Em geral, os dirigentes das empresas andam com os nervos em farrapos por uma questão muito simples, mas difícil de eliminar na prática: é o facto de se ligarem ao seu trabalho na intenção de serem pessoas de sucesso, em vez de o desempenharem para ganhar o “pão-nosso de cada dia”.
A profissão deveria ser executada como um apostolado ao serviço dos outros, humanizando e humanizando-se. Não só realizariam o serviço com mais perfeição através do intelecto, e não das emoções, como teriam mais alegria, gentileza, perspicácia e produtividade. Passariam a ter sucesso psíquico, ficando para segundo plano, cumulativamente, o sucesso referido acima.
Naturalmente que os funcionários, sem tensão e ansiedade, produziriam mais e com eficácia.
Os dirigentes com esta atitude não teriam que se preocupar com as oscilações da bolsa, da economia e das finanças, pois estariam no comando de si mesmos, e isso é o que conta neste vasto mundo.
Explicamos ainda, para facilitar o objetivo, que a não identificação com o trabalho significa realizá-lo sem ficar preso aos frutos da ação, bons ou maus, não se prender emocionalmente com o que se faz. Resulta isto em liberdade, sossego da mente e do coração e o acúmulo de energia que origina felicidade.
Há escassez de trabalho em virtude das pessoas, dirigentes e funcionários, quererem ser alguém na vida através de sentimentos rasteiros.
O trabalho deixaria de causar preocupação, passando a satisfação, se agissem com consciência de momento a momento, aplicando o intelecto em vez das emoções. Ter autoridade sobre si mesmos em relação ao que se faz, e não permitir que as emoções de sucesso e fracasso se interponham. Isto se chama não-ação ou desempenhar a profissão com amor, tornando-a num apostolado.
Pertencer ao mundo fenomenal ou dualístico, vivendo ao sabor alternado de sucesso e fracasso, significa não estar acordado, desperto e, portanto, estar em sono psíquico.
Clarificando: se buscarmos o sucesso humano temeremos o fracasso humano, e isso é o que realmente enerva: temer o oposto.
A solução é viver acima destes dois falsos amigos emocionais que arrasam a estrutura psicossomática.
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