Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

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quinta-feira, 23 de novembro de 2017

ENSINAR O CAMINHO DA VERDADE

Estamos habilitados a fazê-lo logo que a palavra que professamos está em sintonia com o que realmente somos, pois, de outro modo, induziríamos em erro quem ensinamos. É preciso ter alto poder de observação e alerta para evitar cair em tal erro.
Só é válido o ensinamento que experienciamos comprovadamente em nós, de forma original e imbuídos do senso de saúde e virtude inerentes. Será lamentável e desastroso professar aquilo de que não se está seguro, firmado no amor da Verdade, a quem se serve, do respeito por si próprio e do amor ao próximo.
 Qualquer tentativa de ajudar as pessoas, sem habilidade, denota fuga de si mesmo e interesse subtíl egoísta de as usar no sentido de fazerem e realizarem o que não conseguimos.
 Um longo período de preparação pessoal é necessário até sentir que já se compreende  e vive bem os ensinamentos a transferir. Ensinar o que não se sabe é motivo de queda vergonhosa e descaminho para ambas as partes.
É verdade que é maravilhoso propagar os princípios que conduzem à Verdade e que o trabalho em grupo, bem orientado, é assaz fulgurante e belo, o que alarga tanto os horizontes psíquicos e espirituais de quem ensina como de quem recebe os ensinamentos.
A melhor recompensa é a leveza, a elevação de espírito e consequente felicidade mútua após a sessão doutrinal.

terça-feira, 21 de novembro de 2017

POTENCIAL INTERIOR

Todos os seres humanos têm encerrada em si a felicidade ilimitada.
Procurar a si mesmo, encontrar-se, descobrir-se, autoenfrentar-se e autoaceitar-se, conduz à libertação desta força e deste novo poder elevador, engrandecedor e criador. Em silêncio e só. É privilégio e obra de cada um. Uma vez adquirido não pode ser tirado ou detido. Podemos ajudar-nos mutuamente, dar pistas para os recônditos de vossos corações, mas a chave final é intransmissível e ninguém a pode usar ou rodar a não ser o próprio.
A maioria convive através das experiências com conversas centradas no ego, na rotina, na memória e no conhecido. Quase todos, milhões e milhões de pessoas, procuram o seu espaço que, da forma como o conseguem, acaba sempre no vazio intolerável, enfraquecedor  e no recomeço de nova busca viciosa.
Não somos apenas seres humanos. Somos potencialmente seres superiores e a vida nos foi dada, com seus aparentes revezes, para atualizarmos esta potencialidade, tornando-a prática e vivente.
O sofrimento moral e psíquico deve-se à limitação que, inconscientemente, por ignorância, impomos ao Espírito que em nós habita apenas no corpo circunscrito, em vez de permitirmos que se expanda cosmicamente como é de Sua natureza.
Vocês precisam relacionar-se tendo em vista o íntimo a íntimo, coração a coração, mesmo às vezes sem dizerem palavra.
Digam não ao ressentimento, ao não-perdão, ao superficial, ao ódio, à irritação, ao mau humor, ao  espírito e cara fechados, à tristeza, à autocentralização, aos maus pensamentos, ao ontem e ao amanhã. Vivam o presente vital e único, com inocência, ternura, gentileza, poder, amor, despreocupação e verdadeira fé em Deus e em vós.
Digam sim à introspeção, à meditação, ao autoconhecimento, ao relacionamento amoroso e terno, prudente e vigilante. Prudência e vigilância são perceção, consciência, despertar, alerta e auto-observação calma e majestosa.
Acabem com os maus pensamentos pela alerta vigilante. Vocês caem nas suas malhas, nos sofrimentos e prazeres por eles produzidos, ao chamarem-nos de vossos, ao se identificarem com eles. Ao nos tornarmos observadores passivos e conscientes deles, sem os reprimir ou acatar, cada vez menos aparecem, até se extinguirem. Surge, naturalmente, em seu lugar a beleza, a plenitude, a autoconfiança, a auto-unidade, o sentimento de integração universal e o senso de verdadeira paz, felicidade e alegria.
Como veem, tudo se resume ao modo como gerimos e acalentamos os pensamentos. Os pensamentos são a coisa mais importante na vida, já temos dito. Quanto mais elevados e puros forem, mais suaves são e nos aproximam da verdadeira ventura que é Deus. Somente nesse estado estamos mais à vontade no momento em que vivemos, quer estejamos sós ou acompanhados. Somente assim, sabemos que vivemos real e frutiferamente, sem desperdiçar os talentos que Deus nos confiou.
Ao nos elevarmos a níveis superiores de compreensão, deixamos de ser usados e incomodados por pessoas difíceis de níveis inferiores.
Cada tarefa que façamos diariamente, devemos aplicar-nos a ela única e simplesmente sem pensar em outras, pois nisso há felicidade e produtividade, e não desgaste. Saber que a estamos executando. Isso é consciência, luz e paz. Se vocês souberem que no momento a executam - saber mesmo - estão vivendo o Presente Eterno, sem ligação com o passado ou com expetativas quanto ao futuro. Façam isso e sintam que o tempo não existe, bem como a infelicidade. Quer seja na fábrica, em casa ou mesmo no divertimento, saibam isso. Vocês nunca souberam e, por isso, se cansam, se aborrecem e a vida tem sido um fardo.
Estamos falando de uma nova forma de viver revigorante. A vida não tem princípio nem fim e, portanto, considere-se sempre jovem e não limitado a viver a prazo.
O pensamento pode ser elevado a um nível de perceção e harmonia, onde os problemas não são sentidos. Lembrem-se de que o pensamento é criador, também já expressamos. Elevem-no para que aquilo que obtêm seja em conformidade.
O mundo parece um caos porque é o baixo pensamento dos humanos, vindo de dentro, que o põe assim. Deixemos de ser agentes desta enfermidade e ficaremos a salvo.

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

REAÇÃO CORRETA PERANTE A MALDADE ALHEIA

Reagir perfeitamente é não fazê-lo de forma habitual, condicionada. Abster-se disto é permitir que a intervenção Cósmica aja por nosso intermédio de forma admirável e maravilhosa. Neste proceder não há desgaste de energia, esforço ou tensão. Verificamos que, embora sejamos conduzidos como participantes na ação de defesa superior, não nos preocupamos minimamente com o fazer, mas deixámo-nos levar suavemente como crianças plenas de confiança. O resultado, como vemos depois, é completo de justiça implacável com benefícios universais para ambos, e a ordem reposta.
O ofensor recebe uma lição moral da qual não tem alternativa a não ser emendar-se, quer seja uma pessoa interventiva ou várias, pois, para o Poder Cósmico, o mau não tem outra opção senão ceder. Assim sendo, a nossa intenção não é a de retaliar, mas viver virtuosamente, deixando os cuidados à intervenção majestosa divina.
Preocuparmo-nos com o mal é perder inutilmente tempo e energia necessários à nossa correção, para sermos canais do bem para o mundo tão carente de ordem e ajuda. E, ao sermos canais, a felicidade nos inunda.
Nenhuma pessoa tem a intenção natural de se mudar interiormente de forma única e verdadeira, a não ser que deixe de encontrar os outros como alvos de suas descargas doentias. Neste caso, a pessoa em causa não tem a hipótese de viver, a não ser o virar-se para dentro de si e mudar-se ou destruir-se.
Todos querem um mundo melhor, mas poucos desejam e contribuem para ele verdadeiramente. Pensam sempre que tudo estaria bem com a mudança das condições sociais.

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

OCUPAR A MENTE CONDIGNAMENTE

Todo o indivíduo, para sua saúde psicossomática, precisa ocupar-se em ser produtivo, que é fazer o que não pode deixar de ser feito, beneficiando-se a si e aos outros.
Se não formos inspirados superiormente, não temos a certeza do que estamos a fazer. A mente não tem lugar para o certo e o errado. É preciso esvaziá-la das ervas daninhas para preenchê-la de pedras preciosas.
Cada um de nós tem tarefas a cumprir, esteja onde estiver. E deve atirar-se ao trabalho de todo o coração, pois, o que for realizado com amor nos preenche e eleva. Haverá sempre o que fazer, mesmo que seja estar parado sem fazer nada.
Uma ocupação é improdutiva e inútil quando o indivíduo, ao executá-la, se sente excitado, ansioso, inquieto e apressado por terminá-la  A ação perfeita mobiliza a mente e o coração, e é realizada sem esforço. Ela reforça o equilíbrio e a saúde mental.
Se tivermos autoridade sobre nós mesmos, tudo decorre com naturalidade.
Ocupe-se em qualquer coisa honrosa, mesmo que o leitor seja um operário, um reformado ou uma dona de casa. Valorize-se, criando algo. Há sempre novas formas de fazer as coisas sem cair na rotina, se tivermos criatividade.
O tempo mal usado dificilmente pode ser recuperado, porque foi esbanjado. Concentre-se no que está a fazer, e daí não pode resultar senão uma obra bem feita que lhe dará satisfação e alegria. Todo o artista deixa a sua marca no que faz e os que vão usar dela não deixarão de lhe colocar o seu assentimento, nem que seja através de um olhar sensível estético.
Um trabalho deixará de dar frutos quando o executor não se entrega todo na realização, por se encontrar dividido psicologicamente. Acaba por não ter gosto no que está a fazer e aborrece-se. É preciso pormos amor no que fazemos, repetimos.
Nunca devemos deixar a mente a descoberto, precisamos de preenchê-la com pensamentos e intenções nobres, mesmo quando não estamos a fazer nada. A ação é perfeita quando há pureza nas nossas intenções. Assim, não nos prejudicamos nem às pessoas com quem nos cruzamos ou a quem o nosso trabalho se destina.
Devemos pensar e agir com elevação, tendo em conta o bem comum e universal.

quinta-feira, 9 de novembro de 2017

RESISTIR ÀS TENTAÇÕES

Resistir às tentações restaura o equilíbrio e a tranquilidade emocional. Ceder-lhe conduz à degradação e ao afastamento do destino superior do homem, conforme o nível e a gravidade da queda.
Acompanhar as almas santas e seguir-lhes o exemplo casto e suave de vida, é uma boa oportunidade de permanecermos incólumes e serenos. Elas nos gravam na alma inenarráveis lições sublimes que jamais se esquecem. O melhor ensinamento é aquele que se obtém quando as palavras se calam, cedendo o lugar ao sagrado silêncio.
Uma tentação começa com um pequeno pensamento, aparentemente inocente que, por descuido da pessoa, se vai somando a outros até à consecução do ato aviltante. Aí terá perdido o controle mental fundado na razão e na verdade.

«Viver no corpo, para além do corpo, é próprio não da natureza humana, mas divina.»

Resistir às tentações consiste em não pensar nelas, não mirar o móbil delas e fugir à ocasião. A mente não deve andar à deriva e desocupada dos pensamentos divinos. Quanto mais o indivíduo for desleixado, e sem ocupação condigna, produtiva quer para si quer para os outros, mais se sujeita a ocupar a mente com pensamentos doentios e a atrair miséria. É preciso libertar-se de tudo o que é mau e permanecer puro. E isso só a iluminação pode conceder, associada a uma inabalável e determinada vigilância da mente.
É preciso escolher as companhias e os amigos: os melhores são os que nos ajudam a permanecer elevados, desinteressadamente; os que têm empatia para connosco, independentemente  das coisas que temos, mas do que somos.
Quanto mais formos espirituais, menos precisamos de prazeres baixos e impróprios. Uma emoção é imprópria, quando sai fora do alcance da razão e do bom senso. 
A escuridão foge das pessoas puras e castas, que irradiam suave encanto, cheio de luz, e que estão ao abrigo das tentações.
Cuidado com as obsessões doentias e psíquicas. Isso é falta de universalidade no viver, por prisão a ideias fixas, sem flexibilidade renovada e fluente.

                                   A espiritualidade autêntica, não fingida, é felicidade. 

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

ALIMENTEM PENSAMENTOS POSITIVOS

O poder do pensamento positivo tem o condão de anular seu similar negativo, e daí surge o equilíbrio psíquico, que é paz, discernimento e força.
Mesmo que uma situação interior numa pessoa se afigure insatisfatória, se tivermos e precisamos de ter, a força de ver essa pessoa iluminada, pois por si só a luz cura, já estamos a contribuir para o bem, não só dela, mas também nosso. A nossa luz reflete-se nela, e dela em nós como retorno. Duas pessoas felizes, curadas, sempre é melhor que uma. E por que não mais?
Se todos nos lembrássemos com frequência o que representa cada pessoa no universo (uma potencialidade divina com todas as virtudes daí emergentes), a felicidade, o equilíbrio e a paz já não seriam uma quimera, mas uma realidade vivente no mundo. Aumentaria a confiança e a fé individuais, que reforçariam a iluminação coletiva.
Mas, relativamente ao segundo período acima, se pensarmos negativamente, como o pensamento voa, vai reforçar inversamente o estado harmonioso naquela ou naquelas pessoas, conforme o caso.
Não devemos permitir negativismos em nosso interior durante muito tempo: logo que apareçam é necessário que sejam imediatamente substituídos pelos opostos positivos, para restaurar a harmonia.
Se vocês uma vez ou outra não conseguem pensar positivo, pelo menos não pensem negativo, o que, por si só, já é o começo do pensamento positivo, se lhe derem um impulso, saindo do marasmo.
Há uma situação penosa lamentável e desagradável em certas pessoas: é o facto de se sentirem bem   com pensamentos e queixumes negativos. Isso deve-se ao motivo de que elas sentem uma sensação falsa de vida no sofrimento mórbido que alimentam, o que é terrivelmente autodestruidor. 
Não façam isso, e não contactem com pessoas e situações negativas, pelo menos enquanto não estiverem psicologicamente habilitadas a isso. Pratiquem a higiene mental diária, assim como tratam da higiene física. Procurem a Verdade, meditem sobre o que são realmente.
Vejam como os pensamentos negativos habituais e permanentes demorados na mente, induzem as palavras e ações negativas, além de atrairem pessoas e situações semelhantes.
Pensem positivo para verem o que acontece na vida!
«Tudo o que somos surge com nossos pensamentos. Com nossos pensamentos, construímos o mundo.
Fale ou aja com a mente pura e a felicidade irá persegui-lo como se fosse uma sombra inseparável.»
«Praticar o bem, abster-se do mal e purificar seus pensamentos, são os mandamentos de todo o iluminado.» Buda
                   

sábado, 4 de novembro de 2017

REALIZAÇÃO ESPIRITUAL

Espiritualizar a vida, é realizá-la.
Só o que é realmente invisível - no sentido puro do termo - é que é verdadeiro.
- O que é a simplicidade?
- É a clareza e a honestidade que levam à paz de espírito.
Os problemas não devem ser em parte resolvidos nem arrancados um por um. Geralmente é isso que se faz, mas chegamos a um momento crucial em que eles têm de ser arrancados todos de uma só vez. É nessa altura que surge a iluminação: a Luz eterna que brilha permanentemente e em toda a área, varrendo tudo o que é imprestável e inútil, pondo amostra, e em função, o real. Realizar, espiritualmente falando, é santificar todas as potencialidades humanas e metafísicas que trazemos dentro, é pôr a vida a brilhar.
Todo o mal que há no homem é composto de inúmeros pequenos males, mas este mal é um estado anômalo a superar e não a temer. Devemos penetrar no próprio medo e deixar que nos devore, mas sem termos medo. Se assim fizermos, ele se desvanece e só fica em evidência a realidade imortal onde não pode haver medo. E a realidade nos comporta, nos integra, eleva e diviniza: não estamos separados dela. É nossa verdadeira vida, una e imutável.
Se dissemos que o mal é composto de inúmeros pequenos males, chegou o momento de dizermos que a verdade que está dentro de nós, é composta de inúmeras pequenas verdades que se interligam e reforçam sinergicamente como elementos de um exército real, imbatível, que vence o suposto império do mal.
Muito simplesmente, a falsidade no homem é a ausência de realidade imortal. É no sentido de nos tornarmos verdadeiramente reais, que devemos trabalhar em nós mesmos. Não tenhamos medo de dissolver o eu falso que é a base do mal individual. E não tenhamos medo de viver sem ele, pois a ausência nos diviniza. Ou, falando mais simplesmente, nos ilumina.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

A MANEIRA DE SE SENTIR SEGURO

A verdadeira segurança não está nas coisas transitórias, mas na permanência da vida, isto é, em fluir com aquilo que não é mutável, mas eterno.
Não pode haver um motivo humano para nos sentirmos seguros, porque qualquer que ele seja cria um motivo oposto, e isso nos deixa tensos, ainda que o sintamos, de momento, levemente. A dualidade é mudança de uma coisa para o oposto. E isso é cíclico na natureza humana.
Encontrar o Centro, que é repouso, e dele agir através da periferia, isso sim, é sabedoria, inteligência. Por outras palavras, encontrar a natureza divina, fixar-se nela, e daí mover-se calmamente na natureza humana.
A pessoa que chegou ao ponto na vida do dia a dia em que descobre, experimentalmente, que nada é permanente, tudo muda, as coisas, as pessoas, as posses, fica chocada, insegura e abalada psicologicamente, triste e nervosa. Porém, para o Sábio, aceita isso com toda a calma, pois sabe que as coisas são mesmo assim e controla-as pelo simples facto de não as controlar, rola com elas, flui. Ele encontrou gozo e repouso na aceitação e no envolvimento impessoal, ao passo que a pessoa, acima referida, luta e reage contra a vida, obtendo sofrimento, porque se apega às coisas que ora são, ora não são.
«Este "deixar fluir" (...) significa também o abandono da crença nos falsos deuses da segurança. Todos os Sábios do mundo pregaram a estupidez da busca da segurança. A vida é dinâmica, flexível, e está em constante transformação; a morte é rígida e estática. A preocupação com o dia seguinte, cujos problemas podem nunca existir, faz com que deixemos de viver o presente. Paradoxalmente, o abandono completo da ânsia pela segurança, a pobreza espiritual do ser nada, no retorno ao centro inerte, é a única segurança que existiu ou pode existir.» J. C. Cooper