Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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quinta-feira, 3 de abril de 2014

Poema Se... de Rudyard Kipling

Tradução portuguesa de António Botto

«Se tu podes impor a calma, quando aqueles
Que estão ao pé de ti a perdem, censurando
A tua teimosia nobre de a manter,

Se sabes aguardar sem ruga e sem cansaço,
Privar com Reis continuando simples,
E na calúnia não recorres à infâmia
Para com arma igual e em fúria responder, 
- Mas não aparentar bondade em demasia
Nem presumir de sábio ou pretender
Manifestar excesso de ousadia,

Se o sonho não fizer de ti um escravo
E a luz do pensamento não andar
Contigo num domínio exagerado,

Se encaras o triunfo ou a derrota
Serenamente, firme e reforçado
Na coragem que é necessário ter
Para ver a verdade atraiçoada,
Caluniada, espezinhada, e ainda
Os nossos ideais por terra. - Mas erguê-los
De novo em mais profundos alicerces
E proclamar com alma essa Verdade!,


Se perdes tudo quanto amealhaste
E voltas ao princípio sem um ai,
Um lamento, uma lágrima, e sorrindo
Te debruças sobre o coração
Unindo outras reservas à Vontade
Que quer continuar, e prosseguindo
Chegar ao infinito da razão,

Se a multidão te ouvir entusiasmada
E a virtude ficar em seu lugar, 

Se amigos e inimigos não conseguem
Ofender-te, e se quantos te procuram
Para contar com o teu esforço, não contarem
Uns mais do que outros, - olha-os por igual!,

Se podes preencher esse minuto
Com sessenta segundos de existência
No caminho da vida percorrido,
Embora essa existência seja dura 
À força das tormentas que a consomem,
Bendita a tua essência, a tua origem
- O mundo será teu,
E tu serás um Homem!»

2 comentários:

  1. Este poema faz parte do meu imaginário... Esteve afixado na parede do meu quarto durante a minha adolescência e, no final do dia, ao lê-lo, interrogava-me "o que consegui fazer hoje?" "onde falhei?"
    Obrigado...

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