Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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segunda-feira, 12 de maio de 2014

A EXCELÊNCIA DE UMA VIDA SANTA


Nesta vida perfeita não há necessidade de resistir a pessoas fracas que não sabem viver senão à custa alheia. Em estado de renúncia, pureza e simplicidade, você é elevado pela própria Vida acima delas.

«Demonstra o que professas em teu porte e andar. Haja em tua apresentação a simplicidade; em teu movimento, a pureza; em teu gesto a gravidade; em teu passo, a honestidade. Que não demonstres o vergonhoso, o lascivo, o petulante, o insolente, o superficial. O gesto do corpo é o sinal da mente.»
«Supera a agressão com a suavidade, e a malícia com a bondade.»
                                                                                          (Santo Isidoro)

Falar com verdade e viver na verdade.
«Fala palavras de Deus quem imputa não a si mas a Deus a ciência de falar que possui. Quem fala palavras de Deus, tema ensinar além da vontade de Deus ou além da autoridade das santas escrituras, ou além da utilidade dos irmãos; ou então tema calar o que deve ser ensinado.»
«(...) quem piedosamente chora pecados alheios perfeitamente apaga os próprios.»
                                                                                                           (Santo António)

Pureza de nossa vida, interna e externa.
«Quem sabe que tipo de vida resultaria se atingíssemos a pureza?»
«A energia geradora, que se dissipa e nos torna impuros quando somos devassos, revigora-nos e inspira-nos se adoptarmos a continência.
A castidade é o florescer do homem; e aquilo a que se chama Génio, Heroísmo, Santidade e coisas semelhantes são simplesmente os vários frutos que lhe sucedem.
O homem flui imediatamente para Deus quando se abre o canal da pureza.»
                                                                                                 (Henry David Thoreau)

«Pedis e não recebeis, porque pedis mal, com o fim de satisfazerdes as vossas paixões.»
                                                                                                                (S. Tiago, 4:3)
                                   




domingo, 20 de abril de 2014

NÃO SE DEVE ELIMINAR UM VÍCIO TROCANDO-O POR OUTRO

Há pessoas que desejam ardorosamente vencer um vício por já estarem saturadas dele e por constituir uma obsessão doentia.
De repente resolvem deixar de fumar, por exemplo. Fazem-no bruscamente não tocando de imediato em mais nenhum cigarro. Por estranho que pareça, passados alguns dias começam a sentir-se aceleradas, inquietas e nervosas mais que o habitual. A causa disso é que o mau hábito, apesar de mau, dava-lhes uma certa calma aparente não obstante serem, de quando em vez, acicatadas por um sussurro interior de que não estavam a viver a vida de forma natural e livre, mas como escravas. Porém, como veem muitas pessoas a fazerem o mesmo, e sabendo que o vício em questão é mais ou menos aceite socialmente, sentem-se mais à vontade e prosseguem. À medida que o tempo passa, começam a pensar pela própria cabeça e a desejar não fazer como os outros,  mas a solucionar o seu problema, já que foi através da influência dos outros que apanharam o vício.
O que é um hábito negativo repetitivo senão um ponto fraco na pessoa onde o eu-ego se evidencia?!
Qualquer que seja o problema, a melhor forma de o resolver é usar a inteligência tática de não o atacar de frente, porém de forma gradual e progressiva, por passos curtos, reduzindo diariamente o número de cigarros; depois, espaçando o tempo entre o uso deles até à vitória final. Não convém fazer afirmações demasiado fortes como: «Nunca mais fumarei», mas ser paciente, tolerante consigo mesmo, no entanto firme e determinado! Só o facto de conseguir reduzir o número e aumentar o espaço de tempo já lhe dá confiança na vitória.
Paralelamente a esta atitude, e para não saltar de um vício incómodo para outro, um acréscimo de inteligência consiste em se purificar interiormente, física e psiquicamente, por forma a elevar-se a um nível superior. Mudar de um mau hábito para outro é como saltar de um barco sem leme para outro furado e a meter água. 
O melhor caminho é avistar e dirigir-se à maravilhosa praia de seu eu natural e não sujeito a qualquer desvio, fraqueza ou vício. Ele próprio dá sentido à vida e é vida. Seu eu natural não é uma coisa e você outra. Real e definitivamente falando, você é seu Eu Verdadeiro. Sintam isso com todo o coração e toda a certeza. Realizem essa proeza de forma palpável, experimental, passando das palavras prometedoras à vivência real. Este é o caminho maravilhoso de libertação íntima. E mais, ele extravasa-se externamente. A pessoa que tem força e beleza interior projeta toda a luz para o exterior, quer tenha consciência disso ou não. E terá certamente, não de forma egoísta, pessoal, mas sim impessoalmente.
A vida trágica dos seres humanos em geral é que nunca resolvem totalmente os problemas: trocam-nos por outros. Só raros indivíduos o fazem, aqueles que são iluminados pela intuição, mas o acesso está aberto a todos. Porém, nem todos o desejam! O mal não está na ausência de solução, que existe, mas em não a querer com todo o coração e trabalhar por ela.
O que impede as pessoas de serem criativas é viverem prisioneiras de coisas mesquinhas e corriqueiras. Têm medo de dar um passo gigante além de si mesmas. Uma prova evidente da força criativa é a que se verifica numa pessoa que resolve energicamente largar um vício: a energia que a amarrava ao problema é agora a mesma que a dita pessoa procura usar para ser perfeita em tudo, embora contente, porém cansando-se e enervando-se. Foi por isso que dissemos acima que é preciso ter calma, paciência e gradualidade.

                                             Pense na sua cura definitiva, perfeita.

É de vital necessidade amar a Deus e trabalhar para merecer saber e sentir que também se é amado.
«Se amas a Deus, busca também ser amado por ele. Mas ao passo que um homem procura esse amor, sempre velho e sempre novo, outro deseja dois óbolos de prata do tesouro do mundo; procura uma gota d'água quando poderia ter o oceano.» ( Attar), Místico sufi, em A Conferência dos Pássaros. 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

A POBREZA QUE CONSTITUI RIQUEZA

«Bem-aventurados vós que sois pobres, porque vosso é o Reino de Deus!» (S. Lucas, 6:20)

Se queremos ser ricos verdadeiramente, façamo-nos pobres primeiramente. A verdadeira pobreza é contentamento, ou seja, ausência de apego não só a bens materiais, mas também a ilusões e preconceitos. A segurança,  aquela que não se teme perder, está naquilo que se é, e não no que se tem. Só assim se pode gozar o que se tem, e não nos faltará o necessário porque pomos nossa fé no essencial.
Enquanto não estivermos sem nada, sem as riquezas que atravancam nossos armários mentais, e que nos fazem opulentos de orgulho, vaidade e arrogância, a simplicidade equivalente à doçura inocente de uma criança não pode emergir;
Enquanto não nos contentarmos com o estritamente necessário, e gastarmos no supérfluo na tentativa de nos sentirmos seguros quanto ao imprevisível e desconhecido, estamos amealhando moedas psicológicas que mais não são que deitar barro à parede confundindo-o com a forte argamassa;
Enquanto pensarmos que medalhas, louvores e honrarias conferem algo de valor ao eu eterno, estamos a confundir fachadas aparentes com a rocha da realidade; 
                                                 «É preciso reprimir o amor
                                                   do louvor humano porque toda a glória
                                                   dos justos está em Deus.»
                                                   (Santo Agostinho), em A Cidade de Deus.

Enquanto supusermos que falar bonito por adoração à própria palavra proferida e endeusamento a si próprio, esquecendo e passando por cima do que deveria ser dito com decência, piedade e temor a Deus, para proveito próprio e do próximo, estamos a transpirar mais falsidade. O falso pensamento tem asas e cria raízes!
Enquanto fizermos caridade aparente como aqueles que supostamente ajudam os pobres arvorando-se como defensores dos desfavorecidos, e que mais não fazem do que lhes baterem a carteira, querendo ficar na fotografia para que possam parecer bons aos olhos do público, esquecendo aquela máxima,  «Que a tua mão esquerda não saiba o que faz a direita», estamos a praticar um mau serviço que nos torna incapazes de receber o Reino de Deus. Precisamos de aprender a ajudar sem machucar, elevando, como já se disse numa das páginas, como se estivéssemos servindo ao próprio Senhor, com amor, devoção e anonimato.
 «Os ricos fazem tudo pelos pobres, menos descer de suas costas.» ( Leão Tolstói ), Místico e escritor russo;
Enquanto pensarmos que a acumulação de conhecimentos  livrescos nos torna sábios aos olhos dos outros e nos dá segurança, embora o conhecimento técnico seja indispensável, estamos a esquecer que a verdadeira cultura é a perceção da sabedoria não humana que nos aproxima do divino. Esta deve preceder e acompanhar aquela como luz e guia. Se não for assim, o avanço tecnológico pode transformar os homens em máquinas conduzindo-os à alienação de si mesmos e de Deus, por não se governarem pela ética.

                                                    «Vem criador Espírito de Deus,
                                                     Visita o coração dos teus fiéis
                                                      E com a graça do Alto os purifica.

                                                      Paráclito do Pai, Consolador.
                                                      Sê para nós a fonte de água viva,
                                                      O fogo do amor e a unção celeste.

                                                      Nos sete dons que descem sobre o mundo
                                                      Nas línguas que proclamam o Evangelho,
                                                      Realiza a promessa de Deus Pai.

                                                      Ilumina, Senhor, a nossa mente,
                                                      Acende em nós a caridade,
                                                      Infunde em nosso peito a fortaleza.»




























quinta-feira, 3 de abril de 2014

Poema Se... de Rudyard Kipling

Tradução portuguesa de António Botto

«Se tu podes impor a calma, quando aqueles
Que estão ao pé de ti a perdem, censurando
A tua teimosia nobre de a manter,

Se sabes aguardar sem ruga e sem cansaço,
Privar com Reis continuando simples,
E na calúnia não recorres à infâmia
Para com arma igual e em fúria responder, 
- Mas não aparentar bondade em demasia
Nem presumir de sábio ou pretender
Manifestar excesso de ousadia,

Se o sonho não fizer de ti um escravo
E a luz do pensamento não andar
Contigo num domínio exagerado,

Se encaras o triunfo ou a derrota
Serenamente, firme e reforçado
Na coragem que é necessário ter
Para ver a verdade atraiçoada,
Caluniada, espezinhada, e ainda
Os nossos ideais por terra. - Mas erguê-los
De novo em mais profundos alicerces
E proclamar com alma essa Verdade!,


Se perdes tudo quanto amealhaste
E voltas ao princípio sem um ai,
Um lamento, uma lágrima, e sorrindo
Te debruças sobre o coração
Unindo outras reservas à Vontade
Que quer continuar, e prosseguindo
Chegar ao infinito da razão,

Se a multidão te ouvir entusiasmada
E a virtude ficar em seu lugar, 

Se amigos e inimigos não conseguem
Ofender-te, e se quantos te procuram
Para contar com o teu esforço, não contarem
Uns mais do que outros, - olha-os por igual!,

Se podes preencher esse minuto
Com sessenta segundos de existência
No caminho da vida percorrido,
Embora essa existência seja dura 
À força das tormentas que a consomem,
Bendita a tua essência, a tua origem
- O mundo será teu,
E tu serás um Homem!»

VIVA EM PAZ COM SEUS NERVOS

Descontraia-se antes de ficar fatigado. Relaxe os músculos da face, dos ombros e das mãos cerradas. Dê um sorriso de si para si.
Por determinação firme relaxe os nervos e os músculos tensos, periodicamente, ao longo do dia.
Abandone pensamentos inúteis consumidores de energia.
Ninguém pode dominá-lo se você se dominar. Seja senhor de sua mente. Mantenha-a a seu serviço.
O leitor não é obrigado a fazer parte da correnteza neurótica em que, infelizmente, a maioria das pessoas está mergulhada porque pensa que deve proceder de forma igual, uns aos outros, sem fazer primeiro um juízo sobre o que é moral e superiormente correto.
Surpreenda-se de vez em quando com os dentes cerrados e a face séria em demasia. Descontraia, deixe rolar.
Quando conduzir na autoestrada à velocidade que considera legal e conveniente, e na pista que lhe pertence, vá descontraído. Se uma vez ou outra um motorista de camião aparecer atrás de si a buzinar, embora tenha lugar mais à esquerda e possibilidade de o ultrapassar, mantenha-se senhor de si, não dê importância, pois o que ele quer é mandar e descarregar. Quando ele vir que não lhe cede, desaparece, ultrapassando-o. Muitos andam a correr telecomandados por seus nervos sem conseguirem chegar a lado nenhum. A estes responda-lhes com seu autocomando, sua vontade e segurança interna.
Sua mente pode transformar para bem as situações anómalas mediante a reação correta às mesmas. Este é o milagre da observação silenciosa imparcial, já referenciada noutras páginas. 
Se não fizermos descontração preventiva, quando vier o cansaço e a fadiga é muito mais difícil a recuperação.
Não se irrite se uma vez ou outra alguma pessoa impaciente passar à sua frente na fila do supermercado. Aproveite a oportunidade para estudar suas reações e praticar paciência.
Se alguém lhe falar de modo negativo esperando a sua concordância, não condescenda, seja positivo e verdadeiro. Dê uma oportunidade à paz, ao equilíbrio, ao bom senso e à serenidade.
O cansaço crónico não passa de um hábito que deve ser substituído por autoconsciência, boas maneiras, gentileza e generosidade.
Muito temos a aprender com a Natureza. Ela é simples, harmoniosa e tranquila. Nunca cansa, nunca aborrece. É perfeita por ser o que é.

A maior serenidade e beleza manifestam-se de forma admirável e gloriosa quando nos sentimos envolvidos pelo Espírito Santo. Toda a tensão, cansaço, dúvida e demais misérias humanas esvaziam-se no nada. Neste estado sublime fazemos a vontade de Deus e comportamo-nos como Seus Filhos.
Sejamos solícitos de Sua presença.

domingo, 30 de março de 2014

EXPERIMENTAR A VERDADE QUE LIBERTA




Suponhamos que o leitor tem um problema, por exemplo, não consegue dormir bem, depois que teve de enfrentar um acontecimento inesperado para o qual não estava preparado, e que lhe causou um choque emocional profundo: o que causou o problema não foi o acontecimento, como erradamente pensa, mas o choque veio pôr às claras que a sua autoconfiança e a sua segurança eram frágeis, sem grandes alicerces. Você vivia por imitação, como acontece com a maioria, sabia coisas que não sabia realmente, seguia e admirava pessoas famosas e sofisticadas que lhe pareciam dotadas de autoridade cuja energia é, em grande parte, tomada dos admiradores incautos.
A verdade que conhecia de si era escassa, pois se tivesse o mínimo de discernimento espiritual, isto é, poder próprio, não seria abalado. Agora, usando o estado de confusão, tem a oportunidade de procurar a verdade sobre o que aconteceu. Estranhamente, para descobrir por que se ressentiu, terá de conhecer-se, descobrir suas fraquezas, em vez de se fixar no que aconteceu. Saber as causas é saber a verdade. E como é que a verdade o livra? Percecionando, corajosamente, que as suas fraquezas não são suas em absoluto, mas apenas sentimentos negativos adquiridos que não fazem parte do você essencial o qual não pode ser abalado por coisa alguma, e, por conseguinte, aqueles sentimentos não podem  interferir com sua paz de espírito ao ponto de  lhe tirarem o sono, que é a terapia natural da mente e do corpo. Esta visão faz com que você se separe da causa negativa, tornando-se mais forte e autoconfiante. O que lhe dará uma sensação magna de vitória é o experimento pessoal.
Nada do que acontece no mundo externo pode abalar  a quem vive no interno, já temos dito. Isto quer dizer que a causa dos problemas é interna, e a solução também lá está.

«Não há nada que se deseje tanto como a vida. O que é a minha vida? Aquilo que a partir do interior se move desde si mesmo. Não vive (porém), aquilo que é movido de fora.» (Mestre Eckhart)



sábado, 8 de fevereiro de 2014

AOS JOVENS DA TERCEIRA IDADE

Não sintam a idade como um peso ou tristeza. «Vocês têm a idade que pensam ter.»
Sejam criativos e compensem o avanço dos anos com a renovação espiritual, tendo em conta que, «a mente e o espírito são sempre jovens».  Esta atitude contribui para o rejuvenescimento proporcional do corpo físico, dando-lhe vitalidade e frescor.
É lamentável vermos um enorme cortejo de pessoas que se consideram velhas - e em consequência são assim considerados pelos outros - pois se elas se subestimarem as outras pessoas confirmam-no! Sentam-se nos bancos dos jardins com ar melancólico, incapazes de o fazerem com a atitude reverente de comunhão com o ambiente maravilhoso circundante.
Quanto mais um pesquisador dos verdadeiros valores da Vida universal se purifica e avança, tanto mais é capaz de ter sensibilidade para gozar verdadeiramente a Natureza, em vez de estar desatento e triste. E por quê? Porque ele enxerga muito além das aparências, até à beleza.
Cultivemos a observação silenciosa e o silêncio eloquentes.
É deprimente as pessoas caminharem com frequência para exames de rotina auto-engendrados e sugestionados exteriormente, fazerem coleção mórbida de sintomas, a maioria dos quais inexistentes, sendo apenas fruto da imaginação defeituosa. Você é tratado da forma como pede, e a culpa não é só dos outros, desculpe que lhe diga!
Estimados alunos e leitores, vocês podem ser responsáveis pela saúde e alegria que gostariam de ter, se tiverem confiança naquilo que são e Fé no que gostariam de ser.
Não façamos a nossa vida depender do calendário e da soma dos anos, pois o tempo é escravizador. Naturalmente, em termos práticos da vida diária, o relógio e o calendário são necessários.
Seja seu próprio amigo, mas um amigo de um humor contagiante e um exemplo de juventude e graça.
Com irradiações maravilhosas atrairá pessoas com as  mesmas qualidades e aumentarão a felicidade conjunta. Mas não se sinta infeliz se estiver sozinho, pontualmente.
Um dos maiores segredos da vida se resume em três letras: Dar. Assim, recuse-se a ter um semblante parecido com aquelas pessoas que só mendigam consolo, companhia, proteção e compreensão, as quais acabam por afastar o que desejam aproximar.
Reformem-se, mas mudem de atividade, agora sem compulsividade. Façam passeios, leiam bons livros de Filosofia mística que nos ajudam a ter esperança verdadeira, fé, jovialidade, amor e paz.
Melhor do que fazer o que aconselho, escute seu coração nos momentos de paz e ouça a Voz inconfundível que lhe diz que tudo pode ser diferente, tudo tem solução, e a idade é apenas uma trapaça.

                      A Vida é eterna e tão bela, que é pecado apor acessórios ou divisões. 



domingo, 12 de janeiro de 2014

ABANDONAR AS PREOCUPAÇÕES


Ocupe sua vida, e não terá espaço para preocupações.
Frisamos, mais uma vez, a necessidade de vivermos o momento presente. Todos os momentos são felizes desde que, de nossa parte, deslizemos com eles sem temor ou imaginações fantásticas, porque são puros, imaculados e naturais. 
De cada vez que nos preocupamos com o que vai acontecer, estamos a criar ansiedade, tornando a paz impossível. Tudo acontece como tem de acontecer. Seu Eu Maior é o observador, não o executor.
É um processo estranho o deixar-se fluir: por um lado, precisamos de agarrar a vida - a nossa vida; por outro, não devemos interferir nela, deixando que seja o que é. Neste "agarrar a vida" se situa o estar consciente de sua presença, do seu fluir, e deixar-se levar. É de nossa responsabilidade fluir com ela sem impor condições ou objeções, mas desfrutando maravilhosa e alegremente da onda, sem querer dirigir o curso natural.
Sempre que estamos esgotados, de mau humor e sem energia, é sinal de que fazemos coisas contra a naturalidade da vida.
Diariamente é necessário tomarmos decisões, e por vezes muito difíceis, mas, se o fizermos com o espírito calmo e em estado de amor, elas tornam-se fáceis.
Quando estamos tensos e em dúvida em relação a alguma decisão que julgamos fundamental seguir, o melhor é pararmos por tempo suficiente até que a ansiedade se aquiete e a mente se aclare. Com alegria, verificamos depois, que o que pretendíamos é inútil, pois «...a ansiedade sempre precede atos tolos ou contraproducentes.» (Soren Kierkegaard).
Lembrem-se de que felicidade não significa ausência de problemas, mas aceitação deles, resolução e superação. 
Quando não há certeza do que se vai fazer, o melhor é não fazer.
O hábito de nos preocuparmos está alicerçado na ignorância de quem somos e do nosso propósito da vida na Terra, e é um feitiço que afeta milhões de pessoas. É tão enraizado que elas julgam impossível viver sem preocupações, chegando ao ponto de pensar quando estas não existem: «Olá! hoje não tenho nenhuma preocupação!, alguma coisa me vai acontecer!» e, assim, criam mais uma preocupação. 

Eis aqui um alerta importante: num estado de ausência de preocupações, não o caracterizem. Permitam que seja o que é, e sentirão o maravilhoso gosto de viver!

Há grande diferença entre estar ocupado e preocupado. Podemos estar ocupados sempre que a vida cósmica nos preenche ou plenifica, e esta plenitude tanto pode incluir fazer algo ou não. Infelizmente, também é verdade que a maioria das pessoas vive num estado febril, quer estejam quietas ou a agir.

A palavra "preocupação" é composta pelo prefixo pre+ocupação, que é a palavra simples. Pre quer dizer, previamente, antes de, ou seja, estar ocupado falsamente, improdutivamente, apenas em imaginação fantástica, o que é muito diferente de ocupar a mente na resolução prática de um problema inadiável, confiando na intuição.