A verdade é amor, quer nos custe aceitá-la assim ou não.
- E porque nos custa?
- Porque estamos mais habituados a viver de falsidades que tomamos por reais, e nos são mais convenientes, pouco nos interessando filosofar acerca da vida. Mas se já estivermos adiantados no caminho místico, naturalmente aceitamos as coisas como elas são, e deixamos que aconteçam como devem. Consideramos, por experiência, que realmente vale a pena analisar a vida à luz da verdade e conformar-nos com ela, do que andar à deriva. Andar à deriva é estar em sono psíquico, isto é, submetidos à dualidade.
A espiritualidade autêntica gradualmente nos salva de sermos levados de cá para lá ao sabor de ventos contrários, pois tomamos a vida com mais equanimidade, ou seja, não recebemos com apego o que é doce, nem rejeitamos o que é amargo. Esta atitude faz com que fluamos com a vida, porque a vida em si é a fusão dos opostos na Unidade. O sucesso é não perseguir uma coisa e fugir da outra. Devemos aceitar o bem e o mal, que são relativos, e apenas fruto de pontos de vista diferentes que se complementam. Se preferirmos um lado, ficamos à mercê do oposto, acabando por ser pior do que se tivessemos aceite, espontaneamente, as coisas sem identificação com elas. Assim, não ficamos excitados com o prazer do que parece o bem, nem aborrecidos com a suposta emoção amarga do que parece o mal.
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