Não vivamos como sonâmbulos, mas conscientemente, de dentro para fora. Acreditemos piamente no Deus de sabedoria, paz e amor que trazemos no íntimo mais íntimo, dando uma oportunidade de manifestação para o exterior. Ele é a mais pura e digna vida. E como é pura e plena de amor, somos convidados a ser coparticipantes nessa vivência, tornando-nos - mais cedo ou mais tarde -, tal qual ela é, não impondo nossa vontade, mas permitindo que flua sem interferência do eu pessoal.
Somos seres espirituais puros. Devemos atualizar Isso!
Viver a vida como um apostolado, é fazê-lo de forma impessoal, como se estivessemos vivendo para Deus. Deste modo, não identificados com os atos e seus resultados, mas atribuindo ou entregando tudo a Deus, fluímos com afeição e alegria para com a vida universal de inestimável valor.
Se surgirem críticas ou prejuízos, com impessoalidade os enfrentaremos, assim como se aparecerem louvores ou elogios, reagiremos do mesmo modo.
Confirmando a ideia, como vivemos sem referência pessoal, tudo é oferecido e atribuído intimamente ao Ser impessoal que absorve tanto as críticas como os louvores, livrando-nos da dor das primeiras e do orgulho pelos segundos.
Nesta bela vida nunca seremos desapontados e desamparados. Isto não é perder a autoestima, a individualidade e criatividade. É conquistá-las de uma maneira nova, límpida, imponderável e sublime, pela primeira vez.
Que coisa mais bela e maravilhosa é reagirmos com originalidade aos desafios diários, sentindo-os desprendidamente.
Quando vivemos um dia pleno, somos uma nova pessoa, pois esse dia se reveste de uma atmosfera calorosa e envolvente, carinhosa, amiga e reconfortante.
Um dia, na segunda metade da década de oitenta, do século passado, quando o autor trabalhava numa cidade no norte de Portugal, como eletricista industrial, em gruas elevatórias de grande altura e porte, que atuavam na construção de prédios urbanos de grande envergadura, estava ainda na dúvida íntima de como deveria servir a Deus, embora fosse praticante místico há vários anos. Sentado à mesa, no refeitório da obra, juntamente com colegas técnicos de outras profissões e dirigentes da mesma, o Senhor-Deus, silenciosa e amorosamente, colocou no coração do autor estas palavras: Minha forma de servir a Deus é o desempenho da profissão como um apostolado.
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