Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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sábado, 27 de fevereiro de 2016

DEVE-SE CALAR O QUE É SAGRADO

«As relações da alma com o espírito divino são tão puras que é ímpio procurar interpor ajudas.»
                                                                                                 (Ralph Waldo Emerson)

Precisamos de lançar um olhar para o imediato e próximo, erradicar as ervas mentais daninhas, nossas e dos demais, tornando possível o renascer da luz, em vez de tentarmos o ilícito e impossível. Além de que deve-se viver, resplandecer, caso contrário é uma fuga às responsabilidades pessoais.
O conhecimento de si mesmo é de real importância no progresso do caminho e não pode ser dissociado da devoção mística. Conhecer-se é autoanalisar-se imparcialmente como se estivéssemos observando outra pessoa, não com a intenção de descobrirmos os maneirismos superficiais apenas,  e que em geral tomamos por carácter ou personalidade, mas o bem e o mal relativos e subtís da natureza humana. Quase todos pensam que se conhecem, mas a coisa não é assim tão fácil como parece. Quando, através de experiência em experiência formos ganhando a coragem intrépida de nos vermos como somos, o que for falso cai para o lado, e, em seu lugar, surge a realidade impessoal acompanhada de clareza e conforto. Nada nos é mais benéfico do que descobrirmos por nossos esforços e meios a verdade que liberta. Por vezes a verdade nos é revelada em momentos de certo alheamento e quietude, outras ocasiões isto só acontece depois de termos passado por um choque que constitui a largada ou perda do que é falso em nós. Isto pode ser considerado como uma limpeza, purificação ou penitência.
O facto de nos vermos como realmente somos, e não como pensamos que somos, é a verdadeira saúde mental em ação e marca o início do fim da autodestruição inconsciente. Amiudadas vezes a pessoa que reza pensa que está a ser sincera nos seus rogos de desejos de libertação mas, se não tiver cautela, se não se conhecer, pode estar, inconscientemente, a pedir o extremo oposto - para que seus defeitos sejam conservados. Daí o não ser atendida.
A absoluta sinceridade é curadora. Ela permite a libertação com um enérgico gesto.
Precisamos de preservar o homem interior - o homem novo -, e estar atentos aos resquícios do homem velho, a carcaça, que tenta sempre recuperar terreno perdido. Quanto maior o avanço, maiores são as investidas. Lembremo-nos da intuição e do estado de modéstia que são as melhores formas de resistência.
O estado de paz e realização sublime não está separado da consciência plena desse maravilhoso estado.


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

A SIMPLICIDADE DA VIDA CÓSMICA

Tudo que é natural é poderoso.
Ao caminharmos pela Natureza, um campo ou um monte, sentimos a envolvência daquilo que é perfeito. Apenas com doçura e reverência tomamos para nós o passeio como uma dádiva, por aceitarmos as coisas como elas são. Se tivéssemos o descuido de analisar e julgar o que vemos, as paisagens verdejantes e coloridas perderiam  a graça.
É a nossa disposição íntima em unidade de espírito que nos torna aptos a reconhecer e a gostar da beleza exterior.
Um espírito demasiado crítico e insensível tem a tendência para desdenhar do ambiente e a julgar que no outono, por exemplo, as folhas caídas das árvores no chão são um aborrecimento. Um poeta veria um lindo tapete colorido e suave e a vida em transformação.
Tudo está perfeitamente certo, e a perfeição é a unidade e harmonia na diversidade.
A humildade ajuda-nos a viver na simplicidade.
O orgulho impede-nos de ver os nossos defeitos e respetiva correção, e a vermos nos outros o que trazemos em nós mesmos. Quando realmente livres, ou pelo menos satisfatoriamente livres, os defeitos dos outros não nos incomodam. Assim, toleramo-los com aceitação e naturalidade, sem espírito crítico, secreta ou abertamente.
Tudo se resume, insistimos em dizer, que a vida feliz consiste em que, previamente, através da introspeção e da perceção alerta, nos vocacionemos a eliminar a falta de naturalidade. Uma vez eliminada conseguimos, sem esforço e com facilidade, envolver-nos com a vida verdadeira e cósmica que nunca deixou de alcançar-nos.

                       A consciência de estar em erro desperta a verdadeira força de correção.