Caros Leitores!

Este espaço tem como finalidade promover nas pessoas o autoconhecimento e consequente autoajuda. São ensinamentos mistico-filosóficos baseados nas grandes e profundas verdades da vida. Destina-se ainda a um debate destes princípios entre o autor e os leitores, sob a forma de perguntas e respostas. Todos querem uma vida e um mundo melhor, não é verdade?! É disto que trata este oásis em meio ao mundo perturbado.

Saudações,

António Moreira de Sousa

Telemóvel 00351968024512

terça-feira, 18 de outubro de 2011

ATITUDE PERFEITA E ORIENTADA

“Mude atitudes negativas, não circunstâncias negativas.” Não diga agora uma coisa e amanhã outra. Seja firme nos seus pensamentos e desejos. Honre a si mesmo pela palavra dada. Aprenda a viver perigosamente com segurança não planeada. Abandone todas as pseudo-seguranças. São as falsas seguranças que o fazem ter medo do futuro, da situação; que o fazem prender-se a pequeninas coisas que o arrastam para baixo.
Para que os outros não abusem de si, seja em primeiro lugar firme, sincero, franco, sábio, sem truques.
Não tenha fé na sociedade, nas promessas. A autoconfiança “move montanhas”.
Vamos aprender a viver como deve ser, como é possível viver e se deve viver! Não há outra forma! A outra forma é falsa, leva ao medo, ao fracasso e neurose. Morra para a falsidade pessoal e, em seguida, para a dos outros, e viva real e gloriosamente.
Os outros não têm hipótese senão serem reais para com você ou terão de dar meia volta, se você for real!
“Não permita que os débeis lhe roubem a energia psíquica. Construa um muro psíquico à sua volta, embora lidando com eles” Regresse a si mesmo quando for longe demais, e observe-se. Pare e ande. Repouse e aja. “Aja rápido.” Não há tempo a perder. Aja sem nervosismo ou ansiedade. Aja tranquila e rapidamente, embora parecendo parado! Você pode agir rápida e produtivamente se estiver sempre auto-unido, centrado em si, no seu eu. Uma pessoa dividida segue em várias direções, desgastando-se, lamuriando-se viciosamente. Isso não é auto-unidade.
São horas de não se identificar com a situação política, económica e financeira, parcial ou global. Viva como se não tivesse em que se apoiar. São os apoios, as “muletas”, que o tornam fraco, amedrontado. A força vem de dentro. É a partir do interior que se constrói o sucesso exterior. Só assim você poderá viver da situação sem se misturar com ela. E aí não está sendo falso, mas sim superior e, curiosamente, desinteressadamente, a situação melhora, tornando-se mais sadia, olhando-o e seguindo-o.
Não tente melhorar a situação estando dividido. Tem é de melhorar-se, unificando-se.
Milhões tentam melhorar, reformar o mundo exterior, e nada muda. Sabe por quê? Porque as pessoas procuram é servir-se da situação, criando mais caos. A maioria procura ajudar, ajudando-se primeiro, mas essa é uma falsa ajuda, que só os enfraquece.
Pratique o silêncio, fique atento. Você está se realizando corretamente.
Ao sermos realistas e produtivos com nós mesmos, automaticamente o somos com todo o mundo, e ele sê-lo-á connosco.
Todos os problemas têm solução se, apaixonadamente, assim o desejar.

AOS EMPRESÁRIOS E COLABORADORES

Em geral, os dirigentes das empresas andam com os nervos em farrapos por uma questão muito simples, mas difícil de eliminar na prática: é o facto de se ligarem ao seu trabalho na intenção de serem pessoas de sucesso, em vez de o desempenharem para ganhar o “pão-nosso de cada dia”.
A profissão deveria ser executada como um apostolado ao serviço dos outros, humanizando e humanizando-se. Não só realizariam o serviço com mais perfeição através do intelecto, e não das emoções, como teriam mais alegria, gentileza, perspicácia e produtividade. Passariam a ter sucesso psíquico, ficando para segundo plano, cumulativamente, o sucesso referido acima.
Naturalmente que os funcionários, sem tensão e ansiedade, produziriam mais e com eficácia.
Os dirigentes com esta atitude não teriam que se preocupar com as oscilações da bolsa, da economia e das finanças, pois estariam no comando de si mesmos, e isso é o que conta neste vasto mundo.
Explicamos ainda, para facilitar o objetivo, que a não identificação com o trabalho significa realizá-lo sem ficar preso aos frutos da ação, bons ou maus, não se prender emocionalmente com o que se faz. Resulta isto em liberdade, sossego da mente e do coração e o acúmulo de energia que origina felicidade.
Há escassez de trabalho em virtude das pessoas, dirigentes e funcionários, quererem ser alguém na vida através de sentimentos rasteiros.
O trabalho deixaria de causar preocupação, passando a satisfação, se agissem com consciência de momento a momento, aplicando o intelecto em vez das emoções. Ter autoridade sobre si mesmos em relação ao que se faz, e não permitir que as emoções de sucesso e fracasso se interponham. Isto se chama não-ação ou desempenhar a profissão com amor, tornando-a num apostolado.
Pertencer ao mundo fenomenal ou dualístico, vivendo ao sabor alternado de sucesso e fracasso, significa não estar acordado, desperto e, portanto, estar em sono psíquico.
Clarificando: se buscarmos o sucesso humano temeremos o fracasso humano, e isso é o que realmente enerva: temer o oposto.
A solução é viver acima destes dois falsos amigos emocionais que arrasam a estrutura psicossomática.

CONHECER – SER – AMAR – VIVER

Nem pessoa nem coisa têm poder de nos prejudicar. As pessoas apresentam-nos desafios, mas não devemos reagir negativamente a eles. Se estivermos serenamente atentos podemos até tirar benefício desses desafios, e isso traz também a consequência salutar de termos controlo sereno sobre as pessoas ou circunstâncias.
Uma pessoa se queixa de seus problemas pessoais e da sociedade: isso é porque ela ignora a força interna que brota de sua essência. Esta força, por falta de autoconhecimento e autocontrolo, assume esses sentimentos, visto que a pessoa, inconscientemente, lhe dá essa direção. E, como a energia universal deve ser gasta em seu próprio benefício e uso de todos, animais e plantas, a pessoa fica abatida e mais negativa.
Outra consequência é a dependência em relação aos negativismos pessoais e à sociedade. Para deixar de ser dependente a pessoa precisa ser a partir de dentro e não de fora. Precisa deixar de ser um componente ativo inconsciente desses sentimentos e da sociedade.
Com a independência e liberdade, através do autoconhecimento, surge a capacidade de vivermos a nosso favor e da sociedade corretamente.
Temos sido demasiado preguiçosos para deixar de desejar que os outros nos façam ou deem coisas; para pensarmos por nossa própria cabeça.
O pensar perfeito com base na compreensão (consciência) é luz, beleza e serenidade, criatividade, renovação e elevação. Este pensar não é agitação, preocupação e desgaste. É a perceção direta e instantânea do que é, das coisas como elas realmente são, e isso é alegria, felicidade e harmonia.
“Quando um homem vive com Deus, a sua voz deve ser tão suave como o murmúrio do regato e o sussurro do trigo.” (Ralph Waldo Emerson)

sábado, 8 de outubro de 2011

MANTER INDEPENDÊNCIA PSICOLÓGICA EM RELAÇÃO AOS DEMAIS

Não é sua obrigação salvar o mundo, mas salvar a si de si mesmo, do ego. Só assim estará isento do sofrimento causado pelo ego dos outros.
As pessoas em geral, especialmente as negativas, estão sempre prontas a drenar energia psíquica de quem se encontra em nível mais alto. É contra a lei permitir isso. É preciso estar alerta constantemente. Usam todos os artifícios dos mais detetáveis aos mais subtis, desde truques do cumprimento diário até aos olhares.
Quase ninguém está interessado na transformação íntima, o que implicaria esforço e responsabilidade pessoais, enquanto puder de alguma forma usar outros para descarregar neles suas taras neuróticas. Excetuam-se os homens e as mulheres que atingiram níveis psíquicos e espirituais elevados, mesmo vivendo em sociedade, mas com distância íntima, e esses existem na razão de um para um milhão.
Mas você se estiver realmente interessado na introspeção diária não pode impedir-se de se transformar. A salvação é sempre um ato individual e não o movimento das massas, como afirmaram dois grandes Sábios distantes no tempo e no espaço: «As grandes verdades não se enraízam no coração das massas.» (Chuang tse), mestre chinês taoísta, e «As almas não se salvam aos magotes.» (Ralph Waldo Emerson), filósofo, ensaísta e humanista norte-americano.
Não há duas pessoas fisicamente iguais, assim como não há duas pessoas que estejam no mesmo nível de compreensão, perceção ou entendimento. Elas nascem para este mundo diferentes física e percecionalmente, o que implicará, chegado o momento, de se autorresponsabilizarem como indivíduos. Cada ser humano é único. É por isso que as organizações religiosas não podem e não conseguem salvar ninguém totalmente. Excetuam-se a beleza e a imponência estrutural e mística dos locais sagrados de peregrinação e os conventos e mosteiros que praticam trabalho de apostulado sério,  que levam o nome dos santos que lhes deram origem e que têm apoio delas, os quais também mantêm as organizações de pé. As organizações podem, quando muito, transmitir os ensinamentos de Seres Especiais e conferir às  massas consolo aparente. Ajudam até certo ponto, mas, a partir deste ponto, o indivíduo, dentro ou fora das organizações, terá de se responsabilizar e prosseguir por si na procura da Verdade, se não quiser sucumbir.
Conhecemos pessoas que fazem propaganda de suas doenças  com o objetivo de impingir aos outros que são as mais sofredoras. Elas no fundo desejam é descarregar o que delas mesmas não podem e não querem suportar.
Mas há também aqueles que numa conversa se centram à volta de si mesmos,  vangloriando-se ou descarregando um sentimento de culpa, falando sem parar com discursos fúteis.
A pessoa consciente sabe que a sociedade chamada moralizada carece de autenticidade: as simpatias, os elogios, as gentilezas, as amizades..., estão sempre baseadas no interesse. Frustrado este, a autenticidade cai por terra.
Nem mesmo a medicina  é solução total para os problemas do homem se este se negligenciar, delegando em outrem a condução e estabilização de sua vida. É claro que a medicina está avançada e coordenada, pode salvar vidas e efetuar trabalho sério. Porém, se a pessoa perder a autoconfiança e a dignidade acabará dependente de farmácias, técnicos de saúde e hospitais  onde sucumbirá, falhando esta lei inexorável: «Perdemos a força cósmica de cada vez que nos tornamos dependentes da força humana». A medicina ajuda se você se ajudar, se colaborar na cura, se contribuir para a mobilização de suas forças curativas interiores e não ficar à espera como um mendigo para que lhe façam tudo, sem esforço sério de sua parte. Do mesmo modo as organizações religiosas não podem, como já dissemos, resolver o problema tão intrincado como a salvação, mas a Deus nada é impossível se você, mesmo assim, for colaborante nela.
Tanto a cura como a salvação se revestem de um enorme cunho pessoal, o que poderíamos conceituar,  neste particular, como de autocura e autossalvação.
Assim sendo, você, sem se tornar antissocial, pense por si, viva por si e procure perceber o valor e o alcance desta frase:
«A Auto-observação imparcial leva ao Autodespertar o que conduz à Autoliberdade», apresentada por Vernon Howard, num dos seus livros.
Quando alguém seu familiar ou não, for azedo e ríspido com você  não responda com azedume e ríspidez para não cair nas malhas da irritação. Ela não olhará a meios ou amizades, o que quer é descarregar. E uma vez feito isto, desculpa-se e justifica-se. Não vá nesse jogo perigoso. Não adianta discutir com ela ou tentar emendá-la. Para evitar isso, seja feliz por si, contenha-se, ame, refugie-se em Deus.
Só o homem iluminado vê a fraqueza humana, mas não tira partido dela.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

TRANSFORMAÇÃO INTERIOR

Tudo o que importa nesta vida é encontrar aquele Centro donde flui a luz que a ilumina. Todas as mudanças exteriores sociais não contribuem para esta possibilidade. Só uma renovação global interna, que não seja uma reforma do eu pessoal, mas uma redução gradual e progressiva deste, dá acesso ao Centro de luz e de paz.
O homem ou a mulher isolados que estão descontentes com a vida e que chegaram ao fim de sua corda mental, procuram uma saída ( pensemos na parábola do Filho Pródigo ), e iniciam a viagem de regresso a qual, milagrosamente, jamais será uma repetição. É certo que este regresso está cheio de obstáculos, aparentemente intransponíveis, pois é preciso remar contra a maré não só deles mesmos como do meio em que vivem.
O peregrino da Verdade pode vacilar, sentir-se temporariamente só e querer voltar à vida monótona anterior. Contudo, como já teve, eventualmente,  um vislumbre da existência de uma Vida Maior, justa, equilibrada e saudável, constantemente irradiante e que permeia silenciosamente tudo tem, nos momentos críticos a luz pequenina que nunca se apaga, estimulando-o a prosseguir. Uma vez por outra, parece que esta luz, com tendência a aumentar, se extingue mas, caindo em si, volta a vê-la, e avança não obstante os perigos.
As pessoas que se identificam com o mundo e que estão no caminho de ida e sem saída, tentam persuadir o caminhante de que ele é que está errado, mas a luz que não engana e que confere no íntimo um senso real de verdade, amor e justiça, o protege dos enganos.
As pessoas fartas de serem enganadas é que começaram a pensar por sua cabeça e a investigar mais além de si próprias e da opinião comum. Há muitas que saíram vencedoras e que declararam por palavras clarificantes e por uma vida virtuosa exemplar, seus triunfos.
Há um momento crítico na vida do aspirante à Verdade que é este: todo o processo para passar de um nível mais baixo de ser para um mais alto, é precedido pela anulação de tudo anterior, exceto a sabedoria excelsa, a qual serve à eternidade.
O místico passa por muitos dos estados íntimos narrados no Novo Testamento, trabalhando para a glória de Deus e não para a sua, deixando à Vida seus cuidados e ou merecimentos. Tudo o que ele quer é resistir até ao fim em que todos os dias sejam de clareza e certeza. « ... aquele que perseverar até ao fim será salvo. » ( S. Mateus, 24:13). Ele tem uma qualidade de amigos de nobreza superior que são mil vezes maiores que aqueles que desertaram e que teve de deixar para trás.
São as pessoas que foram além de si próprias e da sociedade falsa, desequilibrada e enganosa, e que tiveram um vislumbre  da Luz Maior, que dão esperança à sociedade e ao Mundo.
A autorrenovação impõe-se inexoravelmente, sem a qual a renovação externa nada ou pouco resulta. Mas devemos fazer isto por nós. Fazendo-o, executamos nossa tarefa e verificamos que os outros precisam de fazer o mesmo.   

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

COMO VENCER O MEDO

A magia do viver perfeito está na capacidade de se desprenderem. Viver de momento a momento sem acomodação, habituação, o que exige enorme energia e alerta.
Pecado é pensar e fazer o que é errado, como também é a acumulação de resíduos, o ficar agarrado a experiências emocionais agradáveis e desagradáveis, comprometendo assim a criatividade, a leveza e a liberdade emocional espiritual.
Viver, é viver na medida do possível, no aqui e agora, como se cada dia fosse o primeiro, sem memória ao passado ou perspetiva quanto ao amanhã. Deslizar, fluir, rolar, gozar (o que for gozável ), sem se prender a nada, pois,  no momento em que a pessoa se prende e quer repetir a experiência, agarra-se ao tempo, ao passado, e separa-se do aqui e agora Vivo.
Quando querem repetir estão a valer-se da memória, a comparar com o registado nela, o que nunca criará uma coisa nova.  A beleza está na vivência inédita, a qual é glória, felicidade, novidade pura, energia e sacralidade impassível de comparações.
O medo é uma emoção negativa ligada a algo que aconteceu no passado, e cada vez que o sofredor se lembra dele liga-o ao presente, tornando-o real e temendo-o amanhã. É isto o que se chama uma fobia.
Entendam que, a maioria de nós por desconhecer quem é, vive agarrado a ideias imaginárias sobre o que pensa ser, e isso cria medo, o viver ligado a posições emocionais e mentais fixas.
Só há um medo básico que é o eu falso, e só há a necessidade de uma cura que é o Eu Verdadeiro.
Se o sofredor estivesse capacitado a contornar os reveses da vida não ficaria chocado, preso  ao acontecimento, e tão pouco haveria a criação de medo.
Porém, como as pessoas querem não só explicações, mas também um certo alívio imediato, vamos apresentar alguns conselhos práticos dignos de reflexão:
1. Transforme-se interiormente pela meditação;
2. Tome consciência do medo, pois a consciência é a luz que expulsa as trevas. Quanto menos distância entre si, (observador) e o  pensamento-medo, (coisa observada), mais próximo da vitória;
3. Ao se acercar daquilo que o atemoriza, com coragem e determinação, o medo perde força e você se transforma em verdadeiro herói conquistando liberdade íntima;
4. « A única coisa que o medo não pode suportar é ser olhado de frente, sem resistência e sem medo».
5. O Amor expulsa o medo.
6. A pessoa libertada pode lembrar-se do medo, mas encolherá os ombros pensando: «o que é que isto tem a ver comigo agora?»
7. Quando regressamos à nossa natureza original, que é de essência celestial, o medo e os medos desaparecem, e os pensamentos são de qualidade elevada, portanto, não criadores de emoções nefastas;
8. Não tenha medo de ter medo, visto que ele é apenas um pensamento falso. Mude seus pensamentos;
9. Se quiser saber algo mais, leia o livro O Despertar da Sensibilidade de Krishnamurti - um dos maiores Instrutores espirituais, mas não se esqueça que a libertação final é de Deus, Verdade, Essência, Eu Verdadeiro, ou qualquer outro nome que queira dar à Realidade Última;
10. Compreender um problema é resolvê-lo, solucioná-lo; e
11. A compreensão tem de ser profunda e abrangente, envolvendo todo o nosso ser, e não apenas limitada à compreensão lógica e intelectual. Podemos compará-la à consciência, à perceção, à clareza da mente e, em última instância, como uma aproximação à luz divina. A compreensão intelectual pode iniciar a pesquisa, mas cedo ou tarde temos de mergulhar  na compreensão mística e ir além de nós mesmos, experimentando a liberdade cósmica.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

PARA AMAR

Para amarmos as pessoas precisamos estar de bem com nós próprios, de colocar a integridade pessoal em primeiro lugar. Não basta sermos generosos ao mesmo tempo que nos rejeitamos.
O amor é uma energia íntima e não o apego ou paixão a uma pessoa.
Quando um homem ama realmente a esposa e os filhos não são precisas muitas palavras para expressar esta devoção, que inclui também a responsabilidade, acompanhamento, respeito e desejo de vê-los crescer em realização e alegria, a seu próprio jeito.
Amar sem dominar e controlar é difícil, mas necessário. Por vezes é preciso ter a coragem de amar, negando, « fechar por amor a mão aberta ». Mais difícil ainda é amar quem não nos ama, quem recebe o que de bom coração damos, sem reconhecimento, quem vê sempre um cisco nos nossos olhos e não quer enxergar uma trave nos seus.
É o amor que alivía nossas dores, nos reequilibra, e nos dá o senso de União com todos e com tudo, aqui e agora.
Para amarmos precisamos ultrapassar o medo, o ódio, a separação, a hostilidade e o ressentimento. Ir ao fundo de nosso íntimo mais íntimo onde vemos extinguido o negativismo e a prevalência da Ventura. Melhor se ama quando nem temos consciência disso, quando decorre espontaneamente de nossa natureza, não esperando paga e não nos queixando pela não correspondência.
Quando amamos somos amados superiormente e sentimos liberdade íntima, desanuviamento, fulgor e alegria.
Os que mais exigem amor e atenção dos outros, são os que mais precisam aprender a amar, a saírem de si para fora, a doarem-se. É possível amar sem perder a identidade e o equilíbrio.
O que é uma pessoa deprimida senão a que se encerrou , se recusa a lutar, a entrar no jogo da vida e que não conseguiu contornar um revés?!
O que é uma pessoa tímida senão a que projeta e transfere para os outros aquilo que gostaria de dizer, fazer ou ser, mas, por preguiça, ignorância e falta de meios (entrar em ação), é mais fácil e cómodo para ela negar suas potencialidades, vendo-as nos outros, e achar-se incapaz de ser o que é ?!
O amor é  a maior força e mobilização, e sua expressão é candura, deleite, gentileza, intrepidez, decência moral, vitalidade, alegria e sensibilidade.
« O amor deve ser aprendido na Terra. É  algo muito mais alto ».
Aprendemos a amar quando não nos defendemos, não nos vingamos e perdoamos, suportando com paciência gestos e palavras de desamor dos outros. Assim, aperfeiçoamos nosso eu íntimo. A não defesa referida é a defesa perfeita.
Não nos devemos medir pelas outras pessoas nem contabilizar o mal que nos fazem, mas o mal que fazemos a nós mesmos e aos outros.
O amor é o melhor estado de ser e fortaleza, o qual cresce com a doação.