Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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sábado, 8 de outubro de 2011

MANTER INDEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA EM RELAÇÃO AOS DEMAIS

Não é sua obrigação salvar o mundo, mas salvar a si de si mesmo, do ego. Só assim estará isento do sofrimento causado pelo ego dos outros.
As pessoas em geral, especialmente as negativas, estão sempre prontas a drenar energia psíquica de quem se encontra em nível mais alto. É contra a lei permitir isso. É preciso estar alerta constantemente. Usam todos os artifícios dos mais detetáveis aos mais subtis, desde truques do cumprimento diário até aos olhares.
Quase ninguém está interessado na transformação íntima, o que implicaria esforço e responsabilidade pessoais, enquanto puder de alguma forma usar outros para descarregar neles suas taras neuróticas. Excetuam-se os homens e as mulheres que atingiram níveis psíquicos e espirituais elevados, mesmo vivendo em sociedade, mas com distância íntima, e esses existem na razão de um para um milhão.
Mas você se estiver realmente interessado na introspeção diária não pode impedir-se de se transformar. A salvação é sempre um ato individual e não o movimento das massas, como afirmaram dois grandes Sábios distantes no tempo e no espaço: «As grandes verdades não se enraízam no coração das massas.» (Chuang tse), mestre chinês taoísta, e «As almas não se salvam aos magotes.» (Ralph Waldo Emerson), filósofo, ensaísta e humanista norte-americano.
Não há duas pessoas fisicamente iguais, assim como não há duas pessoas que estejam no mesmo nível de compreensão, perceção ou entendimento. Elas nascem para este mundo diferentes física e percecionalmente, o que implicará, chegado o momento, de se autorresponsabilizarem como indivíduos. Cada ser humano é único. É por isso que as organizações religiosas não podem e não conseguem salvar ninguém totalmente. Excetuam-se a beleza e a imponência estrutural e mística dos locais sagrados de peregrinação e os conventos e mosteiros que praticam trabalho de apostulado sério,  que levam o nome dos santos que lhes deram origem e que têm apoio delas, os quais também mantêm as organizações de pé. As organizações podem, quando muito, transmitir os ensinamentos de Seres Especiais e conferir às  massas consolo aparente. Ajudam até certo ponto, mas, a partir deste ponto, o indivíduo, dentro ou fora das organizações, terá de se responsabilizar e prosseguir por si na procura da Verdade, se não quiser sucumbir.
Conhecemos pessoas que fazem propaganda de suas doenças  com o objetivo de impingir aos outros que são as mais sofredoras. Elas no fundo desejam é descarregar o que delas mesmas não podem e não querem suportar.
Mas há também aqueles que numa conversa se centram à volta de si mesmos,  vangloriando-se ou descarregando um sentimento de culpa, falando sem parar com discursos fúteis.
A pessoa consciente sabe que a sociedade chamada moralizada carece de autenticidade: as simpatias, os elogios, as gentilezas, as amizades..., estão sempre baseadas no interesse. Frustrado este, a autenticidade cai por terra.
Nem mesmo a medicina  é solução total para os problemas do homem se este se negligenciar, delegando em outrem a condução e estabilização de sua vida. É claro que a medicina está avançada e coordenada, pode salvar vidas e efetuar trabalho sério. Porém, se a pessoa perder a autoconfiança e a dignidade acabará dependente de farmácias, técnicos de saúde e hospitais  onde sucumbirá, falhando esta lei inexorável: «Perdemos a força cósmica de cada vez que nos tornamos dependentes da força humana». A medicina ajuda se você se ajudar, se colaborar na cura, se contribuir para a mobilização de suas forças curativas interiores e não ficar à espera como um mendigo para que lhe façam tudo, sem esforço sério de sua parte. Do mesmo modo as organizações religiosas não podem, como já dissemos, resolver o problema tão intrincado como a salvação, mas a Deus nada é impossível se você, mesmo assim, for colaborante nela.
Tanto a cura como a salvação se revestem de um enorme cunho pessoal, o que poderíamos conceituar,  neste particular, como de autocura e autossalvação.
Assim sendo, você, sem se tornar antissocial, pense por si, viva por si e procure perceber o valor e o alcance desta frase:
«A Auto-observação imparcial leva ao Autodespertar o que conduz à Autoliberdade», apresentada por Vernon Howard, num dos seus livros.
Quando alguém seu familiar ou não, for azedo e ríspido com você  não responda com azedume e ríspidez para não cair nas malhas da irritação. Ela não olhará a meios ou amizades, o que quer é descarregar. E uma vez feito isto, desculpa-se e justifica-se. Não vá nesse jogo perigoso. Não adianta discutir com ela ou tentar emendá-la. Para evitar isso, seja feliz por si, contenha-se, ame, refugie-se em Deus.
Só o homem iluminado vê a fraqueza humana, mas não tira partido dela.

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