicionado.
Entreguem-se à vida, esvaziados, sem falsas esperanças, simples como crianças fortes e destemidas. Só na rápida, inefável e suavíssima ação há liberdade e total felicidade. É a ação fora do tempo e do espaço. Programar uma ação ou um ato de caridade é um pesado fardo que o prende à preocupação e à pós-ocupação, e também à vaidade!
Deixem-se ir na onda super maravilhosa!
Você ama o outro com amor desinteressado quando não vê o outro como outro, mas como Deus em si, nele e na ação, e não faz nem precisa fazer estas referências divisórias.

«A medida do amor é amar sem medida.» (Santo Agostinho)

«A graça do Espírito Santo desconhece os trabalhos lentos,(...)» ( Santo António)  

segunda-feira, 29 de abril de 2013

TRANSCENDA A MENTE CONDICIONADA

Qualquer sistema ou ensinamento que não coloque como tema central a transformação íntima é inútil e contraproducente. Prometer um céu nublado e proferir somente conversas sobre a paz em vez da paz verdadeira, é um artifício funesto.
Algumas pessoas temem um método de libertação que seja muito pessoal porque acham que exigiria demais delas. Pensam que é mais fácil seguir qualquer charlatão simpático e sofisticado que se autodenomine autoridade, em vez de procurarem a verdade por si próprias, pois, mais cedo ou mais tarde, se as coisas falharem, como acabarão por falhar, podem sempre deitar as culpas no líder. Se rejeitam os verdadeiros, por se rejeitarem a si próprias, são obrigadas, inconscientemente, a aceitar os falsos, o que descobrirão tarde demais.
Aquilo que um homem faz outro também pode fazer, caso o queira com absoluta honestidade e persistência.
Um dos receios ocultos de qualquer iniciante espiritual é o pensamento errado de que a transformação íntima constitui uma perda ou prejuízo. A autotransformação, como o próprio nome indica, é apenas isso: autotransformação. Velhas coisas inúteis são deixadas e dissolvidas, e novas de inestimável valor são reveladas e concedidas, nada mais que isso.
Outro dos medos infundados é preocupar-se por não saber o que fazer quando o pensamento condicionado desaparecer mais as consequentes atividades inúteis. Estamos tão habituados às preocupações e a termos problemas que pensamos ser impossível haver outra forma de viver. Garanto-lhes que ela existe. Assim, finalmente, não pense, permita ser pensado; não viva, permita ser vivido. Entregue-se e deixe-se levar, fluentemente e sem esforço, pela maravilhosa e majestosa força universal que tudo sustém.
Ainda outro dos receios é o de se sentir perturbado com o impacto que os novos ensinamentos têm no seu íntimo. Esclarecemos que quem tem esse receio é o ego que começa a sentir-se ameaçado. Além disso, quem está em sono resiste ao incómodo de quem ou do que quer que o acorde.
Não resistimos a exemplificar mais um dos receios típicos: é pensar que se se arriscar a transformar-se talvez se vá sentir sozinho e abandonado. Acalme-se e confie, pois, quando falham as falsas amizades ou os falsos suportes, uma nova força vem e lhe dá apoio total.
É a mente borbulhante, instável, que transforma os acontecimentos em bons ou maus, em prazer ou dor, mediante a falsa reação a eles. Mas como o bem e o mal condicionados se reforçam mutuamente e se sucedem, ora com prazer, ora com dor, não se pode confiar neles. Há um novo Bem que está além da imaginação e dos condicionamentos. Chegamos a ele quando vemos a relatividade do bem e do mal concebidos pela mente humana, e os superamos. Não pregue rótulos nos sentimentos, observe-os imparcialmente.
A mente tranquila assemelha-se à placidez de um lago refletindo a luz da lua. Com ela realizamos facilmente e com alegria o que para homem comum parece difícil ou impossível. Quando nos aproximamos da iluminação dizemos e fazemos coisas ousadas que, se o fizéssemos há uns anos atrás, ficaríamos assustados.

                                           Sumário de ideias para reflexão:

1. Aprenda a controlar a mente. Seja imediato;
2. Controle seus impulsos;
3. Não estrague os problemas dos outros com seus problemas. Desfaça os seus problemas em si mesmo.
«Temos obrigação de evitar que nossos defeitos transpareçam, por respeito a Deus e ao próximo.» (Santo Isidoro)
4. Não julgue o difícil como impossível;
5. Você não tem que se preocupar ou que resolver os problemas dos outros. Tem é que se defender deles e, para isso, tem que se defender de seus próprios, o que ficará imune aos dos outros;
6. Por mais mal nos tratem as pessoas não lhes devemos dar o mínimo de valor ou atenção. Reajamos com perfeita serenidade e segurança, qualquer que seja o tratamento.
«Ao ruído de fora responde com teu silêncio de dentro, e, o ruído, comovido e reverente, em breve se convencerá de que deverá calar-se.» (Hermógenes)
7. Dê a cada um de acordo com o trabalho que fizerem. Não lhes dê o que, astuciosamente, lhe exigem;
8. O mal que os outros me fazem não é um problema meu. Lamento, mas é deles. O que me preocupa é o mal que, eventualmente, faço aos outros.
«O mal dos outros não me faz mau, faz-me bom.» (Huberto Rohden)
9. Mantenhamos equanimidade, sem oscilações, perante elogios e críticas, extraindo daí lições. «Aprendi o silêncio com os faladores, a tolerância com os intolerantes, a bondade com os maldosos e, por estranho que pareça, sou grato a esses professores.» (Khalil Gibran)
«Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, porque me corrompem.» (Santo Agostinho)
10.Quando deixamos de ser falsamente simpáticos e resolvemos viver a nossa própria vida, os outros ficam ressentidos, pois não nos podem explorar mais.

   

domingo, 21 de abril de 2013

DA NECESSIDADE DE RENOVAÇÃO

Coloque-se cada vez mais a seu lado e não se deixe estagnar ou tomar desvios. As pessoas, grande número delas, não se assumem conscientemente e, sem saberem, fazem parte da adversidade de que em geral se queixam. Sejamos verdadeiros, se temos aspiração pela paz verdadeira.
Se deseja uma vida melhor e «quer vir connosco  tem que remar contra o vento e a maré», não  se deixando acomodar à mesmice dominante, à preguiça, à descrença e à autocomplacência sem medida. Precisamos de ser sérios em  relação à vida, sem que sejamos demasiado sérios.
Se o leitor verificar bem há sempre qualquer coisa a fazer, em vez de ficar na lamúria ou a olhar para ontem, como, por exemplo: cuidar do seu próprio jardim com delicadeza e gosto. Um jardim asseia muito uma casa no seu todo, é a natureza  junto de nós, além de contribuir para a purificação do ar; fazer rotinas de manutenção e pequenas reparações na casa e no carro; melhorar o visual; sentar-se tranquilamente no sofá, sem nada fazer e sem agitação, testando assim a sua capacidade psicológica de estar a sós sem aborrecimento. «Jamais fique completamente ocioso. Leia, ou escreva, ou reze, ou pense, ou dedique-se a algo para bem de todos.» (Tomás de Kempis)
Uma mente demasiado ociosa é terreno propício ao negativismo e ao consumo inútil de energia. Isto nada tem de semelhante com o usá-la bem como, por exemplo, apreciar gostosamente as flores  e relva de seu jardim, as nuvens, as estrelas ou o pôr do Sol e, ainda, ver o canal de televisão myZen.tv nature, diário, onde se pode alegrar, suavemente, com paisagens vivas e  maravilhosas de praias, rios, cascatas, montanhas e vales de vários locais escolhidos do mundo.
O que é despertar? É a coragem intrépida de denunciar o auto-engodo e enxergar muito além desta vida mundana sem caridade, decência, piedade, decoro e misericórdia para com o próximo. É renovar-se passo a passo e interpelar-se de momento a momento. É ter a perspicácia de ver com "olhos de ver" o que é realmente verdadeiro, belo e bom, pensando, agindo, falando e respondendo de forma oposta aos demais, ainda que isso traga a consequência temporária de ser mal compreendido. Se estamos certos, que importa  se nos compreendem e aplaudem ou não?! «Ser grande é ser incompreendido.» (Ralph Waldo Emerson)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

LIBERTE-SE DO PASSADO

Não transporte para o presente problemas penalizantes de outrora. A maneira de consegui-lo é ter a coragem de cortar com o passado relativamente ao que considera que foram boas e más experiências. Se não repetir os mesmos atos no presente está livre deles.
De cada vez que fugimos para o passado ou nos projetamos para o futuro é porque receamos viver no eterno agora límpido, por não termos uma amostra do que ele é. Receamos também devido à falta de espírito de abertura e entrega à vida de momento a momento. Bloqueamos a revelação do novo e desconhecido por, inconscientemente, enfrentarmos o presente com a carga irreal do passado e as falsas perspetivas quanto ao futuro.

                                                            Um dia de cada dia.
                                                            Para hoje as coisas de hoje.

Se vivermos plenamente hoje, o passado não incomoda e o futuro é certo e brilhante.
Certamente que é legítimo e necessário programar coisas correntes ou práticas para o futuro e aprender com os erros do passado para que não se repitam. Porém, em questões psicológicas da felicidade, não é bom, certo e saudável. A felicidade deve ser agarrada no presente, e está em tudo o que nos acontece, bom ou mau e nos pequenos detalhes diários que em geral desprezamos, se tivermos a inteligência e a sensibilidade para a captar. É tão bela e intemporal que não pode ajustar-se ao desejo humano fenomenal.
A nossa felicidade está relacionada com a humanidade, embora tenha cunho próprio, quer dizer, é possível e necessário amarmos os outros mantendo nossa integridade, e isto acontecerá sem preocupação de nossa parte. Mas atenção: você não é obrigado a submeter-se às pessoas fracas. «Pode amar uma pessoa sem contudo gostar dela», mas compreendendo-a.
Seja psicólogo de si mesmo.
Deus deseja que sejamos felizes e livres mais que nós - vocês e eu -, pois é a Inteligência Maior que sempre Se antecipa ao que, dubiamente, consideramos ser a nossa felicidade. Ele está dentro de nós. É com Ele dentro de nós que O vemos fora. Purifiquemos nossos corpos e santifiquemos nossas almas para sermos merecedores de tão Excelso e Nobre Hóspede. « Deus está dentro de mim com uma presença mais íntima do que eu própria estou dentro de mim: (...) » (Madre Teresa de Calcutá)

Santidade significa transformar inspiração e fé em ação.