A maioria das pessoas adia a solução de suas vidas porque pensa que tem coisas mais importantes a fazer, e que são mais relevantes.
A toda a hora, e em qualquer lugar, temos um débil sussurro em nosso coração que nos diz que lhe temos de dar ouvidos, pois se trata de algo inadiável e que é o sustentáculo de nossas vidas - o regresso à Pátria celeste.
Embora as pessoas concordem que é verídico o que dizemos, mas esta concordância é apenas de dez por cento contra os noventa de oposição que não quer ter nada a ver com isso.
Ajude essa centelha divina de dez por cento a ganhar predominância em seu coração, e ficará maravilhado e agradecido pela sua atitude heróica.
O regresso às origens nada tem que ver com a idade, posição social, erros do passado ou de que o tempo é curto. Basta uma reviravolta no pensamento para que o momento se torne agora, e todos os empecilhos ficam desmascarados, pondo à mostra aquilo que são - meros sintomas de preguiça, falsas desculpas e imaginações sem sentido.
A maioria anda no mundo por imitação uns dos outros. Não param um instante para investigar sobre o propósito da vida na Terra: quem são, o que andam cá a fazer e qual o seu destino. Limitam-se apenas a funcionar, como fazem quase todos: nascer, viver e morrer, pronto, acabou-se!
Há uma insatisfação íntima, de que já temos falado, aquela sensação de que ainda não se atingiu a felicidade! Talvez amanhã, talvez um dia, quem sabe!
Os homens e mulheres que se dedicaram a estudar essa inquietação e a querer dar-lhe um fim, em vez de fingirem que ela não existe ou que é apenas fruto da imaginação, já se encontram no caminho de volta, e são benditos por suas atitudes. Aqueles que se ajudam, que trabalham para si, o Céu os ajuda, anima e conforta.
Os erros, quando se toma consciência deles, custe o que custar, se transformam em oportunidades de ascensão, purificação e sublimidade.
Já alguém disse que o Sábio só erra uma vez. Quer dizer, que ele se emenda, não repetindo o mesmo erro dia após dia. É inteligente o suficiente para não deixar que as situações ou as pessoas o dominem e, desta maneira, aproxima-se da bem-aventurada paz íntima.
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