Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

ABANDONAR AS PAIXÕES

Extinga as paixões, pois elas são ideias fixas que o prendem e escravizam ao corpo e à mente, impedindo a expansão da consciência e a felicidade natural.
«Toda a sensualidade é enervante. O homem sensual é escravo de suas paixões, e degrada-se vilmente ao buscar o prazer. Porém, não é mau satisfazer as necessidades da vida. Ao contrário, é dever nosso conservar a saúde do corpo, porque de outra maneira não poderíamos manter acesa a lâmpada da sabedoria, nem dar fortaleza e lucidez à mente.» O Evangelho de Buda, de Kharishnanda.
O eu falso persegue o prazer e teme a dor. A equanimidade é a capacidade de nos mantermos acima destes dois opostos, o que resulta em serenidade.
Chamamos a atenção para este pormenor: o abandono do eu falso tem que ser feito gradualmente e por passos curtos, caso contrário torna-se demasiado amedrontador. Se este eu é tomado como sendo a própria vida, com ignorância e exclusão da vida autêntica, e tão enraizado desde então, como pode o caminhante desejoso de felicidade, paz e harmonia, dedicar-se a aceitar tal "tortura" ?!
É verdade, temos receio de abandonar o que é falso de tão familiar que nos é. E isto por não sabermos o que está além dele. Porém, o abandono vem em primeiro lugar e com gradualidade.
Precisamos praticar a introspeção com frequência sobre os princípios místicos, pois períodos de silêncio interiorizados revelam a serenidade e o amor de Deus que nos capacita a pôr de lado, gradualmente, e com esquecimento, a natureza adquirida que é desperdício de força vital.
Chamamos também a atenção para a necessidade de, de vez enquando, o leitor precisar  de dar uma oportunidade a  ser. Para isso, deixe tudo de lado, não force o espírito com reflexões, pouse os livros na estante ou deixe a Internet, beba chá e coma bolo, e vá dar uma volta pela Natureza. Permita que a leitura dos príncípios místicos que fez sejam absorvidos pela mente profunda, de forma natural e sem esforço, e que um dia aflorem à superfície em momentos oportunos da vida.
Não se deixem perturbar por aparentes contradições entre verdades apresentadas.
A comunicação através da palavra, embora valiosa, tem suas limitações: não consegue chegar à Verdade. Contudo, é um bom meio e já transmite um certo sabor  do que se deseja alcançar. Depois das palavras é preciso dar o salto  para a grandeza, com fé, humildade, fervor, coragem, recetividade e disponibilidade. O que é perfeito e realmente belo e bom está além das palavras!

«Que felicidade o homem poder libertar-se de sua sensualidade! Isto não pode ser bem compreendido, a meu ver, senão por quem o experimentou. Só então verá claramente como era miserável a escravidão em que se estava.» (S. João da Cruz) 

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