Tudo que é natural é poderoso.
Ao caminharmos pela Natureza, um campo ou um monte, sentimos a envolvência daquilo que é perfeito. Apenas com doçura e reverência tomamos para nós o passeio como uma dádiva, por aceitarmos as coisas como elas são. Se tivéssemos o descuido de analisar e julgar o que vemos, as paisagens verdejantes e coloridas perderiam a graça.
É a nossa disposição íntima em unidade de espírito que nos torna aptos a reconhecer e a gostar da beleza exterior.
Um espírito demasiado crítico e insensível tem a tendência para desdenhar do ambiente e a julgar que no outono, por exemplo, as folhas caídas das árvores no chão são um aborrecimento. Um poeta veria um lindo tapete colorido e suave e a vida em transformação.
Tudo está perfeitamente certo, e a perfeição é a unidade e harmonia na diversidade.
A humildade ajuda-nos a viver na simplicidade.
O orgulho impede-nos de ver os nossos defeitos e respetiva correção, e a vermos nos outros o que trazemos em nós mesmos. Quando realmente livres, ou pelo menos satisfatoriamente livres, os defeitos dos outros não nos incomodam. Assim, toleramo-los com aceitação e naturalidade, sem espírito crítico, secreta ou abertamente.
Tudo se resume, insistimos em dizer, que a vida feliz consiste em que, previamente, através da introspeção e da perceção alerta, nos vocacionemos a eliminar a falta de naturalidade. Uma vez eliminada conseguimos, sem esforço e com facilidade, envolver-nos com a vida verdadeira e cósmica que nunca deixou de alcançar-nos.
A consciência de estar em erro desperta a verdadeira força de correção.
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