Há pessoas que desejam ardorosamente vencer um vício por já estarem saturadas dele e por constituir uma obsessão doentia.
De repente resolvem deixar de fumar, por exemplo. Fazem-no bruscamente não tocando de imediato em mais nenhum cigarro. Por estranho que pareça, passados alguns dias começam a sentir-se aceleradas, inquietas e nervosas mais que o habitual. A causa disso é que o mau hábito, apesar de mau, dava-lhes uma certa calma aparente não obstante serem, de quando em vez, acicatadas por um sussurro interior de que não estavam a viver a vida de forma natural e livre, mas como escravas. Porém, como veem muitas pessoas a fazerem o mesmo, e sabendo que o vício em questão é mais ou menos aceite socialmente, sentem-se mais à vontade e prosseguem. À medida que o tempo passa, começam a pensar pela própria cabeça e a desejar não fazer como os outros, mas a solucionar o seu problema, já que foi através da influência dos outros que apanharam o vício.
O que é um hábito negativo repetitivo senão um ponto fraco na pessoa onde o eu-ego se evidencia?!
O que é um hábito negativo repetitivo senão um ponto fraco na pessoa onde o eu-ego se evidencia?!
Qualquer que seja o problema, a melhor forma de o resolver é usar a inteligência tática de não o atacar de frente, porém de forma gradual e progressiva, por passos curtos, reduzindo diariamente o número de cigarros; depois, espaçando o tempo entre o uso deles até à vitória final. Não convém fazer afirmações demasiado fortes como: «Nunca mais fumarei», mas ser paciente, tolerante consigo mesmo, no entanto firme e determinado! Só o facto de conseguir reduzir o número e aumentar o espaço de tempo já lhe dá confiança na vitória.
Paralelamente a esta atitude, e para não saltar de um vício incómodo para outro, um acréscimo de inteligência consiste em se purificar interiormente, física e psiquicamente, por forma a elevar-se a um nível superior. Mudar de um mau hábito para outro é como saltar de um barco sem leme para outro furado e a meter água.
O melhor caminho é avistar e dirigir-se à maravilhosa praia de seu eu natural e não sujeito a qualquer desvio, fraqueza ou vício. Ele próprio dá sentido à vida e é vida. Seu eu natural não é uma coisa e você outra. Real e definitivamente falando, você é seu Eu Verdadeiro. Sintam isso com todo o coração e toda a certeza. Realizem essa proeza de forma palpável, experimental, passando das palavras prometedoras à vivência real. Este é o caminho maravilhoso de libertação íntima. E mais, ele extravasa-se externamente. A pessoa que tem força e beleza interior projeta toda a luz para o exterior, quer tenha consciência disso ou não. E terá certamente, não de forma egoísta, pessoal, mas sim impessoalmente.
A vida trágica dos seres humanos em geral é que nunca resolvem totalmente os problemas: trocam-nos por outros. Só raros indivíduos o fazem, aqueles que são iluminados pela intuição, mas o acesso está aberto a todos. Porém, nem todos o desejam! O mal não está na ausência de solução, que existe, mas em não a querer com todo o coração e trabalhar por ela.
O que impede as pessoas de serem criativas é viverem prisioneiras de coisas mesquinhas e corriqueiras. Têm medo de dar um passo gigante além de si mesmas. Uma prova evidente da força criativa é a que se verifica numa pessoa que resolve energicamente largar um vício: a energia que a amarrava ao problema é agora a mesma que a dita pessoa procura usar para ser perfeita em tudo, embora contente, porém cansando-se e enervando-se. Foi por isso que dissemos acima que é preciso ter calma, paciência e gradualidade.
Pense na sua cura definitiva, perfeita.
É de vital necessidade amar a Deus e trabalhar para merecer saber e sentir que também se é amado.
«Se amas a Deus, busca também ser amado por ele. Mas ao passo que um homem procura esse amor, sempre velho e sempre novo, outro deseja dois óbolos de prata do tesouro do mundo; procura uma gota d'água quando poderia ter o oceano.» ( Attar), Místico sufi, em A Conferência dos Pássaros.
A vida trágica dos seres humanos em geral é que nunca resolvem totalmente os problemas: trocam-nos por outros. Só raros indivíduos o fazem, aqueles que são iluminados pela intuição, mas o acesso está aberto a todos. Porém, nem todos o desejam! O mal não está na ausência de solução, que existe, mas em não a querer com todo o coração e trabalhar por ela.
O que impede as pessoas de serem criativas é viverem prisioneiras de coisas mesquinhas e corriqueiras. Têm medo de dar um passo gigante além de si mesmas. Uma prova evidente da força criativa é a que se verifica numa pessoa que resolve energicamente largar um vício: a energia que a amarrava ao problema é agora a mesma que a dita pessoa procura usar para ser perfeita em tudo, embora contente, porém cansando-se e enervando-se. Foi por isso que dissemos acima que é preciso ter calma, paciência e gradualidade.
Pense na sua cura definitiva, perfeita.
É de vital necessidade amar a Deus e trabalhar para merecer saber e sentir que também se é amado.
«Se amas a Deus, busca também ser amado por ele. Mas ao passo que um homem procura esse amor, sempre velho e sempre novo, outro deseja dois óbolos de prata do tesouro do mundo; procura uma gota d'água quando poderia ter o oceano.» ( Attar), Místico sufi, em A Conferência dos Pássaros.
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